quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

É possível vencer o Barcelona?

É possível vencer esse Barcelona? Claro. Mas como? A maneira mais adequada é jogar como o Barcelona. Mas é possível jogar como o Barcelona sem os craques do Barcelona?

Vamos analisar essa pergunta.

Quem são os craques do Barcelona? Busquets, Pedro, Abidal, Sánchez, Thiago? É um erro imaginar que todos os jogadores do Barcelona são craques.

Em minha modesta opinião, o único craque do Barcelona é o Messi. Tão craque quanto foram Ronaldo, Zico, Maradona ou Pelé.

Talvez Xavi também seja um craque, tão bom quanto foi Falcão, Riquelme ou Alex.

E Iniesta é um bom jogador, mas não melhor do que Sneijder ou Robinho.

Esses três jogadores são a alma do Barcelona, todos os demais são facilmente substituíveis.

Pois bem, não há hoje um jogador tão bom e decisivo quanto Messi. Isso é um fato. Mas Xavis, Iniestas, Busquets e Alves podem ser facilmente adquiridos por um clube como o Real Madrid. O que falta nos grandes clubes de hoje é a coragem de permitir o contra-ataque ao seu oponente.

Mas só é possível vencer esse Barcelona jogando com o mesmo toque de bola? Absolutamente não.

O problema é que tampouco existe hoje um clube que conte com os melhores zagueiros do mundo e seja armado para o contra-ataque a la italiana. O Madrid tem uma dupla de zaga limitadíssima e um Sergio Ramos que é uma mãe. Fora isso, Xabi Alonso, bom voltante, não é um defensor nato. Ou seja, Mourinho joga contra o Barcelona, tentando armar um time defensivo, mas não conta com os jogadores adequados para isso.

Se pode vencer um jogo de futebol jogando feio ou bonito. Daí eu disse anteriormente que a maneira mais adequada era jogar como o Barcelona. Mas também se vence jogando feio.

E o Santos, o que fez e o que poderia ter feito?

O Santos jogou como quem reza uma ave maria e pede pelo impossível. Muricy queria vencer contando com a sorte. Com a sorte de um mal dia de Messi, com um frango de Valdéz, com um erro da arbitragem. Com o esquema que montou, só muita sorte o faria vencer. Entrou com 3 zagueiros que juntos não defedem metade do que defende Thiago Silva sozinho. Ou seja, entrou com dois jogadores a menos. E se jogando com 11 já seria difícil, com 9 ficou impossível. Fora isso, o time optou pelos chutões e por marcar o Barcelona dentro de sua área.

Possivelmente aquele Santos de Dorival que encantou o Brasil no ano passado também perderia para esse Barcelona, mas com certeza faria um jogo melhor e teria mais chances de vencer. Quem sabe Deus não prefira ajudar a quem merece?

domingo, 25 de setembro de 2011

É possível jogar sem zagueiros?

É possível jogar sem zagueiros? Parece que sim. E é isso que demonstrou o Barcelona no seu último jogo, vencido por 5x0.
O Barcelona surpreende a cada temporada e faz com que comecemos a acreditar que o futebol pode retornar ou, inclusive, superar a beleza da década de 60. Seus dois volantes marcadores (Mascherano e Busquets) jogaram na defesa. E três "meias" jogaram como volantes (Xavi, Fábregas e Thiago). O que isso significa?
Significa que essa opinião de que é necessário ter sempre um par de Willians em campo não passa de conversa para boi dormir. Um grande time não precisa ter no meio de campo um Gatuso, um Mascherano ou um Willians. Mascheranos devem jogar na defesa. No meio, joga quem tem bom passe, visão e controle de jogo.
E não pensem que o jogo foi contra qualquer timeco, foi contra o Atlético de Madrid.
Bem, há muito o futebol perdeu o equilíbrio. Zagueiros viraram volantes, volantes viraram atacantes. E o futebol ficou parecido ao rugby, um jogo truncado, tático e nada bonito. É tempo de mudarmos isso.
Treinadores e dirigentes, imitem o Barcelona.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Convocação

Sou contra. Sim sim, sou contra. Não tem cabimento convocar tantos jogadores para "experimentar" na Seleção. Ou é ou não é. Tá certo que futebol é momento, mas não é por jogar bem cinco jogos que alguém deve ser convocado. O momento deve servir para comparar dois jogadores sabidamente bons. Ou seja, entre Dagoberto, Borges, Pato, Nilmar e Kléber, leva o que estiver "momentâneamente" melhor. Mas chamar um jogador que ainda não mostrou nada, que jogou bem meia temporada, é ridículo.

Ou será que tem dinheiro de empresários e patrocinadores no meio...

E mais, Mano precisa formar um elenco e dar tranquilidade para os que fazem parte deste elenco. Se o cara achar que só vai ter uma chance, dificilmente vai render. E isso aconteceu com Douglas, Jadson, Hernandes...

Sou contra.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

É preocupante.

Para que serviu esse amistoso?
Para muito pouco.
Primeiro, Ganso se lesionou e não pudemos ver ele e Ronaldinho juntos.
Segundo, Gana teve um jogador expulso e não pressionou a saída de bola brasileira desde então.
Mas ainda assim podemos tirar algo.
Primeiro, Mano não tem reserva para Ganso. E isso é assustador. Caso não jogue Ganso o Brasil tem o esquema alterado. Elias, por suas características, não deveria ser o reserva de Ganso, mas de Fernandinho. Fernandinho, Elias, Wesley são iguaizinhos, fazem tudo mais ou menos. São mais ou menos velozes, marcam mais ou menos, driblam mais ou menos. Insisto, preferiria ver Robinho jogando mais recuado, mas, pelo menos, eles acertam mais passes que Ramires.
Segundo, Marcelo deve ser o titular. Não temos como compará-lo com André Santos.
Terceiro, Leandro Damião é melhor do que Pato, principalmente para colocar a bola para dentro. Não temos um excelente 9 disponível, mas Damião pode ser aquele jogador referência, que perde poucos gols e se coloca bem. Um Fred que aguenta correr.
E por último, Ronaldinho jogou muito bem, principalmente no segundo tempo, quando foi deslocado para o meio. Agora não vamos nos precipitar e começar a achar que ele é a salvação. Neste jogo, como o Brasil jogou com mais um, Ronaldinho não foi marcado. Teve toda a liberdade para receber, pensar e dar seus lindos passes. Não é que ele foi mal marcado, ele sequer foi marcado. E assim fica fácil para Ronaldinho.
O Brasil mereceu nota 3 enquanto teve igualdade de jogadores e 5 quando ficou com mais um. É preocupante.

domingo, 21 de agosto de 2011

Equilíbrio

Equilíbrio.

Esta é a palavra que marcará este Brasileirão. Temos, pelo menos, oito equipes com a mesma qualidade técnica em seu onze inicial. O Santos tem o melhor onze e, talvez, o melhor elenco. Mas como o Santos parece estar só de passeio neste torneio, podemos afirmar que não está entre os favoritos ao título. O campeão será decidido nos detalhes. As lesões, a sorte ou o bom ambiente farão com que uma destas equipes seja a campeã de 2011.
Muito se falou de Tévez e Seedorf no Corinthians, de Kléber eVágner Love no Flamengo, dos retornos de Robinho, Diego e Kaká, mas tudo ficou na especulação. Nenhuma equipe fez um super time.
Dos times que estão nas primeiras posições, Palmeiras e Vasco devem cair. Das equipes que estão no meio da tabela, Fluminense e Cruzeiro devem subir. Mas, diferente de outros anos, não podemos apontar apenas quatro favoritos.

Ronaldinho.
Ronaldinho é um craque? Não, não é. Ronaldinho merece ser convocado para a Seleção? Sim, merece. Mesmo sem o considerar um craque e mesmo que ele não tenha a arrancada dos tempos do Barcelona, Ronaldinho ainda é um dos melhores jogadores do mundo. Não podemos o comparar com Messi, mas não seria absurdo o comparar com Iniesta, Ozil ou Sneijder. E é difícil imaginar que Ronaldinho não fosse titular da França, Inglaterra ou Itália. Ronaldinho continua sendo um bom jogador, não devemos esquecer isso.

Dagoberto.
Dagoberto não é craque e nunca será, mas tem sim chances de ir para uma Copa do Mundo. Como ele temos 100. Só de passagem podemos falar em Vágner Love, Kléber, Pato e Nilmar. E nenhum deles é pior do que foi Muller. O fato de continuar jogando no São Paulo poderá jogar a seu favor. É isso que muitos jogadores não entendem. Ficar no Brasil em um grande time é mais vantajoso do que se mandar para a Europa para uma equipe de segundo nível. Vágner Love e Nilmar estão cada vez mais distantes da Seleção. Todos são bons atacantes e a visibilidade é o que fará um destes 100 ser o escolhido.

Oscar.
Outra coisa que uma jovem promessa precisa saber é que raramente é vantajoso sair muito novo do Brasil. Um jovem só evolui jogando em uma liga competitiva. Se mandar para ser reserva em um grande time Europeu, como fez Philippe Coutinho, ou jogar em uma liga muito fraca, como fez Giuliano são as piores escolhas para um jovem jogador. Repito, ninguém aprende a jogar olhando. E neste sub20 ficou claro que Coutinho não progrediu, ao contrário de Oscar. E quantas jovens promessas não vingaram por abandonar seu clube prematuramente? Que digam Douglas Costa, Jô ou Carlos Eduardo.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Curtas

Seleção Ssub-20

Dois jogadores merecem destaque nesta seleção; Oscar e Casemiro. Oscar é um garoto diferenciado, veloz e com visão de jogo. Tem tudo para ser um jogador decisivo no Internacional. E Casemiro teria tudo para ser um grande frente de zaga. O problema é que, por ter algo de habilidade, vai acabar jogando como segundo volante ou terceiro. Isto fará dele mais um jogador no meio de tantos.

Seleção Principal

Sai a lista de convocados e, como se esperava, Mano volta a chamar Ronaldinho. É provável que chamar Ronaldinho partiu mais da pressão que vem sofrendo do que de sua vontade. Em todo caso, dependendo da sorte, Ronaldinho poderá continuar sendo chamado. E todos dirão que ele é um craque.

Outra mudança significativa foi a ausência de Ramires. Como venho dizendo, esse menino não tem futebol para ser titular da seleção. Caso o Brasil consiga vencer bem os próximos amistosos, Ramires pode dar adeus ao sonho de disputar a próxima Copa.

Por fim Marcelo terá outra chance. Todo mundo sabe que André Santos é limitado, mas ninguém aponta um jogador melhor. Só Marcelo tem certa unanimidade.

E todo mundo sabe que no Brasil, desde Ronaldo, não surgiu um grande atacante. Adriano, por sua força física, bom cabeceio e potência na perna esquerda sempre foi o quase-craque que supriu satisfatoriamente a ausência do fenômeno. Seu problema é o vício. Então fica o vazio, pois Pato nem de longe agrada, é um jogador para o futuro. O problema é que o futuro é incerto. Este é, indubitavelmente, o maior problema de Mano. Bem, não dá para contar com Adriano, pelo menos neste momento.

E olhando bem, poucas são as opções do nosso cauteloso treinador. Meu nome preferido é Leandro Damião. Ele pode ser o quase-craque referência para o ataque brasileiro. E uma coisa é certa, hoje ele joga muito mais bola do que Pato.

Campeonato Brasileiro

O Santos com seu grande elenco está na zona de rabaixamento. Já vi muito treinador ser demitido e chamado de burro pela imprensa por muito menos do que isso. Mas o retranqueiro Muricy está com crédito. Em todo caso, todo mundo sabe que a dupla de zaga santista é limitada. E, por incrível que pareça, o Santos sente a ausência de Zé Eduardo. Isso mesmo, falta um jogador "arisco" para levar a bola em velocidade. Ao invés de o Santos ter contratado tandos bons volantes seria melhor o Santos ter trazido um meia-atacante.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Basta já

Basta já. Me pergunto até quando vão deixar que o futebol se transforme em um esporte sem graça. De dez jogos que vejo apenas um agrada. E não me venham dizer que o futebol está assim por falta de talentos, pois esta é uma inverdade que mascara a verdadeira culpa da semgraçensa que hoje leva o nome de futebol.

Bons jogadores continuam existindo, mas não conseguem a afirmação que outrora (até a fatídica derrota de 82) conseguim. Seria praticamente impossível vermos Sócrates em um time de ponta hoje. E isso não significa que Sócrates tenha sido uma farsa, nada disso. Significa apenas que a mentalidade dominante valoriza, primordialmente, o vigor físico e a velocidade. Velocidade aqui entendida como capacidade de correr como um velocista. E, acima de tudo, que não se joga, como outrora, para vencer. O objetivo visível de uma equipe atual é não levar gols.

Então isso leva a que vejamos desfilar pela canarinha inúmeros Ramires, quantos mais em campo mais contente estará o treinador. Dois Ramires nas laterais, mais dois cobrindo as laterais e defendendo o meio de campo e mais um ajudando o meio de campo e puxando o contra-ataque. Essa é a suma felicidade de um treinador atual. Ter cinco Ramires em campo e jogar no contra-ataque.

Pois bem, é assim que joga o Brasil de Mano e nem um placar adverso fará com que ele mude o esquema. É como uma doença degenerativa. Não há cura. Não adianta sonhar.

Ontem Mano optou por Fernandinho no lugar de Ganso e fez com que o veloz jogador atuasse como Ramirez, só que do lado oposto. E o aplicado Fernandinho fez tudo que o treinador pediu.

Como eu queria ver a desordem e mal criação que existia em tempos de Sócrates. Imaginem os jogadores se reunindo e dizendo que o treinador é um cagão e que o certo é o contrário. Manda o cagão pastar. Imagino que Romário faria isso. E eu que detestava a marra e indisciplina do baixinho...

Então podemos esquecer, saindo Mano entrará Muricy e nada mudará. O Brasil continuará cauteloso até contra Honduras ou Afeganistão. Melhor mesmo é aproveitar o tempo que o futebol deixará vago para uma boa leitura ou para a prática do futebol. Pois certamente, daqui a alguns poucos anos, poucos serão os que deixarão de ir ao cinema para ir a uma partida de futebol. O futebol será como a natação, um esporte que só é visto quando vale medalha olímpica.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Vai começar o Brasileirão

Não publiquei nenhum post sobre o campeonato brasileiro até agora. E o motivo é que, para mim, o campeonato ainda não começou.


Infelizmente os dirigentes e o calendário brasileiro faz com que a maior parte das equipes iniciem o torneio com um time e finalize com outro, muitas vezes, completamente distinto. Algumas equipes perdem seus grandes jogadores, outras fazem contratações importantes e algumas poucas conseguem manter o elenco. Daí não ser possível fazer futurição sobre o campeonato.


Algumas coisas já podem ser ditas:


1. O Flamengo dificilmente será campeão. O bom início no campeonato foi, por um lado, prejudicial para o Flamengo. Por estar no topo da tabela, a direção não foi pressionada para contratar o grande atacante que falta e algo mais. Se o Flamengo estivesse na metade da tabela, possivelmente Kléber e Íbson estariam contratados e, aí sim, o Flamengo teria um time para brigar.


2. O Atlético/PR não deve cair. O time paranaense não é tão ruim para permanecer nas últimas posições do campeonato.


3. O Santos tem o melhor elenco, com folga. Infelizmente os times brasileiros estão dando preferência a um torneio de verão (Mundial de Clubes) a um campeonato longo e difícil como o Brasileirão.


4. Times como Fluminense, Cruzeiro, São Paulo e Internacional vão mostrar a verdadeira cara agora.


5. Palmeiras e Vasco não devem terminar entre os 4 primeiros. Ambos tem times limitados.


Vejamos o que sai de certo dessas previsões.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Apenas um exemplo

Estava na boca de todos nos anos 80: "a melhor defesa é o ataque". Quase todas as pessoas ligadas ao futebol acreditavam nisso. Hoje vemos uma reviravolta neste pensamento. A maioria defende justo o contrário: o melhor ataque é a defesa. Atualmente 99% dos treinadores jogam para não perder.

No jogo de ontem podemos dar uma prova disso.

Imaginem que naquele jogo o Brasil tivesse sofrido um gol no final do primeiro tempo, retornando para o segundo com o placar em 0x1. Bem, imaginem que a segunda parte fosse exatamente igual, o Brasil apertando mas sem conseguir marcar. Imaginem isso. Agora imaginem se Mano Menezes faria as alterações que fez. Imaginem se ele tiraria Neymar para dar entrada a Fred e tiraria Ganso para dar entrada a Lucas.

Seguramente não. E é lógico, vocês me dirão. Pois ele precisaria fazer um gol para não ser eliminado, para não perder. Sim, é lógico.

Então vejamos a situação por outro ponto de vista, se o Brasil jogasse para vencer ele teria que marcar pelo menos 1 gol quando a partida estava em 0x0. O placar de 0x0 obrigaria o Brasil a pressionar intensamente o Paraguai, a arriscar-se. Vejam onde quero chegar. Em nenhum momento o Brasil priorizou a vitória, enlouqueceu por não conseguir marcar, arriscou um pouco mais. E é aí que podemos notar com toda clareza que o Brasil não jogou para vencer, jogou, antes de tudo, para não levar o gol. E não levou.

domingo, 17 de julho de 2011

O medo da morte

O Brasil não consegue fazer gol nem na cobrança de penaltis. Seguramente não somos tão ruins assim. Perdemos não por jogarmos pior do que o Paraguai, perdemos por falta de sorte.

Sorte e coragem.

Nem preciso repetir o que venho dizendo desde o início desta Copa América, o futebol se tornou um jogo de medrosos.

Mano fez exatamente o mesmo que Batista na Argentina, trocou seis por meia dúzia e não arriscou dar o contra ataque. Imagino que Mano está muito satisfeito com a aplicação dos seus jogadores e está se queixando com o "divino" por não ter colaborado.

O que podemos tirar de bom desta partida é a atuação de Robinho na armação. Robinho fez, individualmente, uma bela partida. Ele e Ganso formam uma boa dupla. Não podemos dizer o mesmo de Lucas/Ramires e de Neymar/Pato.

Mas o que mais me preocupa é, sinceramente, este sentimento entranhado na nossa sociedade, o medo. Temos medo de perder o emprego, medo de assalto, medo de adoecer, medo de ficar só. Temos medo de tudo e esse medo está refletido no futebol. Temos medo de perder.

Já não somos uma sociedade jovem e irresponsável. Somos velhos. Não cultivamos a beleza, mas sim a segurança. E a vida vai, assim, perdendo a graça. E a morte nos mete medo.

Hoje é dia de Brasil

Os jogadores brasileiros voltaram a estar na moda. Neymar está sendo comparado a Messi, Ganso escuta propostas do Manchester United, Pato é o craque do melhor time italiano, Robinho volta a estar cotado, Lucas e Ramires são titulares de potencias inglesas... Fora André Santos, todos jogam ou jogarão em times de ponta.

Quanto exagero.

Neymar nem de longe pode ser comparado a Messi, Pato provavelmente nunca será um craque e Ramires... hoje não falarei mal do coitado, pois a culpa não é dele.

O mais sincero é dizer que não temos um grande camisa 9, mas Pato é um dos melhores que temos. É tão bom quanto Suárez do Uruguai, Sánchez do Chile ou Tévez da Argentina, mas longe dos grandes centroavantes da história do futebol como Ronaldo, Romário ou Van Basten.

O mais sincero é dizer que Neymar, hoje, joga tão bem quanto Ronaldo ou Messi aos 18 anos. Tem um futuro promissor, mas não é, hoje, melhor do que o holandês Van Persie ou o alemão Thomas Muller.

Quanto a Ganso, o mais sincero é dizer que hoje ele é um dos melhores meias do mundo.Ganso é uma realidade e o Brasil depende de seu jogo para se tornar uma seleção acima da média.

Realmente o Brasil é uma das 3 melhores seleções do mundo, mas isso não significa que ganhará do Paraguai. Ainda mais pelo jogo cauteloso que nossos treinadores adotam. Jogamos para, antes de mais, não levarmos gols. Esta é a mentalidade dominante e apoiada pelos meios de comunicação e pela maioria da torcida. Não entramos em campo para marcar gols, entramos para não sofrer.

E jogando assim, possibilitamos que equipes "modestas" consigam nivelar o jogo pelo vigor físico.

Dizem por aí

Adeus, adeus, não foi desta fez que a Argentina voltou a vencer. E não podemos dizer que foi uma zebra, pois longe disso, as duas seleções eram, praticamente, similares. O Uruguai tem uma defesa mais sólida, no meio ambas são limitadas e no ataque uma ligeira vantagem argentina pela presença de Messi, indubitavelmente o melhor do mundo. Talvez por isso, após a derrota, os 35 mil argentinos aplaudiram a albiceleste. Não foi um maracanaço.

Isso tudo está bem mas não é de todo certo. Assim como 99% dos treinadores, faltou coragem ao limitado Batista. Santo Deus, como são todos tão iguais...

Com um homem mais e precisando da vitória Batista não arriscou em suas alterações. Trocou seis por meia dúzia e esperou que o "divino" o socorresse. Com um a mais, melhor seria trocar o truculento Mascherano por um jogador mais incisivo, mas Batista preferiu manter o esquema e acabou sendo castigado. Talvez pelo próprio "divino". Dizem por aí que Deus castiga a covardia.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Iniesta, Sneijder e Robinho

Fui, seguramente, o melhor e mais habilidoso atacante do Bairro. Sempre pedia para ser Bebeto quando das peladas no Campo Novo. Tão eficiente e ágil quanto o pacato baiano. Tinha para meus 13 anos de idade e pouco mais de 1,50m e imaginava pela frente uma brilhante carreira como goleador. Aos 18 já contava com 1,90m e 80Kg e me transformei em um veloz meia, tal como Kaká, o de largos passos. Agora, com meus 93Kg, já não me atrevo a muitos dribles ou a correr como um louco em direção ao gol. Me adaptei. Sou o melhor zagueiro dos campos amadores desta movimentada cidadezinha.


Assim é a vida, não somos os mesmos para sempre, estamos em constante mudança, tanto física quanto psicológica. E posso garantir que, proporcionalmente, sou infinitamente melhor hoje do que fui em meus tempos de futebol amador no Fluminense de Feira. Cada qual deve saber o que lhe cabe fazer na vida. Deve buscar encaixar. Deve se conhecer antes de tudo, saber suas possibilidades e suas deficiências, e saber usar o que tem de melhor.


Robinho está marcado pelo que foi; um ágil ponta esquerda, com dribles fáceis e péssima finalização. Mas Robinho, assim como eu, mudou bastante desde tempos de menino. Tanto fisicamente quanto psicológicamente, e precisa assumir uma nova função no jogo. Precisa jogar mais recuado. Robinho é um meia, um excelente meia.


E digo mais, hoje, como meia, Robinho é melhor do que quando das pedaladas e firulas de menino. É tão bom e quanto Iniesta e Sneijder.


Ambos são jogadores com boa visão de jogo, movimentação, controle de bola. São jogadores que fazem o jogo acelerar sem precisar correr com a bola. É o complemento perfeito para um maestro, como Ganso ou Xavi. Robinho é, dos três, o melhor marcador. Sneijder é o mais completo. Ambos são muito parecidos. Tão parecidos que nasceram no mesmo ano (84) e tem o mesmo tamanho (1,70m).


Robinho precisa se descobrir. Assumir a mudança. Adotar a nova posição. Assim poderá ser um jogador fundamental para a Copa de 2014.

domingo, 10 de julho de 2011

A covardia de Mano.

Mais um empate e mais um jogo ruim. A quem vamos culpar desta vez?
Inútil achar que não temos bons jogadores, pois temos um excelente elenco. Um jogo não faz de ninguém um craque, tampouco um pereba. Contra o Paraguai, Neymar foi horroroso. Tenebroso. Foi a pior partida que fez pela seleção. Tá certo que foi sempre bem marcado, mas nas poucas ocasiões em que esteve um contra um, perdeu a bola. Mas um jogador só não pode ser o culpado. Para isso existem os reservas.
Então são todos culpados e, ao mesmo tempo, ninguém teve culpa?
Errado.
A culpa. A grande culpa tem Mano e sua covardia.
Mano insiste em jogar com Ramires. O Brasil não deveria montar um esquema para jogar no contra ataque, como fez Dunga. E Ramires só tem utilidade neste esquema. Ou formando dupla com um Schweinsteiger. Ele e Lucas juntos deixam o centro de campo brasileiro pouco criativo. E grandes times, normalmente, começam com excelentes médios centros. Basta lembrar que a posição ocupada por Ramires hoje foi ocupada por Didi em 58 e 62, por Gérson em 70 e por Falcão em 82.
Essa é a covardia na escalação da equipe, mas Mano não para por aí. Durante a partida também se mostra um covarde. Contra o Paraguai, após encontrar um gol por acaso, volta para o segundo tempo com Elano como terceiro volante, buscando ainda mais jogar no contra ataque. Não funciona e o Brasil sofre o empate. O óbvio seria sacar Ramires e entrar com Robinho, Lucas ou Fred, mas ele pensa em tirar Ganso para a entrada de Lucas, que corre mais e seria outro jogador para o contra ataque. Infelizmente (para ele) o Brasil sofre o segundo gol. E aí sim ele faz o que seria lógico. Entra Lucas no lugar de Ramires.
Notem que não o chamo de burro, pois tudo que fez tem sentido e poderia ter dado resultado. O Brasil poderia ter vencido por dois ou três gols de vantagem. Chamo-o de covarde. Covarde por fazer com que o Brasil não jogue buscando controlar a partida, atacando os 90 minutos. Covarde por preferir não correr riscos, por preferir buscar a vitória exclusivamente pelo erro do adversário.
Disse e repetirei incansavelmente, prefiro perder como perdeu Telê.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

O drama argentino

Já disse em outras publicações que a seleção argentina é fraca, mas não é, de forma alguma, pior do que Colômbia, Bolívia ou Costa Rica. A albiceleste é a melhor do grupo, mas tem alguns pontos que dificilmente serão corrigidos.


1.Faz falta um Riquelme, este é o maior dos problemas.

2.Não existe nenhum bom lateral à disposição de Batista, segundo dos males.

3.Assim como Mano, Batista não tem "cojones" para arriscar um jogo mais ofensivo.


Bem, não há sequer um Verón, quanto mais um Riquelme na atual safra de jogadores argentinos. Sobram atacantes rápidos e dribladores como Di Maria, Tévez, Conca, Higuain, Messi... mas faltam organizadores para o meio de campo. A saída é jogar sem este jogador e privilegiar um futebol de velocidade. Mas para isso é indispensável jogar com 4 atacantes e contar com bons laterais para privilegiar as jogadas pelos flancos.

Aí vem o segundo problema, a Argentina não tem bons laterais. Zanetti, o melhor lateral que vi jogar, já não tem a velocidade necessária para a tarefa e, como vimos no jogo contra a Colômbia, pouco passou do meio de campo. Para piorar, pela esquerda nem um desgastado Zanetti faz parte da seleção. Para dizer a verdade, nenhum dos outros "laterais" deveria ter sido convocado.

Pois bem, para fazer da Argentina um time competitivo é necessário "cojones", coragem, correr riscos. Maradona sabia disso e correu todos os riscos possíveis na Copa do Mundo. Improvisou um veloz Jonás como lateral e jogou com 4 atacantes. Deu certo até o dia da fatídica derrota para a boa e nova Alemanha. O erro de Maradona foi brigar com alguns jogadores que seriam fundamentais para o "acerto"; Riquelme, Zanetti, Cambiasso e Verón. Mas de todos os defeitos do excêntrico Maradona, falta de "cojones" não foi um deles.

Em suma, Batista precisa correr riscos e tentar montar um time que privilegie a velocidade de seus atacantes. Precisa jogar com poucos "brucutus", poucos mascheranos.

Eu armaria o time com: Romero, Zanetti, Burdisso, Mascherano e Cambiasso; Gago, Banega e Pastore; Messi, Tévez e Aguero.

Sim, faria Mascherano jogar como zagueiro, pois é um excelente marcador e Milito um péssimo zagueiro. Provaria Cambiasso na lateral, pois é a "única" opção viável. Armaria o centro do campo com dois volantes que conseguem sair o jogo e um meia-atacante habilidoso. E nunca deixaria Aguero de fora do trio ofensivo. Aguero é, de longe, o que melhor se posiciona em campo.

A atual Argentina está armada para o contra-ataque, a minha Argentina estaria armada para vencer.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Copa América: primeira rodada

Antes de falarmos dos times presentes, falemos um pouco dos ausentes. Já é hora de EUA e México disputarem a Copa América com a seriedade que este torneio exige. Seria bom para a Copa e para as duas seleções do Norte. Sem falar que seria bom para uma eventual formação de um verdadeiro bloco político/econômico das américas.

Já que não vieram, falemos dos presentes.

Brasil, Argentina, Uruguai e Chile são as 4 melhores seleções. A Colômbia, inexplicavelmente, não monta um bom time desde tempos de Valderrama e cia.

O Chile tem um time ofensivo e rápido, com bons atacantes e meias, mas tem na sua frágil defesa o ponto débil da equipe. Alexis Sánches é o jogador da moda, mas, sinceramente, não sei o motivo.

O Uruguai tem um trio ofensivo muito bom, comparável ao do Brasil e da Argentina. Tem uma defesa regular e um trio de volantes limitado. Forlán tem tudo para brilhar também na Copa América.

A Argentina tem, como já disse, sérias limitações em sua defesa, incluindo as laterais. Falta, ainda, um bom organizador, pois nem Banega, nem Cambiaso tem esse perfil. Messi, o pobre, não joga só. Ninguém, na história do futebol, literalmente carregou um time nas costas. Nem Maradona, nem Pelé. Até hoje não surgiu um jogador que sozinho garantisse a vitória de seu time. Talvez Bican e Garrincha tenham chegado mais próximo.

Muitos comentaristas beiram a idiotice ao afirmarem que a camisa da argentina não cai bem a Messi, que ele não joga bem na albiceleste. Messi é um atacante fora de série, seja no Barcelona, na Seleção Argentina ou no baba de quinta do campo de Guto.

Quanto à nossa seleção, esta precisa de pouco para se transformar na melhor seleção do mundo. Temos o melhor goleiro e a melhor defesa dentre todas as seleções. O que nos falta é sorte, coragem e Ronaldo. Pato não é nem sombra do que foi Careca, Romário ou Ronaldo. Hoje ele não está acima do nível dos demais convocáveis para a posição. Entre Pato, Nilmar e Kléber, só a idade ajuda o primeiro.

Também temos a possibilidade de montar um dos melhores meios do mundo. Daí a falta de coragem. Repito e repetirei sempre, Ramires é jogador para segundo tempo, precisamos mesmo é de um Iniesta na posição. Mas não se fazem Iniestas ao cento, me dirão. Aceito, mas precisamos buscar um jogador que tenha as mesmas características, quais sejam; controle de bola, facilidade de drible, posicionamento e movimentação aprimorados, que seja um bom passador e que, preferivelmente, tenha uma resistência física invejável. Para facilitar, imaginem Seedorf ou Deco em seus áureos tempos. Pois bem, este é o jogador que precisamos. Façam todos um exercício e procurem um brasileiro que tenha essas características. Difícil... talvez um pouco.

Eu tenho duas sugestões, uma seria convocar o Anderson, do Manchester United. Esta seria debatível, mas ninguém me chamaria de louco. Já a segunda, e a que mais gosto, seguramente fará com que metade dos leitores deixem essa coluna imediatamente. Eu provaria Robinho na posição. Não deliro, Robinho jogando ao lado de Lucas e um pouco atrás de Ganso. Façamos um outro exercício, esse muito mais difícil. Imaginem que não acompanharam o início de carreira de Robinho, imaginem que ele nunca foi atacante. Deixem de lado sua carreira e analisem as suas características... darei um tempo para esta difícil tarefa... Robinho nunca aprendeu a fazer gols, em suma, não poderia ser atacante. Robinho já não tem a velocidade de menino, ou seja, não se daria muito bem como ponta. Em contrapartida, continua se movimentando muito bem em campo, se apresenta e se desmarca como ninguém, erra poucos passes curtos, segue excelente no um contra um e... marca relativamente bem. Não é nenhum Mauro Silva, mas marca melhor do que Iniesta. Isso é fato.

Como disse em outras colunas, é relativamente fácil para o Brasil imitar o jogo do Barcelona. O segredo do Barça está em uma defesa veloz, capaz de jogar adiantada, um meio de campo que toca bem a boa e um ataque que se movimenta o tempo todo, formado por jogadores dribladores. Nossa defesa é melhor e mais veloz do que a do Barça e temos atacantes rápidos e dribladores. Só nos falta a coragem para escalar um meio de campo que jogue com a bola nos pés, com toques curtos quando necessário. Ganso e Robinho, ambos, marcam melhor do que Xavi e Iniesta. Então provemos.

domingo, 26 de junho de 2011

Copa América

Sai a lista de convocados da Argentina e... cadê os grandes meias?

Aqui no Brasil, nos últimos meses, se disse muito que a Argentina está repleta de meias enquanto na nossa terra não dá nem pereba.

E eu me pergunto, onde estão esses craques? Qual o argentino que pode ser comparado a Ganso?
A falta de grandes meias armadores é geral, aqui, na Argentina, na Europa, na Africa.

Qual o "ganso" da Itália? e da França? e da Inglaterra? O único jogador argentino que pode se tornar um grande armador é Javier Pastore, mas ainda é um jogador em formação e, possivelmente, acabe se tornando um Kaká. A Argentina ainda sente a falta de Riquelme.

E a verdade é uma: a seleção argentina é muito limitada, a defesa (incluindo o goleiro) é horrível, o meio de campo sofrível e o ataque, bem o ataque é dos melhores do mundo. Messi é, de longe, o melhor atacante da atualidade. E Agüero tem tudo para ser um "quase" Romário. Espero que o time seja armado com 3 atacantes.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Elegansia

Até o mais rabugento dos sujeitos deixa de lado o mal humor para ver o Ganso jogar. Falem mal do futebol, digam que é um esporte acabado, jurem que não assitirão mais nenhuma partida, mas ver o Ganso é rever os craques do passado, é voltar a enxergar a magia do esporte.

Ganso é a elegancia encarnada, a elegancia em sua raíz linguística. Para os que gostam de trocadilhos, seria EleGansia a grafia correta.

Os tablóides aplaudem ao bom Neymar, eu reverencio ao genial Ganso. Cada toque na bola, cada controle é demonstração de rapidez mental. É ele quem controla a partida.

Hoje, não existe nenhum jogador no mundo como ele. É, seguramente, o jogador mais parecido a Zinedine Zidane. E tudo tem para ser melhor do que o francês.

Elegansia.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Acabou a graça

Assistir uma partida de futebol está se tornando um péssimo entretenimento. Isso, no mínimo, é um contrasenso. Com tanto dinheiro girando no futebol e o esporte não virou o circo que imaginaram. O circo que digo, com o devido respeito que merece, não é o malamanhado Picolino, que perambula pelo interior do nordeste exibindo leões famintos, palhaçadas repetidas e atrações desbotadas. Todos imaginavam que o futebol se tornaria um grande Circ de Soleil, sempre com muito colorido e imaginação. Algo que cativa as vistas antes mesmo da razão.

Pois bem, não está sendo assim. E não digo que não está sendo assim no Brasil, não está sendo assim em nenhuma parte do globo. Imaginando, desde já, que a Catalunya é um rincão fora do planeta.

A minha teoria é simples, poucos gostam de futebol.

A esmagadora maioria gosta de fofoca, gosta de saber se Ronaldo está gordo, se Neymar vai ou não para o Madrid, se Pato está traçando a Berlusconi. E torcedor gosta apenas de títulos. Qualquer vascaíno, palmeirense, torcedor do Bangu ou da Seleção ficaria contentíssimo se sua agremiação ganhasse um campeonato roubado e jogando feio. Na reta final da competição, não perderia nenhum jogo.

E o motivo é simples, torcedor não gosta de futebol, gosta de tirar sarro com os amigos que torcem para o rival. Querem dizer para os filhos que estavam presentes naquele dia. Mas verdadeiramente pouco importa se o jogo agrada ou não.

Sinceramente imaginei que depois da Copa na africa, o futebol adotaria um estilo mais ofensivo. Vimos a sempre cautelosa Alemanha jogar pra frente, vimos a Espanha, com seu tique-taca (tudo bem que nem tão belo assim) ser campeã. E vimos os times de guerreiros abaixarem os escudos e se renderem como maricas. Mas nada mudou. A palavra "guerreiros" ainda é a mais utilizada por jogadores e comentaristas. Desgraçadamente virou moda.

O Barcelona ganha tudo e mesmo assim nenhuma grande equipe teve a inteligência de imitar o Barça. Só o Bahia de Feira teve a ousadia.

Pois bem, o Santos poderá ser campeão da Libertadores com um grande elenco e um futebol que não merece o tempo gasto em frente do televisor. E todos dirão que Muricy é um gênio.

Acabou a graça do futebol.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Brasil X Romênia

A Romênia é time de terceira divisão, é certo. O Brasil não fez uma boa figura, é certo. Ronaldo estava gordo e perdeu um gol feito, é certo. O time não jogou absolutamente nada no segundo tempo, é certo. O time foi mais ofensivo do que contra a Holanda, é certo.


Robinho não está jogando bem, aí eu discordo. Robinho já não é o driblador de outrora, mas ele se adaptou muito bem na função de meia de ligação. Pensa rápido, não perde a bola, faz o jogo andar. É certo que continua com o mesmo pé torto de antes, mas jogando mais recuado esse defeito é minimizado.


Mas, de tudo que vi na partida, o que mais me impressionou foi a partida de Jadson. Tá certo que foi contra a fraca Romênia, mas dá para ver que ele tem mais traquejo do que Elano na armação do time. Quem sabe não poderia ser o "Iniesta" da canarinha... Quem sabe Mano não o coloca no lugar de Ramires...


Inútil pensar. O Brasil de Mano nunca sairá jogando com apenas um volante de ofício, é certo.

Copa do Brasil

Antes de falar do jogo, falemos um pouco da competição. A Copa do Brasil, que já era um campeonato de segundo nível, se transformou em uma competição para timinhos. De 2002 para cá, times como Brasiliense, Paulista, Santo André, Sport, Vitória, Coritiba, Vasco da Gama e Figueirense foram finalistas. Tá tudo errado.

O calendário do futebol brasileiro precisa ser revisto, pois não dá para aprovar uma Copa do Brasil sem os principais times do País. Sendo assim, é melhor não ter. Da maneira que está, veremos vários confrontos entre times fracos e finais com um baixo nível técnico como a que vimos ontem.

O Coritiba passou os 15 minutos finais jogando a bola na área do Vasco. E o Vasco, por sua vez, passou boa parte da partida dando bicuda para se livrar da redonda. Isso é maldade com a coitada da bola.

O frango do goleirinho do coxa foi o ponto chave da partida. Ninguém jogou bem, exceto Éder Luis, que correu como antigamente corriam Euller e Mirandinha.

E tomem nota, tanto Vasco quanto Coritiba estarão mais próximos do rebaixamento do que do pelotão de cima.

sábado, 4 de junho de 2011

Análise: Brasil X Holanda

Elano não é ruim, nem está em fim de carreira, apenas não é um camisa 10, nem sabe jogar sob forte marcação. Elano poderia seguir na seleção, mas brigando por uma vaga como segundo homem do meio de campo. Vamos reparar injustiças.

Robinho não está jogando mal, só não aprendeu a fazer gols. Robinho se movimenta como ninguém, sabe ler o jogo e ocupar os espaços. Consegue se livrar da marcação e fazer o jogo correr. Se confunde quem acha que ele disputa vaga com Neymar. Robinho joga mais recuado, como um meia-atacante. E, talvez, não jogando Ganso, deveria ser ele o 10 do Brasil.

Contra a Holanda, Robinho jogou como ponta direita por pouco mais de 10 minutos, depois caiu para o meio e jogou como 10, ocupando o espaço que Elano, por não ter as características da posição, deixou vazio. Isso fez com que o Brasil jogasse capenga.

No segundo tempo, Mano fez com que Elano jogasse como volante pela direita e deu liberdade para Daniel Alves apoiar. O Brasil melhorou um pouco.

Lucas entrou no lugar de Elano, mas não jogou como atacante pela direita, se manteve recuado. Tentou algumas jogadas individuais e mostrou que ainda não é, nem de longe, melhor do que Robinho.

Ramires, peça chave no cauteloso esquema de Mano, não é grosso. É um veloz marcador que sabe aproveitar os espaços vazios em um contra-ataque. Só não deveria ser titular da Seleção. Ramires não é armador, não tem criatividade, não tem bom passe, não chuta bem. Só deveria jogar em determinados momentos de uma partida.

O Brasil deveria optar por jogadores que controlem o jogo no meio de campo, não jogadores correria. A correria fica para os laterais e os atacantes. No meio é preciso controle.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Vamos imitar o Barça

A Seleção pode jogar como o Barça ou até melhor. Sim, dá para montar uma seleção brasileira melhor do que o Barcelona, utilizando o mesmo esquema ofensivo.

O "segredo" deste super-barça está na qualidade dos seus dois armadores, Xavi e Iniesta, na opção pelo futebol ofensivo, com 3 atacantes e dois alas. Por que o Brasil não pode fazer melhor?

Mesmo que não exista um Messi brasileiro, acredito que a seleção pode jogar melhor do que o Barcelona. Vamos montar um time utilizando o mesmo esquema e vejamos como fica.

Temos 3 grandes goleiros, Fábio, Vítor e Júlio César, ambos melhores do que o limitado Valdéz.

A linha defensiva brasileira (Alves, Thiago, Lúcio e Marcelo) é muito melhor do que a do Barça e, ainda, temos reservas.

No meio, desde 86 o Brasil não joga com armadores. De 90 para cá, exceptuando 98 quando jogou Leonardo, o Brasil privilegia a velocidade e a força física. Assim, ficaram de fora grandes armadores, como Alex, Juninho Pernambucano e Djalminha.

E Mano parece que vai pelo mesmo caminho, dando preferência a Elias e Ramires. Mas temos jogadores para imitar o Barça, com qualidade de passe e bom controle de jogo.

Se o Barça joga com Busquetes, Xavi e Iniesta, poderíamos jogar com Lucas, Anderson e Ganso. Se não é melhor do que o Barça, é bem parecido. E se quiser ousar mais, Mano pode montar um trio com Renato Augusto, Anderson e Ganso.

Villa, Pedro e Messi seguramente não são melhores do que Robinho, Neymar e Nilmar. E ainda temos Kaká, Lucas e Pato.

O que nos falta é coragem. Coragem e Ganso.

Com a ajuda dos Santos

Zé Eduardo marcou depois de mil e uma noites. Foi ou não foi com a ajuda divina? Pra quem duvida das interferências divinas no futebol, basta analisar o segundo gol do Santos. Foi ou não foi a luz divina que cegou o goleirão paraguaio. Indiscutível.

Mas é certo que os santos não ajudam qualquer pereba. Rafael está muito bem no gol, Arouca merece uma convocação e Neymar desequilibra. Foram os 3 melhores.

Ainda assim, com esse elenco, não seria melhor jogar para golear?

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Bahia de renegados

Outra contratação bombástica do Bahia, depois de Jobson e Ricardinho, foi anunciado a chegada de Carlos Alberto. Três grandes jogadores com carreiras marcadas por comportamentos pouco profissionais.

Junte-se a isso o clima de constante festa da capital baiana. Será que vai dar samba?

Antes das contratações poderíamos apontar o Bahia como o pior dos 20 clubes que disputam a primeira divisão. E agora?

Será difícil saber se esse time vai engrenar, mas tem tudo para causar fortes dores de cabeça na diretoria.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Copa do Brasil

Quem viu Diego Souza ontem viu o Diego Souza de 2008, elegante, forte e veloz. O volante que eu queria ver na seleção.

Tá, tá, tá bom... vocês acham que Diego Souza é meia. Pois bem, ele é meia. Mas imaginem um frente de zaga com a sua qualidade técnica, 1,86m de pura raça. Seria um craque. Já de meia...

Mas não vamos colocar os bois na frente do carro... Foi só um jogo. Mas que jogo.

Espero de todo coração que a cabeça desse rapaz o ajude a manter o nível, porque bola ele tem.

Santos x Cerro Porteño

Muito cansado, respondeu Benítez aos repórteres: como foi o jogo... foi o menino.

O treinador Astrada resmungava pelos cantos, nem com três em cima, nem com três em cima dele... Assim não dá. Era só segurar o menino.


Pois bem, o Santos hoje é Neymar.


O esquema do Santos é dependente de alguma genialidade do menino. De resto, é previsível. Raramente um volante ou um lateral aparecem para receber na frente do ataque. Aos 15min, na primeira e única vez que Leo se apresentou, ficou de cara com o goleiro.

As jogadas de linha de fundo são realizadas pelos atacantes, Neymar pela esquerda e Zé Eduardo pela direita. E para nada, pois não tem gente na área. Aos 43min, na primeira e única vez que um zagueiro se aventurou, saiu o gol.


A preocupação atual do Santos é manter a formação defensiva, não dando espaço para os contra-ataques. Pois bem, mas assim fica difícil marcar gols. E Neymar, por enquanto, não é Messi. Não joga sozinho. Ou joga...

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Sonolento Santos.

Estou maluco, doido varrido. Sou como o alienista do conto de Machado de Assis. Como não é razoável pensar que todos os outros são malucos, o lógico é me internar. No caso, irei me internar deixando de falar de Muricy.


Ontem, assistindo ao Santos tive sono, quase durmo, mas o comentarista da Sportv me dizia que o jogo estava emocionante, que o Santos era extremamente ofensivo, que já havia criado chances de liquidar a partida. E isso tudo no primeiro tempo. Aí eu percebi que eu estava doido e fiquei acordado.


Para mim, o Santos, no primeiro tempo, foi retranqueiro. Um time retranqueiro com um garoto driblador que desequilibrou a partida. O Santos joga com 3 zagueiros, Dracena, Durval e Adriano não passam do meio de campo. Os dois laterais, o volante pela direita e o volante pela esquerda, raramente chegam perto da área, e um de cada vez. E o ataque se resume a 3 jogadores.


O Santos só ataca com 3 jogadores, ocasionalmente quatro.


Ou é assim, ou eu estou mais do que maluco.


Detesto esse time. Com tão bons jogadores...

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Rodada de quarta.

O Santos de Muricy deve fazer um jogo sonolento e vencer por 1x0. Com Muricy os laterais não apoiam quase e o meio joga mais plantado. Arouca pode procurar outro time, pois dificilmente será titular com Muricy.

O Coritiba deve sofrer a primeira derrota do ano, possivelmente por 1x0, com o gol saindo no segundo tempo. O time deve dar uma relaxada e o Palmeiras virá querendo, pelo menos, sair d uma forma menos vergonhosa.

O Ceará vai se classificar. O Flamengo tem um péssimo time e precisa contratar caso queira lutar por algo no Brasileirão. Algumas boas contratações para o Flamengo: Fábio Aurélio, Juan, Ibson, Zé Roberto e Vagner Love. Assim o time base seria: Felipe, Aurélio, Juan, David, Moura; Wilians, Zé Roberto e Ibson; Ronaldinho, Neves e Love. Este sim seria um bom time.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Fora Mourinho!

Há muito defendo a tese de que são igauais as chances de se vencer jogando bonito ou jogando feio, mas há uma tendência fortíssima a acreditar que é mais fácil vencer jogando na retranca. Tanto é assim que os treinadores mais badalados são, em sua maioria, aqueles que optam por uma postura mais cautelosa. Muricy aqui no Brasil e Mourinho na Europa.


A derrota do Madrid faz um bem enorme ao futebol. Ajuda a romper com a idéia de que mais vale o título ao jogo bonito. Colocado assim, transparece que jogar bonito não trás títulos. E é isso que o Barça está contradizendo.


O Real Madrid deve imitar o estilo do Barça e não buscar derrotá-lo jogando de maneira contrária. O Madrid tem em sua história esse gene ofensivo. Sempre foi o time que buscou jogar bonito. Que isso seja retomado o quanto antes.


Fora Mourinho!

Os 6 do Brasileirão

O Brasil cresce, o futebol agradece. O campeonato brasileiro está mais organizado e os pontos corridos obrigam os times a planejarem melhor. Daqui a pouco, apenas seis times entrarão no Brasileirão como favoritos. Anotem isso.


E quais serão esses seis grandes? Tudo vai depender da capacidade de organização nestes próximos oito anos. A partir de 2020 tudo estará menos flexível. Time grande será time grande, time pequeno terá poucas chances. Assim como acontece na Europa, acontecerá no Brasil.


Isso é algo normal em uma nação que começa a envelhecer. Já não ouviremos histórias como a de Silvio Santos ou José Alencar. Filho de rico será rico, filho de pobre será pobre. Apenas a loteria, a música popular e o esporte farão com que alguém saia do patamar inferior para o superior. A economia e a política fecharão as portas para as surpresas.


E o futebol está ligado diretamente à economia. Quanto mais rico, maior o patrocínio. Abre-se o abismo entre ricos e pobres no futebol. E não há grandes possibilidades de o futebol brasileiro contar com mais de seis ou sete clubes grandes.


Volta a pergunta, quais os possíveis seis grandes?


Um gaucho, um mineiro, dois cariocas e dois ou três paulistas.


Em Porto Alegre a briga é boa, mas o Inter tem uma ligeira vantagem. Nos últimos dez anos, ganhou sete campeonatos gauchos, duas libertadores e uma sulamericana. Fez uma final da Copa do Brasil e esteve quase sempre estre os seis melhores do Brasileirão. O Gêmio só levou três gauchos e fez uma final de libertadores. De quebra, caiu para a segundona em 2004. É certo que de 2006 pra cá vem fazendo boas campanhas no Brasileirão.


Em BH vai dar Cruzeiro. Não tem como comparar os últimos dez anos do Cruzeiro com os últimos dez do Atlético. Campeão Brasileiro, da Copa do Brasil e supremacia no mineiro, o Cruzeiro ainda é clube constante na Libertadores. Já o Galo, só levou dois estaduais nos últimos dez anos. E assim como o Grêmio, caiu para a segundona.


No Rio, todos os times estão com dívidas até o pescoço, mas Flamengo e Fluminense devem ser os sobreviventes. O Flamengo por ser uma das maiores marcas do futebol mundial e o Fluminense por ter na Unimed um parceiro forte. Além disso, o Fla-Flu é o mais charmoso dos clássicos nacionais.


Quando olhamos os últimos dez anos vemos que Vasco e Botafogo já estão em uma queda, aparentemente, sem volta. O Vasco foi campeão carioca uma vez e, no mais, só vexame. Imagino que os torcedores vascaínos vão lembrar por décadas aquele grande Vasco de 97-00. E os botafoguenses continuarão lembrando dos tempos do Mané. Já a dupla Fla-Flu, levou um brasileiro e uma copa do brasil cada. O Flamengo dominou o carioca e o Fluminense vem beliscando a América.


Em Sampa, o São Paulo é o mais organizado e rico. Corinthians é o time das massas. Santos tem a marca Pelé. E Palmeiras, bem, o Palmeiras tem...


O São Paulo tem vaga garantida na elite de 2020. Nem precisa dizer os motivos. Corinthians, Santos e Palmeiras vão se bater pela outra vaga. O Santos tem estirpe e vem montando bons times, mas tem a menor torcida dos quatro grandes paulistas. O Palmeiras vem, assim como o Vasco da Gama e o Atlético Mineiro, "trabalhando" para ser pequeno. E parece estar conseguindo. Então, caso o número de grandes fique em seis, aposto em São Paulo e Corinthians. Caso entre mais um paulista, a briga vai ser boa.


Daqui a oito anos vocês poderão dizer se eu tinha razão. Anotem isso.

sábado, 30 de abril de 2011

Fluminense: presente e futuro.

O Fluminense está se acostumando a fazer o impossível. E isto não é um bom sinal para um time que quer ser grande. Em todo caso, continuo acreditando que o Fluminense tem um bom time e pode chegar longe tanto na Libertadores quanto no Brasileirão. Deco deve retomar o bom futebol e Diogo, em breve, voltará à forma física ideal. E aí, como fica o onze?

Sem dúvida, Deco em forma não pode ficar na reserva. Deco é o jogador que todo time precisa. É o Ganso do Fluminense. Marquinho não é substituto de Deco, não faz a mesma função. Marquinho deve brigar por uma vaga com Diogo e Diguinho.

E Valencia? Valencia, para mim, é o tipo do jogador que um clube grande precisa ter no banco. Nunca como titular. É voluntarioso, veloz e incansável. Mas futebol é bem mais do que isso. É um bom jogador para um período determinado da partida. O mesmo penso de Willians do Flamengo. A menos que o treinador tenha no elenco dois laterais que joguem como ponta e avancem simultaneamente, este "zagueiro avançado" não deve ser titular.

E a dupla Fred-Rafael Moura, funciona? Depende. Depende da qualidade do meio de campo e de como a equipe vai jogar. Se a opção for o toque curto, não. Se a opção for os cruzamentos e lançamentos, sim. Para um Fluminense com Diguinho, Marquinho Deco e Conca no meio, melhor seria optar por Araújo.

O time ideal, então, seria: Berna; Mariano, Euzébio, Gum (Edinho), Carlinhos (Júlio César); Diguinho (Diogo), Marquinho e Deco; Conca, Araújo e Fred. E uma excelente contratação seria Nilmar.

Real Madrid: presente e futuro.

Já não entendo nada. O Real Madrid venceu a Copa e todos defenderam o estilo ganhador de Mourinho. E o pior, criticaram o estilo de jogo do Barcelona, muito tique-taca e pouca conclusão. Agora, com a derrota em casa por 0x2, muda tudo outra vez. Esta inconstância dos meios de informação no futebol é algo que precisa ser revisto.

Vamos fazer uma lei: um comentarista deve ser obrigado a sustentar a sua opinião por pelo menos 15 dias. Quando vejo um pseudo-comentarista dar pitacos depois dos jogos, em função do resultado, sei que este não entende patavinas de futebol. E já não leio as suas matérias.

Afinal, o Barcelona é melhor do que o Madrid? O Madrid, para mim, deveria ser o campeão do Espanhol, pois possui mais elenco. Por sorte, o Barcelona teve pouquíssimas lesões. Mas quando comparamos o "onze de gala", o Barcelona é melhor? Nem tanto, quase nada.

Os goleiros são iguais. Ninguém me convence de que Casillas é melhor do que Fábio ou Vítor. A dupla de zaga também é parelha. Zaga da Espanha no Barça e zaga portuguesa no Madrid. Daí pra frente há uma pequena vantagem para o Barcelona, mas, acima de tudo, pela opção defensiva de Mourinho.

Xabi Alonso (MAD) é melhor do que Busquets (BCN). Di Maria (MAD) é melhor do que Pedro (BCN). Villa e Messi são melhores do que Cristiano e Higuaín. Então estamos empatados. Até aqui os dois times são praticamente iguais. Mas só até aqui.

Os dois laterais do Barcelona tem qualidades de ponta. No Madrid, só Marcelo. Sergio Ramos é um famoso jogador limitado. Seu ponto forte é o cabeceio e o vigor físico, e só.

E, principalmente, o Barcelona conta com dois ótimos armadores, Xavi e Iniesta. E o Madrid, em contrapartida, joga com o jovem e prometedor Ozil e um cabeça de bagre qualquer. Aqui o Madrid perde feio. Que falta faz o Sneijder... E que bom seria a contratação de Ganso.

Com tanto dinheiro não seria melhor o Madrid imitar o estilo do Barcelona? Parece óbvio. E, possivelmente, acontecerá isso. Mourinho parece ter seus dias contados na capital espanhola. A menos que vença a Copa dos Campeões.

O Real Madrid precisa contratar um bom lateral direito (Lahn ou Maicon) e um grande armador, como Ganso. E se tiver fôlego, Aguero e Thiago Silva. E poderia se desfazer de um ou dois atacantes.

Assim, teríamos o seguinte Madrid na próxima temporada: Casillas; Lahn, Ricardo Carvalho, Thiago Silva e Marcelo; Xabi Alonso, Ganso e Ozil (Kaká); Cristiano, Di Maria e Aguero. Será que parava o Barça? Possivelmente não.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Alex, o injustiçado.

Mais uma brilhante campanha de Alex na Turquia e ele não é lembrado pela Seleção.

Alex é o artilheiro da competição e o jogador que mais deu assistências. Em 24 partidas ele marcou nada menos do que 19 gols e deu 10 assistências.


Eu me pergunto se existe algum outro jogador brasileiro com melhores números.

Alex é o jogador mais injustiçado que se teve notícia. Deveria ter disputado, pelo menos, duas Copas. Ele seria o meu camisa 10 nas Copas de 1998, 2002, 2006 e 2010. Espero que com Ganso não cometamos a mesma injustiça.

Abre o olho Mano.

Essa não é a Seleção que quero ver. Decididamente estou frustrado com o Mano. Mano está seguindo os passos de Dunga e Parreira.

Contra a fraca seleção da Eescócia, o Brasil optou pela cautela. Mais uma vez Mano jogou para não tomar gols.

O meio de campo com Lucas, Ramires e Elano não é capaz de oferecer perigo a nenhuma seleção de nível. Nenhum dos três é um organizador. E Ramires é, apenas, um marcador veloz. Por que não deixá-lo no banco...

Temos a melhor defesa do mundo, excelentes laterais, mas do meio para frente ainda não estamos seguros. Ainda precisamos encontrar uma dupla de ataque comparável a "Bebeto e Romário" ou "Rivaldo e Ronaldo". Está difícil. Acredito que Neymar tem tudo para virar um top, mas, ainda assim, faltará o parceiro ideal.

No meio, já criamos uma dependência de Ganso. Não jogando ganso ou jogando mal, seremos limitados.

Pergunto se não existe nenhum outro jogador brasileiro capaz de fazer as funções de organizador, mesmo que sem a elegância de Ganso ou sem o preparo físico adequado. E se não seria melhor taticamente jogar com este jogador a jogar com o bom e veloz marcador Ramires.

Eu acredito que sim. A escalação ideal para o meio de campo do Brasil é: Lucas, Elano (ou Renato Augusto ou Anderson...), Ganso e Robinho.

Ramires, Elias e similares deveriam jogar apenas contra adversários mais duros, na vaga de Elano, ou se nós tivéssemos um frente de zaga como Schweinsteiger.

Não jogando Ganso, deveríamos pensar em Alex (mesmo com 33 anos) ou Diego, ou Douglas (mesmo não sendo jogadores top).

Para a vaga de Robinho temos Lucas, que vem se firmando, e Kaká.

Abre o olho Mano, pois com esta mentalidade você dificilmente entrará para a história do futebol brasileiro.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Adeus Muricy.

Acho que só eu e a diretoria do São Paulo não vamos com a cara do Muricy. Já disse em outras postagens que o título do Fluminense no ano passado tem pouco do dedo de Muricy.
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Muricy é mais um treinador brasileiro formado na "Faculdade Parreira de Futebol". Um excelente motivador, um bom agregador, mas um péssimo técnico-tático. Um retranqueiro de marca maior. E eu detesto retranqueiros.
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Foi em boa hora. Mas por que razão? A falta de estrutura parece ser uma desculpa esfarrapada. Talvez o medo de ser eliminado da libertadores em uma das chaves mais fáceis seja algo mais plausível. Seja como for, já não me interessa.
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E pelo amor de Deus, que o Santos não o contrate.
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Veremos quem o Fluminense contrata. Espero que seja alguém que faça Edinho jogar de zagueiro, que coloque dois meias e três atacantes.
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Quanto ao Fla-Flu, foi assim assim. Muricy entrou com medo. Sem Deco, deveria optar por jogar com Araújo, Emerson e Rafael juntos. Ou, pelo menos Souza. O flamengo, por sua vez, tem um elenco limitado. Não tem como Luxemburgo fazer milagre.
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Com Maldonado, Willians e Renato não tem como o Flamengo ter uma boa armação. O Flamengo precisa contratar Renato Augusto, Henrique (Cruzeiro) ou Anderson (Manchester). Taí, Anderson seria o jogador perfeito para o Flamengo. Um volante que sabe armar, sabe jogar em espaços curtos.
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E eu defendo ainda o Luxemburgo quando ele opta por escalar o Ronaldinho mais perto da área. Acho que, hoje, é a faixa de campo ideal para seu estilo de jogo. Nós devemos parar de querer que o Ronaldinho faça sempre grandes lançamentos e dribles. Ele já não é o mesmo jogador. Não tem a arrancada de antes. Ficou forte. Trocou a velocidade pela força.
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Isso não significa que ele esteja acabado ou que não seja um dos melhores do mundo. Significa apenas que deve adaptar seu jogo ao seu físico. E é isso que Luxemburgo pretende. Fazer com que ele precise se movimentar menos, que jogue um pouco de costas, que faça gols de cabeça, que segure dois zagueiros, em suma, que troque o meio pelo ataque.
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Ronaldinho é um dos melhores cabeceadores do mundo. É um dos poucos jogadores que sabem fazer bem o pivô. Ainda dribla bem e chuta forte. Por que não ser centro-avante?

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Já podem publicar na Veja.

Descobri toda a verdade. Já podem publicar na Veja. Meus contatos no FBI trouxeram as provas. Não foi Mano que treinou o Brasil contra os EUA. A embaixada no Rio não emitiu o visto por suspeitar que Mano fosse membro do CV.
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A CBF, para não cancelar o amistoso e ter que devolver a pequena fortuna recebida antecipadamente, enviou um clone fabricado na China. Como tudo na China dá defeito, com o tal clone não podia ser diferente. O clone do Mano veio com o chip do Dorival. Aí deu no que deu, jogamos bonito.
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Mano, insatisfeito com a atuação contra os EUA, se desfez do clone. Nos outros jogos foi ele mesmo que estava em campo. E deu no que deu, jogamos para empatar.
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Contra a fraca seleção do Irã, Mano não levou Neymar e preferiu jogar com um meia (Coutinho) a colocar outro atacante, quando o lógico seria ter o Nilmar na vaga. Contra a Ucránia, três volantes (Lucas, Ramires e Elias). Adeus esquema ofensivo.
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Contra Argentina e França, Mano repete esquema com três volantes. Sem sorte, não conseguiu o tão sonhado empate. Adeus jogo bonito.
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Eu me pergunto, não era melhor termos ficado com o clone defeituoso?

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Voltando das férias.

Acabo de retornar de umas merecidas férias. Eu, Ronaldão e Ronaldinho. Dos três, só o gaúcho perdeu peso. Tá fininho o pobre...
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O Fenômeno teve que amargar ainda uma prematura desclassificação da Libertadores. Culpa de quem? Como sempre, de todos. Da diretoria, de "Tite retranca" e dos jogadores.
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Sou obrigado a repetir e repetir: praticamente todos os treinadores de futebol jogam, antes de tudo, para não sofrer gols. Armam seus times para recuperar a bola e esperam a falha do adversário para, com sorte, vencer a partida. Esta maneira de jogar futebol é, para mim, a mais chata e, talvez, a menos produtiva. Bom seria ver meu time jogar para armar jogadas, fazer inúmeros gols, para ganhar com folga. E bom seria ter jogadores capazes de reverter um placar a qualquer momento da partida. O Santos de Dorival chegou bem perto. Por que não o seguiram?
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O Gaúcho não jogou nada, mas deu sinais de que está com vontade. Está magro e buscando as jogadas. Acredito nele. Acho que para um jogador com o seu temperamento, o Rio de Janeiro é uma boa escolha. Dá para cuidar do corpo no futvolei e sempre tem uma festinha para elevar o espírito. Sorte para ele.
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E para terminar, o Vitória teve uma excelente notícia: a venda do zagueiro David Luiz renderá algo em torno a R$13 milhões ao clube. Nunca o Vitória ganhou tanto por um jogador. Imagino que o clube esteja torcendo para que Hulk, atacante do Porto, também seja vendido por uma fortuna.

sábado, 15 de janeiro de 2011

Curtas

Ruud van Nilsteeroy, o segundo melhor atacante da década passada (atrás apenas de Ronaldo), deve retornar ao Real Madrid, de onde nunca deveria ter saído. Será bom para ele e melhor ainda para o clube merengue.
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Por falar em Real Madrid, Mesut Ozil vem sendo um dos destaques do time. Não será fácil a vida de Kaká. Por que não sonhar com o retorno do meia para o Brasil? Já vimos que financeiramente é possível.
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Com a chegada de Ronaldinho, aumenta a visibilidade do Brasileirão, que promete ser o mais recheado de estrelas dos últimos anos. Seria bom ver pelo menos um craque por clube. Juninho Pernambucano, Alex, Adriano, Luis Fabiano, Kaká, Riquelme, Verón, Trezeguet, Henry, Patrick Vieira, Canavaro... Por que não pensar em grandes jogadores europeus? Acredito que muitos prefeririam jogar no Brasil a ir para o Catar ou os EUA.
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Por enquanto o Flamengo continua sendo um time regular. Precisa contratar mais e para posições carentes, como a zaga.
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O Fluminense tem tudo para fazer mais um bom ano. Já veremos.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

E termina a novela.

Ufa, já não aguentava mais tanta ladainha. É Ronaldo pra cá, é Ronaldo pra lá. Até pensei que o Grêmio contrataria o Gaúcho, Palmeiras o Cristiano e Corinthians o Angelim, mas estavam falando era do mesmo jogador, 0 sorridente Ronaldinho.
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Bem, acabou no Flamengo. Agora podemos falar um pouco sobre o impacto desta contratação.
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É certo que o Gaúcho ainda pode jogar bem por muitos anos, só depende dele. Também é certo que o Flamengo ganhará dinheiro mesmo que ele não jogue, coisas do Marketing. Como de Marketing eu entendo pouco, melhor discutirmos sobre as perspectivas do jogador, enquanto tal.
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Caso o Flamengo contrate mal daqui por diante, Ronaldinho será massacrado pela imprensa. Ronaldinho não joga sozinho. E, aqui pra nós, o time do Flamengo é ruim pra dedéu.
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Foi campeão brasileiro em 2009 por que contava com uma excelente dupla atacante, dois bons alas e dois jogadores dopados.
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Ninguém me convence de que Petkóvic e Angelim não tomaram um remedinho. Petkóvic correu como uma criança, mais do que nos tempos do Vitória. E Angelim, um dos melhores zagueiros que passou pelo Flamengo, deve ter entrado na onda, pois correu como se tivesse realmente a idade que figura em sua identidade.
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Além disso, a sorte, os santos ou seja lá o nome que cada um queira dá, fez de tudo pelo Flamengo.
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Mas essas coisas não costumam se repetir com tanta frequência. E o Flamengo precisa contratar bem. Um goleiro, dois zagueiros, dois centrocampistas, um atacante...
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Para que o Flamengo dispute alguma coisa, precisa formar um bom time. Eu, como não confio em dirigente carioca, iria mesmo é para o Grêmio, que já tem um time arrumado.

Bola de Ouro.

E se faz justiça. Esta foi a primeira vez em que o vencedor de um prêmio pós-Copa não foi um jogador da seleção campeã. Confesso que fiquei surpreso. Mesmo sabendo que Messi é, de longe, o melhor jogador do mundo atualmente, não acreditava que levaria o prêmio. Pela lógica política do prêmio, Xavi deveria ser o vencedor.
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Xavi é um jogador fenomenal, quase tão bom quanto Zidane, mais regular do que Ronaldinho, melhor do que muitos jogadores que já foram premiados em anos anteriores, mas Messi está jogando no nível das estrelas, de Puskás, Pelé, Zico, Maradona, Tostão, Cruyf...
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Messi é o drible de Garrincha, a velocidade de Di Stéfano, a objetividade de Pelé, a beleza de Zico, a movimentação de Tostão. Caso não sofra com lesões, continuará jogando neste nível por muitos anos mais. Para a alegria dos amantes do futebol.
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Que Deus proteja este nosso herói de céleres pés.

sábado, 8 de janeiro de 2011

Seleção de 2010

Aqui vai a minha seleção de 2010. Estou levando em consideração o ano de 2010 e não a temporada 2009/2010.

Júlio César

Daniel Alves
Lúcio
Tiago Silva
Gareth Bale

Schweinsteiger
Xavi
Sneijder

Messi
Cristiano Ronaldo
Didier Drogba

E o melhor do mundo é, sem sombra de dúvidas, Lionel Messi. Em segundo lugar podemos ter um empate entre Cristiano Ronaldo, Sneijer, Xavi, Schweinsteiger e Lúcio.