Antes de falarmos dos times presentes, falemos um pouco dos ausentes. Já é hora de EUA e México disputarem a Copa América com a seriedade que este torneio exige. Seria bom para a Copa e para as duas seleções do Norte. Sem falar que seria bom para uma eventual formação de um verdadeiro bloco político/econômico das américas.
Já que não vieram, falemos dos presentes.
Brasil, Argentina, Uruguai e Chile são as 4 melhores seleções. A Colômbia, inexplicavelmente, não monta um bom time desde tempos de Valderrama e cia.
O Chile tem um time ofensivo e rápido, com bons atacantes e meias, mas tem na sua frágil defesa o ponto débil da equipe. Alexis Sánches é o jogador da moda, mas, sinceramente, não sei o motivo.
O Uruguai tem um trio ofensivo muito bom, comparável ao do Brasil e da Argentina. Tem uma defesa regular e um trio de volantes limitado. Forlán tem tudo para brilhar também na Copa América.
A Argentina tem, como já disse, sérias limitações em sua defesa, incluindo as laterais. Falta, ainda, um bom organizador, pois nem Banega, nem Cambiaso tem esse perfil. Messi, o pobre, não joga só. Ninguém, na história do futebol, literalmente carregou um time nas costas. Nem Maradona, nem Pelé. Até hoje não surgiu um jogador que sozinho garantisse a vitória de seu time. Talvez Bican e Garrincha tenham chegado mais próximo.
Muitos comentaristas beiram a idiotice ao afirmarem que a camisa da argentina não cai bem a Messi, que ele não joga bem na albiceleste. Messi é um atacante fora de série, seja no Barcelona, na Seleção Argentina ou no baba de quinta do campo de Guto.
Quanto à nossa seleção, esta precisa de pouco para se transformar na melhor seleção do mundo. Temos o melhor goleiro e a melhor defesa dentre todas as seleções. O que nos falta é sorte, coragem e Ronaldo. Pato não é nem sombra do que foi Careca, Romário ou Ronaldo. Hoje ele não está acima do nível dos demais convocáveis para a posição. Entre Pato, Nilmar e Kléber, só a idade ajuda o primeiro.
Também temos a possibilidade de montar um dos melhores meios do mundo. Daí a falta de coragem. Repito e repetirei sempre, Ramires é jogador para segundo tempo, precisamos mesmo é de um Iniesta na posição. Mas não se fazem Iniestas ao cento, me dirão. Aceito, mas precisamos buscar um jogador que tenha as mesmas características, quais sejam; controle de bola, facilidade de drible, posicionamento e movimentação aprimorados, que seja um bom passador e que, preferivelmente, tenha uma resistência física invejável. Para facilitar, imaginem Seedorf ou Deco em seus áureos tempos. Pois bem, este é o jogador que precisamos. Façam todos um exercício e procurem um brasileiro que tenha essas características. Difícil... talvez um pouco.
Eu tenho duas sugestões, uma seria convocar o Anderson, do Manchester United. Esta seria debatível, mas ninguém me chamaria de louco. Já a segunda, e a que mais gosto, seguramente fará com que metade dos leitores deixem essa coluna imediatamente. Eu provaria Robinho na posição. Não deliro, Robinho jogando ao lado de Lucas e um pouco atrás de Ganso. Façamos um outro exercício, esse muito mais difícil. Imaginem que não acompanharam o início de carreira de Robinho, imaginem que ele nunca foi atacante. Deixem de lado sua carreira e analisem as suas características... darei um tempo para esta difícil tarefa... Robinho nunca aprendeu a fazer gols, em suma, não poderia ser atacante. Robinho já não tem a velocidade de menino, ou seja, não se daria muito bem como ponta. Em contrapartida, continua se movimentando muito bem em campo, se apresenta e se desmarca como ninguém, erra poucos passes curtos, segue excelente no um contra um e... marca relativamente bem. Não é nenhum Mauro Silva, mas marca melhor do que Iniesta. Isso é fato.
Como disse em outras colunas, é relativamente fácil para o Brasil imitar o jogo do Barcelona. O segredo do Barça está em uma defesa veloz, capaz de jogar adiantada, um meio de campo que toca bem a boa e um ataque que se movimenta o tempo todo, formado por jogadores dribladores. Nossa defesa é melhor e mais veloz do que a do Barça e temos atacantes rápidos e dribladores. Só nos falta a coragem para escalar um meio de campo que jogue com a bola nos pés, com toques curtos quando necessário. Ganso e Robinho, ambos, marcam melhor do que Xavi e Iniesta. Então provemos.
Boa sugestão, mas infelizmente nunca veremos...abração Tom.
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