A tragédia é uma forma dramática onde os personagens se veem enfrentados de maneira misteriosa e inevitável contra os Deuses ou o Destino, movendo-se, na maioria do casos, em direção a um desenlace fatal. As tragédias acabam, quase sempre, na morte ou na destruição física, moral e econômica do personagem, que é sacrificado diante desta força que se impõe.
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Apesar de todo sofrimento que está passando a fanática torcida do Vitória, a derrota para o Santos não deve ser encarada com tamanha dramaticidade. O Vitória jogou bem, especialmente Bida e Elkeson, que se mostra melhor meia do que atacante, mas tinha pela frente a face fria do Destino. Não foi desta vez que o Vitória se levantou contra os Deuses e, num ato de suicídio heróico, exigiu o que acreditava seu de direito.
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A partida foi digna de uma final e o Santos, que encantou o mundo com seu estilo alegre e irreverente, foi merecidamente campeão, mostrando que apostar pelo jogo bonito pode sim ser viável. Ao vencer jogando bonito o Santos não só ganhou um belo troféu e uma vaga na libertadores, mas a grande exposição de sua marca pode render excelentes contratos publicitários. Esperemos que os demais times brasileiros, assim como a nossa Seleção, imitem a elegância santista.
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Novos ventos parecem soprar em direção ao esporte mais popular do globo, convergindo futebol, espetáculo alegre e objetivos financeiros. Ficar de fora deste direcionamento é uma tonta falta de perspicácia dos dirigentes e donos do negócio. O público quer consumir um espetáculo condizente com a fortuna e tempo depositados no futebol. Negar-lhes isso é estar contra a corrente.
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