segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Um alerta aos tricolores.

O que será do Fluminense nos próximos anos é uma incógnita. Como todos os times cariocas, o Fluminense está afundado em dívidas e segue funcionando graças aos olhos fechados da receita federal e da justiça do trabalho.
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Mas se analisarmos o histórico dos grandes times cariocas, notaremos que após um título nacional vem a queda. Assim foi com o Vasco campeão em 2000 e, possivelmente, o Flamengo campeão em 2009.
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O Vasco teve um dos melhores times da história entre 97 e 2000. De lá para cá, sem dinheiro para manter o nível, amargou péssimos resultados no Brasileirão e um descenso. O Flamengo conseguiu montar um bom time entre 2006 e 2009, mas falido, escapou por muito pouco da segundona. O Fluminense parece se encaminhar para o mesmo fim.
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O resultado veio, mas a dívida só aumenta. Até quando os olhos da receita permanecerão cerrados...

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

O que vale um Mundial de Clubes?

Para mim, deveria valer mais do que uma Copa do Brasil e menos do que um Brasileirão, mas a imprensa brasileira, motivada deus sabe por quê, acaba valorizando este minicampeonato mais do que um grande campeonato como a Brasileirão. Absurdo.
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Talvez para os clubes brasileiros este campeonato valha mais como vitrine de jogadores, que poderão ser vendidos no mercado de inverno europeu. Não estou de acordo com esta tese, mas tem fundamento. Mas para a mídia especializada e para os torcedores é completamente absurda esta supervalorização do mundialito. Este campeonato deveria servir como exibição, com jogos alegres e sem preocupação com o resultado. Pois, de fato, é um mero torneiozinho.
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Como pode um torcedor colorado preferir que seu time seja campeão do mundialito a campeão brasileiro? Como pode o Internacional chegar na metade do Brasileirão e decidir se poupar para um mundialito como este?
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São coisas do futebol, dirão. Será?

À espera de um Milagre.

É como venho dizendo, os treinadores armam seus times para não levar gols, não para fazer gols. Foi o que aconteceu com o Internacional hoje diante do modesto Mazembe.
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Celso Roth, como que seguindo a cartilha dos treinadores pelo mundo afora, escalou muitos defensores e poucos jogadores com qualidade no meio de campo e ataque. O Mazembe fez o mesmo, mas com menos responsabilidade e mais sorte, saiu com a vitória. Outro péssimo jogo para os amantes do futebol.
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O primeiro tempo já deveria ser suficiente para que Roth optasse por uma postura mais ofensiva. O Inter pouco criou contra uma equipe que mal conseguia dominar a bola. E o treinador do Inter não arriscou, fez substituições que em nada alterariam o esquema do time, vulgo seis por meia dúzia.
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A torcida pele Giuliano e ele atende, só que tira de campo um dos poucos jogadores com um passe mais refinado, deixando os dois cães de guarda na frente da defesa. Também sai de campo Alecsandro e entra Damião, centro-avante grandalhão por centro-avante grandalhão.
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Leva o gol, falha absurda de Bolívar, que já vinha mal. E o que ele faz? Tira um ponta esquerda e coloca outro. Por essa eu não esperava. Nem Muricy faria isso...
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Em suma, Celso Roth estava à espera de um milagre, mas ele, felizmente, não veio.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Taça Brasil virou Brasileirão.

Taí, sei que ninguém me perguntou, mas sou contra. Não, não, não, Pelé que me perdoe, mas ele não foi campeão brasileiro, ou foi uma única vez, em 68, quando faturou a Taça de Prata. Naquela ocasião, o Santos disputou 19 partidas para sagrar-se campeão e teve Toninho como o artilheiro da competição com 18 gols.
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Acredito que os vencedores da Taça de Prata deveriam acrescentar uma estrela de campeão brasileiro e os da Taça Brasil deveriam ser equiparados aos vencedores da Copa do Brasil. A Taça Brasil era, assim como a atual Copa, um torneio de mata-mata, com poucos jogos.
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Mas como Pelé, o maior de todos os tempos, nunca havia faturado o Brasileirão, lhe deram logo seis, fazendo, assim, com que figure como o maior vencedor de brasileiros da história. São coisas do futebol...

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Brasileirinho 2010.

O que começou com a promessa de ser o melhor campeonato brasileiro dos últimos anos acabou por não passar de um campeonatozinho sem grandes jogos.
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De quem é a culpa?
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Não, não foi devido ao baixo nível dos jogadores, pois este campeonato está repleto de talentos.
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O principal motivo foi a falta de coragem dos grandes times brasileiros. E essa falta de coragem parece ser uma epidemia mundial. Não só no Brasil acampanhamos jogos em que o 0X0 seria o placar mais justo. Afora o Barcelona, aparentemente, nenhum outro clube joga para vencer.
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Aqui no Brasil, o Santos iniciou o ano de forma empolgante, mas não serviu como vacina para essa trágica epinemia. O próprio Santos voltou a jogar como todos os demais. E eu pergunto, de quem é a culpa?
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Como tudo no futebol, a culpa maior deve cair nas costas dos dirigentes dos clubes, pois são eles os responsáveis por contratar a equipe técnica e, por sua vez, os jogadores. Falta cabeça a esses dirigentes. Nenhum deles gosta realmente de futebol. O futebol para eles é um negócio, como outro qualquer.
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Mas a culpa deve ser repartida. O treinador também tem culpa. Até hoje, não apareceu nenhum treinador que táticamente conseguisse vencer uma partida. Essa supervalorização do treinador é algo completamente ilógico e absurdo. Nenhum treinador, por mais bem pago que seja, consegue vencer uma partida. E exemplos posso dar para fundamentar a minha teoria. O Flamengo foi campeão com um treinador completamente desqualificado pela mídia. Luxemburgo, outrora endeusado, foi incapaz de fazer o Atlético jogar bem e, de tabela, quase afunda o Flamengo (idiota aquele que pensa que treinador desaprende com a idade). Felipão nunca ganhará nada com este elenco do Palmeiras. Mourinho levou uma surra do Barça. E por aí vai.
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Por mais que a "mídia com voz" divulgue, é completamente infundada a idéia de que treinador tem grande participação na conquista de um título. Pelo menos até hoje nunca surgiu um estratega dos gramados. O papel principal de um treinador de futebol é o de manter a ordem e o foco. E nisso, Joel Santana, Cuca, Felipão, Autuori, Muricy, Mano... são todos iguais. E todos, como se fossem gêmeos, adotam a mesma estratégia e "filosofia". Jogam primeiro para não levar gols e, se der, vencem por 1X0. Quero ver Mourinho ser campeão espanhol treinando o La Coruña.
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Mas não só os dirigentes e os treinadores são culpados pela falta de brilho nos jogos de futebol. O torcedor também tem sua parcela de culpa. Primeiro porque torcedor, em sua maioria, assim como os dirigentes, não gosta de futebol. Torcedor gosta de troféu. Não importa se foi conseguido na maracutaia, na retranca ou na sorte. Torcedor gosta de contar vantagem. Então, vencendo, não importa se o time não marcou um gol sequer durante a competição.
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Confesso que tenho simpatia pelo Fluminense, mas não consegui ficar acordado no último jogo do campeonato. Deu sono.
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O péssimo jogo contra o Guarani não me surpreendeu, pois eu coloquei o placar no bolão e me dei bem, ganhei uma coxinha e um guaraná, mas este jogo, e todo o campeonato, deveria incomodar mais gente, deveria, quando pouco, fazer com que os pacotes da Sky não fossem mais comprados. Mas isso, é claro, nunca vai acontecer. Somos poucos os que gostamos de futebol.