segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Comentários da rodada.

Fluminense X São Paulo: Muricy escala mal e o Fluminense deixa de somar 3 pontos.
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Atlético X Palmeiras: O pior goleiro do mundo afunda o Galo e faz Luxemburgo perder os cabelos.
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Corinthians X Vitória: Ronaldo não faz nada, mas dá sorte.
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Vasco X Cruzeiro: O Vasco conta com a sorte e tira 2 pontos do Cruzeiro.
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Santos X Goiás: Um golaço, mais um penalti perdido e o Santos vai mostrando que o título está difícil.
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Internacional X Botafogo: O Inter ganha sem brilho, mas vai disputar o caneco.
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Guarani X Flamengo: Com Val Baiano é impossível vencer.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Os favoritos.

Agora sim, já podemos saber quais os candidatos ao título de campeão brasileiro de 2010. Quem podia, contratou e, aparentemente, ninguém mais deixará seu clube.
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O grande favorito é, sem dúvida, o Fluminense, apesar de ser treinado por Muricy Ramalho. Tem um bom elenco, dois bons laterais, dois excelentes meias e dois dos melhores atacantes do campeonato. E o que é melhor, todos eles se completam. Caso não sofra com lesões e com o espírito natural de retranca de Muricy, o Fluminense tem tudo para sair da fila. Deco será provavelmente o melhor jogador do campeonato.
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Com as mesmas chances estão Corinthians, Internacional e Cruzeiro. Internacional e Cruzeiro levam ligeira vantagem sobre o Corinthians, pois seus atacantes reservas são melhores. Ronaldo, caso volte a jogar, dificilmente jogará mais de 50% dos jogos. E Souza, seu substituto, é pior que Luizito, jogador de peladas dos campinhos de Valencia.
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Com chances menores estão Santos, Botafogo e Flamengo. O Santos perdeu seu melhor jogador e isso afetará bastante o rendimento do time. Ganso é insubsituível. Marquinhos deverá ocupar a sua função e Possebon fará de Marquinhos. Continua sendo um excelente time, mas até este time se entrosar poderá ser tarde demais. O Flamengo fez duas boas contratações e, dependendo da sorte, pode surpreender. Já o Botafogo tem um time organizado, mas limitado. Só será campeão se Joel conseguir manter o time emocionalmente e fisicamente nas alturas. E, ainda, terá que contar com a má sorte dos outros candidatos.
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Para Atleticanos, Palmeirenses e São Paulinos, resta esperar o ano que vem.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Do Internacional para o mundo.

O campeonato de pontos corridos e a observância do rebaixamento mudaram a cara do futebol brasileiro. Os times mais bem geridos começam, também, a ser os mais vitoriosos e os mais ricos. Tudo se encaminha para que o título do Brasileirão seja sempre disputado pelos mesmos quatro, cinco ou seis times.
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Internacional, São Paulo e Cruzeiro saíram na frente e, por sempre estarem presentes nas competições continentais, ano após ano se tornam mais ricos, com melhores patrocínios e com a possibilidade de vender seus jogadores a preços internacionais. Os outros grandes clubes do futebol brasileiro (Grêmio, Palmeiras, Corinthians, Santos, Atlético-MG, Flamengo, Vasco e Fluminense) precisam correr atrás para que não percam a competitividade.
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De todos, o Vasco da Gama parece o mais arruinado e com grandes chances de permanecer no segundo escalão do futebol nacional por muito tempo. O Fluminense, dos times cariocas, parece ser o mais equilibrado. E o Flamengo, devido a fama conquistada na era Zico, ainda tem boas chances de permanecer entre o seleto grupo dos grandes. Corinthians, Santos e Palmeiras estão no mesmo barco do Flamengo. Todos precisam fazer um planejamento a longo prazo, visando não os títulos imediatos, mas o equilíbrio. É melhor para um clube ser oito vezes seguidas vice-campeão do que ser campeão uma vez e em outros sete campeonatos ficar de fora do G4. Talvez esta não seja a visão da maioria dos torcedores...
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Pensando a longo prazo, o Internacional terá um dos melhores estádios do Brasil e, tão importante quanto, em seu elenco já é possível ver futuros craques. Giuliano já é peça fundamental no elenco colorado e, provavelmente, estará na seleção em breve. E recentemente o Internacional conseguiu trazer para o clube duas excelentes promessas, o zagueiro Dalton (ex-Fluminense) e o meia Oscar (ex-São Paulo), dando sinais de que está mais bem preparado do que seus rivais.
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Devemos nos acostumar a ver grandes jogadores sairem do Internacional para serem as estrelas dos mais ricos times do mundo.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

O novo Zidane é brasileiro.

Nasce um novo Zidane para o futebol mundial. Não, não é o francês Gorcouff. Tampouco é francês. O novo Zidane é brasileiro. Mas quem foi Zidane...
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Zidane foi o jogador mais elegante dos últimos 20 anos. Um maestro que manteve por pelo menos 10 anos ininterruptos o mais alto nível de um jogador de futebol. Todos desejaram jogar a seu lado, ou melhor, em torno seu. Ele tinha o dom de fazer aflorar o melhor de cada companheiro. Todos, sem exceção, tiveram seu auge quando estavam sob sua batuta.
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Ganhou tudo que a sorte lhe permitiu ganhar, tanto em prêmios individuais quanto coletivos. Será lembrado por anos, talvez séculos, como o melhor jogador da história futebolesca francesa.
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Parecia não correr muito, mas sempre estava em todas as partes do campo, disponível para receber qualquer passe. Poderia passar um jogo inteiro dando passes de primeira, ou reter a bola entre suas pernas, lugar inalcançável para seus adversários. Em fração de segundos encontrava uma brecha entre mil pernas e deixava seu 'pupilo' pronto para atingir a glória. Todos os seus companheiros eram na verdade seus pupilos.
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Deixou o futebol jogando como um garoto. E não deixou herdeiro. Mas eis que em terras brasileiras surge um ser que sendo eu adepto de teorias científicas diria se tratar de um clone. Se chama Paulo e tem pouco mais de 20 anos. Esbelto e sempre com a cabeça erguida, será conhecido pelo mundo por seu adorável apelido: Ganso.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Eternamente gratos, Dunga.

Mesmo encantando o mundo, a seleção brasileira comandada por Telê Santana em 82 e 86 não conseguiu sequer disputar uma final. Infelizmete, Zico, um dos dez melhores jogadores de todos os tempos, nunca sentiu o sabor de vencer uma Copa. Com a falta de títulos desta geração, deu-se um giro radical na maneira de se jogar futebol no Brasil. Passamos da "Era Zico" para a "Era Dunga". E fizemos três finais consecutivas, levantando o caneco em duas ocasiões.
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Mesmo com os títulos conquistados, o mundo começou a se desencantar com o nosso futebol. Continuamos temidos e respeitados, mas deixamos de ser admirados. O mundo do futebol prefere ver partidas da Espanha, Argentina e, que contrasenso, da Alemanha. Mas não abaixem as cabeças, caros leitores. Graças ao treinador Dunga, o nosso futebol volta a se direcionar às antigas e cativantes origens.
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Isso mesmo, não estou louco, nem estou sendo sarcástico. Devemos ser eternamente gratos ao treinador Dunga por fazer ressurgir em nós a vontade de ver a nossa seleção jogar para frente. Sem ele nada do que vimos ontem seria possível.
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O fracasso de Dunga no comando da seleção foi tal que motivou um cambio radical na postura da CBF. Caso o Brasil chegasse às finais, nada disto estaria acontecendo. Continuaríamos a trair a nossa natural vocação para o futebol alegre. É claro que devemos agradecer também a Espanha, que nos últimos quatro anos começou a defender a fantasia no esporte. Mas sem Dunga, que não disfarçou em nenhum momento o estilo retranqueiro que iria adotar, que foi sincero com os torcedores e a imprensa, sem Dunga, não teríamos visto uma seleção brasileira com apenas dois volantes (ambos com qualidade de passe) e pressionando o adversário.
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Todos em coro deveríamos bradar em alta voz: eternamente gratos, Dunga.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Novos ventos parecem soprar.

A tragédia é uma forma dramática onde os personagens se veem enfrentados de maneira misteriosa e inevitável contra os Deuses ou o Destino, movendo-se, na maioria do casos, em direção a um desenlace fatal. As tragédias acabam, quase sempre, na morte ou na destruição física, moral e econômica do personagem, que é sacrificado diante desta força que se impõe.
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Apesar de todo sofrimento que está passando a fanática torcida do Vitória, a derrota para o Santos não deve ser encarada com tamanha dramaticidade. O Vitória jogou bem, especialmente Bida e Elkeson, que se mostra melhor meia do que atacante, mas tinha pela frente a face fria do Destino. Não foi desta vez que o Vitória se levantou contra os Deuses e, num ato de suicídio heróico, exigiu o que acreditava seu de direito.
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A partida foi digna de uma final e o Santos, que encantou o mundo com seu estilo alegre e irreverente, foi merecidamente campeão, mostrando que apostar pelo jogo bonito pode sim ser viável. Ao vencer jogando bonito o Santos não só ganhou um belo troféu e uma vaga na libertadores, mas a grande exposição de sua marca pode render excelentes contratos publicitários. Esperemos que os demais times brasileiros, assim como a nossa Seleção, imitem a elegância santista.
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Novos ventos parecem soprar em direção ao esporte mais popular do globo, convergindo futebol, espetáculo alegre e objetivos financeiros. Ficar de fora deste direcionamento é uma tonta falta de perspicácia dos dirigentes e donos do negócio. O público quer consumir um espetáculo condizente com a fortuna e tempo depositados no futebol. Negar-lhes isso é estar contra a corrente.