Mesmo encantando o mundo, a seleção brasileira comandada por Telê Santana em 82 e 86 não conseguiu sequer disputar uma final. Infelizmete, Zico, um dos dez melhores jogadores de todos os tempos, nunca sentiu o sabor de vencer uma Copa. Com a falta de títulos desta geração, deu-se um giro radical na maneira de se jogar futebol no Brasil. Passamos da "Era Zico" para a "Era Dunga". E fizemos três finais consecutivas, levantando o caneco em duas ocasiões.
.
Mesmo com os títulos conquistados, o mundo começou a se desencantar com o nosso futebol. Continuamos temidos e respeitados, mas deixamos de ser admirados. O mundo do futebol prefere ver partidas da Espanha, Argentina e, que contrasenso, da Alemanha. Mas não abaixem as cabeças, caros leitores. Graças ao treinador Dunga, o nosso futebol volta a se direcionar às antigas e cativantes origens.
.
Isso mesmo, não estou louco, nem estou sendo sarcástico. Devemos ser eternamente gratos ao treinador Dunga por fazer ressurgir em nós a vontade de ver a nossa seleção jogar para frente. Sem ele nada do que vimos ontem seria possível.
.
O fracasso de Dunga no comando da seleção foi tal que motivou um cambio radical na postura da CBF. Caso o Brasil chegasse às finais, nada disto estaria acontecendo. Continuaríamos a trair a nossa natural vocação para o futebol alegre. É claro que devemos agradecer também a Espanha, que nos últimos quatro anos começou a defender a fantasia no esporte. Mas sem Dunga, que não disfarçou em nenhum momento o estilo retranqueiro que iria adotar, que foi sincero com os torcedores e a imprensa, sem Dunga, não teríamos visto uma seleção brasileira com apenas dois volantes (ambos com qualidade de passe) e pressionando o adversário.
.
Todos em coro deveríamos bradar em alta voz: eternamente gratos, Dunga.
Nenhum comentário:
Postar um comentário