domingo, 26 de junho de 2011

Copa América

Sai a lista de convocados da Argentina e... cadê os grandes meias?

Aqui no Brasil, nos últimos meses, se disse muito que a Argentina está repleta de meias enquanto na nossa terra não dá nem pereba.

E eu me pergunto, onde estão esses craques? Qual o argentino que pode ser comparado a Ganso?
A falta de grandes meias armadores é geral, aqui, na Argentina, na Europa, na Africa.

Qual o "ganso" da Itália? e da França? e da Inglaterra? O único jogador argentino que pode se tornar um grande armador é Javier Pastore, mas ainda é um jogador em formação e, possivelmente, acabe se tornando um Kaká. A Argentina ainda sente a falta de Riquelme.

E a verdade é uma: a seleção argentina é muito limitada, a defesa (incluindo o goleiro) é horrível, o meio de campo sofrível e o ataque, bem o ataque é dos melhores do mundo. Messi é, de longe, o melhor atacante da atualidade. E Agüero tem tudo para ser um "quase" Romário. Espero que o time seja armado com 3 atacantes.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Elegansia

Até o mais rabugento dos sujeitos deixa de lado o mal humor para ver o Ganso jogar. Falem mal do futebol, digam que é um esporte acabado, jurem que não assitirão mais nenhuma partida, mas ver o Ganso é rever os craques do passado, é voltar a enxergar a magia do esporte.

Ganso é a elegancia encarnada, a elegancia em sua raíz linguística. Para os que gostam de trocadilhos, seria EleGansia a grafia correta.

Os tablóides aplaudem ao bom Neymar, eu reverencio ao genial Ganso. Cada toque na bola, cada controle é demonstração de rapidez mental. É ele quem controla a partida.

Hoje, não existe nenhum jogador no mundo como ele. É, seguramente, o jogador mais parecido a Zinedine Zidane. E tudo tem para ser melhor do que o francês.

Elegansia.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Acabou a graça

Assistir uma partida de futebol está se tornando um péssimo entretenimento. Isso, no mínimo, é um contrasenso. Com tanto dinheiro girando no futebol e o esporte não virou o circo que imaginaram. O circo que digo, com o devido respeito que merece, não é o malamanhado Picolino, que perambula pelo interior do nordeste exibindo leões famintos, palhaçadas repetidas e atrações desbotadas. Todos imaginavam que o futebol se tornaria um grande Circ de Soleil, sempre com muito colorido e imaginação. Algo que cativa as vistas antes mesmo da razão.

Pois bem, não está sendo assim. E não digo que não está sendo assim no Brasil, não está sendo assim em nenhuma parte do globo. Imaginando, desde já, que a Catalunya é um rincão fora do planeta.

A minha teoria é simples, poucos gostam de futebol.

A esmagadora maioria gosta de fofoca, gosta de saber se Ronaldo está gordo, se Neymar vai ou não para o Madrid, se Pato está traçando a Berlusconi. E torcedor gosta apenas de títulos. Qualquer vascaíno, palmeirense, torcedor do Bangu ou da Seleção ficaria contentíssimo se sua agremiação ganhasse um campeonato roubado e jogando feio. Na reta final da competição, não perderia nenhum jogo.

E o motivo é simples, torcedor não gosta de futebol, gosta de tirar sarro com os amigos que torcem para o rival. Querem dizer para os filhos que estavam presentes naquele dia. Mas verdadeiramente pouco importa se o jogo agrada ou não.

Sinceramente imaginei que depois da Copa na africa, o futebol adotaria um estilo mais ofensivo. Vimos a sempre cautelosa Alemanha jogar pra frente, vimos a Espanha, com seu tique-taca (tudo bem que nem tão belo assim) ser campeã. E vimos os times de guerreiros abaixarem os escudos e se renderem como maricas. Mas nada mudou. A palavra "guerreiros" ainda é a mais utilizada por jogadores e comentaristas. Desgraçadamente virou moda.

O Barcelona ganha tudo e mesmo assim nenhuma grande equipe teve a inteligência de imitar o Barça. Só o Bahia de Feira teve a ousadia.

Pois bem, o Santos poderá ser campeão da Libertadores com um grande elenco e um futebol que não merece o tempo gasto em frente do televisor. E todos dirão que Muricy é um gênio.

Acabou a graça do futebol.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Brasil X Romênia

A Romênia é time de terceira divisão, é certo. O Brasil não fez uma boa figura, é certo. Ronaldo estava gordo e perdeu um gol feito, é certo. O time não jogou absolutamente nada no segundo tempo, é certo. O time foi mais ofensivo do que contra a Holanda, é certo.


Robinho não está jogando bem, aí eu discordo. Robinho já não é o driblador de outrora, mas ele se adaptou muito bem na função de meia de ligação. Pensa rápido, não perde a bola, faz o jogo andar. É certo que continua com o mesmo pé torto de antes, mas jogando mais recuado esse defeito é minimizado.


Mas, de tudo que vi na partida, o que mais me impressionou foi a partida de Jadson. Tá certo que foi contra a fraca Romênia, mas dá para ver que ele tem mais traquejo do que Elano na armação do time. Quem sabe não poderia ser o "Iniesta" da canarinha... Quem sabe Mano não o coloca no lugar de Ramires...


Inútil pensar. O Brasil de Mano nunca sairá jogando com apenas um volante de ofício, é certo.

Copa do Brasil

Antes de falar do jogo, falemos um pouco da competição. A Copa do Brasil, que já era um campeonato de segundo nível, se transformou em uma competição para timinhos. De 2002 para cá, times como Brasiliense, Paulista, Santo André, Sport, Vitória, Coritiba, Vasco da Gama e Figueirense foram finalistas. Tá tudo errado.

O calendário do futebol brasileiro precisa ser revisto, pois não dá para aprovar uma Copa do Brasil sem os principais times do País. Sendo assim, é melhor não ter. Da maneira que está, veremos vários confrontos entre times fracos e finais com um baixo nível técnico como a que vimos ontem.

O Coritiba passou os 15 minutos finais jogando a bola na área do Vasco. E o Vasco, por sua vez, passou boa parte da partida dando bicuda para se livrar da redonda. Isso é maldade com a coitada da bola.

O frango do goleirinho do coxa foi o ponto chave da partida. Ninguém jogou bem, exceto Éder Luis, que correu como antigamente corriam Euller e Mirandinha.

E tomem nota, tanto Vasco quanto Coritiba estarão mais próximos do rebaixamento do que do pelotão de cima.

sábado, 4 de junho de 2011

Análise: Brasil X Holanda

Elano não é ruim, nem está em fim de carreira, apenas não é um camisa 10, nem sabe jogar sob forte marcação. Elano poderia seguir na seleção, mas brigando por uma vaga como segundo homem do meio de campo. Vamos reparar injustiças.

Robinho não está jogando mal, só não aprendeu a fazer gols. Robinho se movimenta como ninguém, sabe ler o jogo e ocupar os espaços. Consegue se livrar da marcação e fazer o jogo correr. Se confunde quem acha que ele disputa vaga com Neymar. Robinho joga mais recuado, como um meia-atacante. E, talvez, não jogando Ganso, deveria ser ele o 10 do Brasil.

Contra a Holanda, Robinho jogou como ponta direita por pouco mais de 10 minutos, depois caiu para o meio e jogou como 10, ocupando o espaço que Elano, por não ter as características da posição, deixou vazio. Isso fez com que o Brasil jogasse capenga.

No segundo tempo, Mano fez com que Elano jogasse como volante pela direita e deu liberdade para Daniel Alves apoiar. O Brasil melhorou um pouco.

Lucas entrou no lugar de Elano, mas não jogou como atacante pela direita, se manteve recuado. Tentou algumas jogadas individuais e mostrou que ainda não é, nem de longe, melhor do que Robinho.

Ramires, peça chave no cauteloso esquema de Mano, não é grosso. É um veloz marcador que sabe aproveitar os espaços vazios em um contra-ataque. Só não deveria ser titular da Seleção. Ramires não é armador, não tem criatividade, não tem bom passe, não chuta bem. Só deveria jogar em determinados momentos de uma partida.

O Brasil deveria optar por jogadores que controlem o jogo no meio de campo, não jogadores correria. A correria fica para os laterais e os atacantes. No meio é preciso controle.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Vamos imitar o Barça

A Seleção pode jogar como o Barça ou até melhor. Sim, dá para montar uma seleção brasileira melhor do que o Barcelona, utilizando o mesmo esquema ofensivo.

O "segredo" deste super-barça está na qualidade dos seus dois armadores, Xavi e Iniesta, na opção pelo futebol ofensivo, com 3 atacantes e dois alas. Por que o Brasil não pode fazer melhor?

Mesmo que não exista um Messi brasileiro, acredito que a seleção pode jogar melhor do que o Barcelona. Vamos montar um time utilizando o mesmo esquema e vejamos como fica.

Temos 3 grandes goleiros, Fábio, Vítor e Júlio César, ambos melhores do que o limitado Valdéz.

A linha defensiva brasileira (Alves, Thiago, Lúcio e Marcelo) é muito melhor do que a do Barça e, ainda, temos reservas.

No meio, desde 86 o Brasil não joga com armadores. De 90 para cá, exceptuando 98 quando jogou Leonardo, o Brasil privilegia a velocidade e a força física. Assim, ficaram de fora grandes armadores, como Alex, Juninho Pernambucano e Djalminha.

E Mano parece que vai pelo mesmo caminho, dando preferência a Elias e Ramires. Mas temos jogadores para imitar o Barça, com qualidade de passe e bom controle de jogo.

Se o Barça joga com Busquetes, Xavi e Iniesta, poderíamos jogar com Lucas, Anderson e Ganso. Se não é melhor do que o Barça, é bem parecido. E se quiser ousar mais, Mano pode montar um trio com Renato Augusto, Anderson e Ganso.

Villa, Pedro e Messi seguramente não são melhores do que Robinho, Neymar e Nilmar. E ainda temos Kaká, Lucas e Pato.

O que nos falta é coragem. Coragem e Ganso.

Com a ajuda dos Santos

Zé Eduardo marcou depois de mil e uma noites. Foi ou não foi com a ajuda divina? Pra quem duvida das interferências divinas no futebol, basta analisar o segundo gol do Santos. Foi ou não foi a luz divina que cegou o goleirão paraguaio. Indiscutível.

Mas é certo que os santos não ajudam qualquer pereba. Rafael está muito bem no gol, Arouca merece uma convocação e Neymar desequilibra. Foram os 3 melhores.

Ainda assim, com esse elenco, não seria melhor jogar para golear?