domingo, 17 de julho de 2011

O medo da morte

O Brasil não consegue fazer gol nem na cobrança de penaltis. Seguramente não somos tão ruins assim. Perdemos não por jogarmos pior do que o Paraguai, perdemos por falta de sorte.

Sorte e coragem.

Nem preciso repetir o que venho dizendo desde o início desta Copa América, o futebol se tornou um jogo de medrosos.

Mano fez exatamente o mesmo que Batista na Argentina, trocou seis por meia dúzia e não arriscou dar o contra ataque. Imagino que Mano está muito satisfeito com a aplicação dos seus jogadores e está se queixando com o "divino" por não ter colaborado.

O que podemos tirar de bom desta partida é a atuação de Robinho na armação. Robinho fez, individualmente, uma bela partida. Ele e Ganso formam uma boa dupla. Não podemos dizer o mesmo de Lucas/Ramires e de Neymar/Pato.

Mas o que mais me preocupa é, sinceramente, este sentimento entranhado na nossa sociedade, o medo. Temos medo de perder o emprego, medo de assalto, medo de adoecer, medo de ficar só. Temos medo de tudo e esse medo está refletido no futebol. Temos medo de perder.

Já não somos uma sociedade jovem e irresponsável. Somos velhos. Não cultivamos a beleza, mas sim a segurança. E a vida vai, assim, perdendo a graça. E a morte nos mete medo.

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