De olho no Vovô.

Já apontei Cruzeiro, Inter, Grêmio, São Paulo e Santos como favoritos ao título do Brasileirão. Caso o Fluminense contrate Deco e Cléber Santana, também entrará na briga. Caso o Santos venda suas estrelas, sairá da lista. Mas a surpresa do campeonato pode vir do nordeste. O Ceará é o time, hoje, mais bem entrosado e treinado do Brasil. E deverá beliscar uma quarta colocação até o mês de agosto, quando por falta de elenco, começará a cair. Este fim de semana o Vovô pegará o excelente Cruzeiro. E não se assustem caso consiga surpreender.

Seleção Brasileira de 2014.

Ainda nem começou este mundial, mas a insatisfação geral com os convocados faz com que muitos comecem a pensar já na próxima Copa. Me pediram para opinar a respeito. Antes de mais, acredito que o Brasil tem grandes chances de ser campeão já em 2010, mesmo não concordando com o estilo adotado por Dunga. Temos um bom time e dificilmente sofreremos um gol. Mas como futurologia é o meu forte, vamos imaginar a próxima Copa.
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Caso o Brasil não ganhe esta Copa, algo de bom pode acontecer. Teremos um treinador com características mais ofensivas. Nomes como Zico ou Leonardo poderão substituir Dunga.
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A base da seleção em 2014 será formada pelos jogadores que disputaram as últimas olimpíadas, mesclada com algumas jovens surpresas e outros veteranos. Sendo assim, teremos uma muito boa seleção. Desde já, deixo aqui para registro a minha escalação:
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Júlio César ou Diego Alves no gol.
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Maicon ainda jogará a próxima Copa e poderá ser o capitão. Marcelo pode ser o lateral esquerdo. Na reserva estará Rafael, lateral do Manchester United.
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Thiago Silva será o grande xerife da zaga, a seu lado poderá estar Miranda. Teremos uma dupla tão boa e semelhante a atual. Ainda poderão estar Breno e Alex Silva.
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Lucas, Hernanes e Anderson serão os três volantes, assim como nos Jogos Olímpicos. Com a 10 estará Ganso. Kaká pode estar na reserva.
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No ataque teremos briga intensa. Robinho, Nilmar, Neymar (que jogará como centro-avante), Diogo, Jô e Ronaldinho (que passará a atuar mais perto da área) irão brigar por duas vagas. Eu boto fé em uma dupla formada por Ronaldinho e Neymar.
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Daqui a quatro anos eu relembrarei esta lista e saberemos se tenho ou não qualidades de vidente. Até lá.

Não tema os 5 grandes, tema os 11 laranjas.

Enquanto o Brasil fará amistosos contra o time da Rua Caída e o time da Quinta Série do Colégio Arnaldo, para não correr o risco de perder, a Holanda se deixa ver contra EUA e México. Será que somos covardes até na escolha dos adversários ou ninguém quis enfrentar a toda poderosa canarinha antes do mundial?
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Van Persie mostra que está totalmente recuperado de sua lesão e será um dos destaques deste mundial. A Holanda ainda não pode contar com todos os convocados, como Sneijder e Robben, mas encanta com Van der Vaart, Van Persie y Kuyt. Como seria bom se em nossa canarinha estivessem Van der Vaart ou Sneijder no lugar de Ramires...
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Se não der zebra, a Holanda chegará nas semi-finais. Mãe Josefina me garantiu que a laranja mecânica seria campeã, mas Mãe Josefina falou também que o Brasil cairá nas oitavas contra a Espanha e eu não posso acreditar.

Assim tá errado, assado é pior.

Quando perdemos para a França em 2006, muitos analistas refletiram e concluíram que um dos principais motivos da derrota foi o exagerado calor da torcida durante os treinamentos. Agora é todo o contrário. Estes mesmos analistas criticam a comissão técnica brasileira pela frieza com que estão tratando jornalistas e torcedores. Dunga não vai abrir os treinamentos nem aos torcedores, nem aos jornalistas. A seriedade e sobriedade prevalecerão no ambiente de treinamentos.
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O Brasil não perdeu para a França devido ao calor humano recebido nos treinamentos. Isto é óbvio. E também não perderá esta por armar um campo de concentração nazista em seus treinamentos. Mas nenhum comentarista está satisfeito e usará isso como motivo. Se em 2006 pecou pelo excesso, agora pecará pela escassez. Assim tá errado, assado é pior.

Ganharam os melhores.

A final da Liga dos Campeões teve, nos bastidores da imprensa, um duelo entre treinadores e esquemas. Muito se dizia que o que diferenciava o Bayern da Inter era o esquema agressivo do primeiro contra a cautela do segundo. Essa é mais uma mentirazinha criada pelos comentaristas esportivos. O que mais diferencia os dois times é a qualidade do elenco. A Internazionale é incomparavelmente melhor do que o Bayern. Isto não quer dizer que fosse certa a vitória da Inter. Não era. Em um jogo de Copa, nem sempre o melhor elenco vence. Neste caso, venceu.

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Os esquemas adotados pelos treinadores jogam um papel importante no resultado do jogo, mas secundário. O Bayern perdeu, principalmente, porque tem um péssimo zagueiro, que falhou nos dois gols de Milito, um jovem e fraco lateral esquerdo, um regular goleiro e nenhum atacante de nível mundial. Aliado a isso, a ausência do seu melhor jogador foi crucial. Sem Ribéry, Roben recebeu uma marcação muito mais forte, com Chivu e Cambiasso sempre pendentes dele. O Bayern não marca mal porque joga com dois volantes ofensivos, marca mal porque nenhum dos seus quatro defensores é um grande marcador. Algo similar acontece com o Santos.

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Por outro lado, a Inter tem o melhor goleiro do mundo, uma das melhores defesas, dois bons volantes, um excelente meia-armador e um atacante inspiradíssimo. Mesmo com Eto'o fazendo um jogo apagado, Milito se movimentou bastante e aproveitou as falhas da fraca defesa Bávara. Comparado com o 'endeusado' Barcelona, a Inter não tem nada a dever. Ou seja, Mourinho teve participação na vitória, mas não merece tamanho cartaz como o que lhe estão oferecendo. Talvez seu maior mérito não tenha sido o esquema adotado, mas as indicações que fez para que o clube formasse um elenco forte no início da temporada. Lúcio, Motta, Eto'0 e Milito foram, todos, excelentes contratações. E Mourinho soube tirar o máximo de cada um deles. Vale a pena esperar pelas petições de Mourinho no Real Madrid.

O que esperar de Bayern X Internazionale.

Amanhã conheceremos o campeão europeu de clubes. A mídia direciona o confronto como sendo entre uma equipe ofensiva e uma retranqueira. O próprio Van Gaal deu pano para manga ao afirmar que ele joga para dar espetáculo e Mourinho joga pelo resultado. Ou seja, seria mais ou menos como uma final entre Santos e São Paulo. Já veremos que as comparações estão equivocadas. O Bayern, realmente, atua muito parecido com o Santos. Van Bommel, o volante mais recuado, não é defensivo. Seria o Arouca do Bayern. O outro volante, Schweinsteiger, assim como o jovem Wesley ou Marquinhos, é um meia de ofício. Ribéry seria o Ganso, e logo, os dois times jogam com três atacantes. Em ambas equipes, os laterais apoiam constantemente.

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Até aqui tudo bem. O Santos joga para dar espetáculo, assim como o Bayern. O problema está em comparar o São Paulo com a Internazionale. Eto'o, Pandev e Milito são os três atacantes da Inter e fazem, em certo sentido, as mesmas funções de Marlos, Dagoberto e Fernandão, o trio atacante do São Paulo. Os laterais de ambas equipes constumam apoior regularmente. Somente até aqui vão as semelhanças entre as duas equipes. De saída já observamos uma monumental diferença entre os esquemas dos dois: no São Paulo não joga um meia, como o holandês Sneijder na Inter. Depois, o São Paulo joga com três zagueiros: Miranda, Alex Silva e Richarlyson, e um frente de zaga (quase zagueiro) que é o Rodrigo Souto. Na Inter jogam dois zagueiros, e o volante mais recuado, Thiago Motta, não está lá apenas para destruir. Motta tem liberdade para subir e qualidade para armar.

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Em suma, enquanto o São Paulo jogar com Rodrigo Souto no meio e três zagueiros atrás, será quase impossível ser caracterizado como um time ofensivo. O São Paulo é retranqueiro. Já a Internazionale não. A Inter foi retranqueira no segundo jogo contra o Barcelona. Entrou para contra-atacar e, com a expulsão de Motta, jogou totalmente dentro do seu campo de defesa. Mas em inúmeras outras partidas, a Internazionale jogou para frente. Tanto que teve o melhor ataque do campeonato italiano. Vale lembrar que Pandev não é um bom jogador e Eto'o não vive a melhor fase de sua carreira, o que contribuiu para que a Inter não marcasse mais gols na temporada.

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Amanhã não jogam Motta (Inter), nem Ribéry (Bayern). Possivelmente, os substitutos serão Altintop pelo Bayern e Stankovic pela Inter, o que não provocará grandes mudanças nos esquemas de Van Gaal e Mourinho. Tudo indica que veremos um bom jogo.

Vitória campeão da Copa do Brasil.

Como palpitei há pouco mais de um mês, deu Vitória e Santos na final da Copa do Brasil. E continuo dizendo que o Vitória será campeão. Não por ter o melhor time, mas porque tem em seu ataque o Diabo Loiro, e diabo que se preze não deixa santo nenhum levar vantagem. É questão de lógica.

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Outro fator que ajudará o Vitória será a data da final, dia 28 de julho. É bem provável que aconteça um desmanche no bom time do Santos. Robinho, certamente não permanecerá no Santos. Ganso, Neymar e Wesley também podem sair. Pode ser que mesmo vendidos possam disputar a final. Mas como este é o ano da sorte do Vitória o Santos jogará sem algumas de suas estrelas.

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O Santos ganhou bem seu jogo. Ganso, que não jogou nada no primeiro tempo, abriu o placar no segundo com um lindo gol de fora da área. O Grêmio, a partir daí, foi obrigado a atacar mais e deixou o contra-ataque para o veloz Santos. Robinho, no primeiro contra-ataque, marcou por cobertura. E Wesley, também num contra-ataque, explorou toda sua velocidade para sentenciar a partida. Neymar não jogou nada, mas segue sendo uma das principais promessas do futebol brasileiro.

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O Vitória goleou o fraco time do Atlético-GO, mas os 4x0 não significaram um bom espetáculo. Mesmo finalista da Copa do Brasil, o Vitória precisa melhorar para não fazer feio no Brasileiro.

Golaço ou Frangaço.

O Brasileiro Inca, anotou um gol de falta do meio de campo, na partida entre o Sol de América e o Olímpia, pelo campeonato Paraguaio.. Para uns, um verdadeiro golaço, para mim, um autêntico frangaço. Vejam o vídeo e decidam vocês mesmos.

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http://www.youtube.com/watch?v=muJB14_miJM&feature=youtube_gdata

Quarta de decisões.

A imagem mais bonita deste fim de temporada européia foi a despedida de Leonardo. Os torcedores de lá, pelo visto, não são tão burros quanto os torcedores brasileiros. Souberam das limitações do time e aplaudiram um honroso terceiro lugar. No ano passado, o São Paulo demitiu o Muricy, mesmo havendo vencido três anos o Brasileirão. E os torcedores estavam satisfeitos com a decisão da diretoria. Em geral, nenhuma torcida brasileira aplaudiria o Leonardo. Se o Palmeiras, que não tem time para ser campeão, chega até o final do Brasileirão com opções de ganhar o campeonato, mas decepciona e perde alguns jogos, terminando em quinto lugar, certamente os torcedores pedirão a cabeça do treinador. E isso não é exclusividade da violenta torcida palmeirense. Leonardo foi carregado pelos jogadores e se despediu como um campeão. E não se fez mais do que a justiça. O Milan tem um péssimo time, que não ganharia nem a Série B do Campeonato Brasileiro. É certo que tem craques, como Pirlo e Ronaldinho, e bons jogadores, como Thiago Silva. Mas é só. Os demais ou estão em péssima fase, ou são ainda muito jovens, ou são ruins mesmo. Então, uma salva de palmas para Leonardo. E esperemos que o próximo treinador da Seleção seja Zico ou ele.

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Hoje tem uma rodada de decisões para os principais times brasileiros. Os torcedores do São Paulo já estão cantando de galo, mas cuidado com o Cruzeiro, um dos melhores times do Brasil e já acostumado a cozinhar galos. O placar é complicado, mas não é impossível. Santos e Grêmio, possivelmente, farão o melhor jogo da rodada. O Grêmio tem a vantagem do empate, mas o Santos joga em casa. Qualquer resultado pode acontecer. Assim como no jogo entre Vitória e Atlético-GO. O Internacional pode colocar o segundo time brasileiro na próxima fase, mas empatar com o Estudiantes não será fácil. E o Flamengo terá uma partida complicada, sendo provável a eliminação da equipe. Se tudo der certo para o Brasil na Libertadores, teríamos três times nas semi-finais, e vaga garantida para o mundial de clubes, visto que o Chivas não pode representar a CONMEBOL. Se tudo der errado, apenas um. O que dirão os jornais amanhã sobre a qualidade dos times brasileiros?

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Como disse em outro post, impossível prever quem será campeão brasileiro, visto que os clubes iniciam o torneio com um time e terminam com outro, seja porque vendem os melhores jogadores na metade do campeonato, seja porque se reforçam. Parece que o Fluminense quer entrar na lista de favoritos ao título. Já reforçaram o time o zagueiro André Luis e o excelente volante Cléber Santana, um dos melhores na posição. E se vier o Deco e não houver conflitos dentro do clube, impossível não colocá-lo entre os melhores.

Trabalhando com o que temos.

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Agora não adianta mais. Dunga já fez a lista e apenas uma lesão pode alterar alguma coisa. Como reza o velho preceito chinês, desejar o mal aos outros trás o mal a você. E eu é que não vou me arriscar, torcendo por uma lesão. Então vamos trabalhar com o que temos em mãos.
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Com os 23 jogadores da lista, é possível se jogar melhor, é a pergunta que nos cabe fazer. Imaginei duas possibilidades. Em ambas, seria necessário mudar o esquema. Na primeira, o esquema adotado seria o usado por meia Europa, como o Barcelona, com um ponta jogando em cada lado. Particularmente não gosto do esquema, mas com os jogadores que temos, pode ser uma alternativa viável.

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A segunda alternativa seria adotar o tradicional esquema brasileiro com três zagueiros e dois alas apoiando simultaneamente.

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Notem que Gilberto entrou com titular em ambos esquemas. Acredito que com Gilberto o Brasil pode ganhar no passe, característica que mais faz falta nesta seleção. Vamos ver se Dunga está acompanhando o Folha Seca FC e faz as alterações.

Um pouco de Brasileirão.

Começa o campeonato brasileiro, mas parece que ninguém está dando muita bola. É compreensível, a Copa está aí, a Libertadores e a Copa do Brasil na reta final. Ninguém parece levar o Brasileirão muito a sério. Isso pode fazer com que um bom time fique fora da briga pelo título. Ainda não entendi porquê a Copa do Brasil não terminou antes do início do Brasileirão...

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O nível do campeonato está regular. Alguns grandes jogadores permaneceram no Brasil (será que depois da Copa continuarão...) elevando um pouco a qualidade do torneio. Os melhores times e favoritos ao título são:

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O Cruzeiro joga rápido e tem bons jogadores em todas as posições. Um excelente goleiro, dois laterais ofensivos, dois volantes bons de bola, dois dos melhores atacantes do Brasil. Gilberto vive boa fase como meia, mas o Cruzeiro precisa de outro bom meia, que pode ser Roger, caso este volte a jogar como antes. Precisa melhorar a marcação nas laterais, os volantes precisam estar mais atentos na cobertura.

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O São Paulo tem bom elenco, como sempre. A melhor dupla de zaga do Brasil e inúmeros bons volantes. O ataque é bom e a entrada de Fernandão no time deu ao São Paulo um pouco de elegância. Fernandão poderá fazer a função de cérebro em um time bom e muito retranqueiro como o São Paulo. Mas é pouco. O São Paulo deve encontrar um bom meia para fortalecer o elenco e abdicar de jogar com um frente de zaga, visto que conta com muitos e bons volantes (Hernanes, Cléber Santana, Léo Lima, Jorge Wagner etc).

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O Santos tem um dos melhores times do Brasil, mas o elenco é fraco. Em um campeonato de pontos corridos receberá a fatura. Além disso, a defesa não é muito boa e lenta. Necessita de zagueiros velozes pois seu esquema deixa espaço para o contra-ataque. Ganso é o melhor meia jogando aqui. Robinho o melhor meia-atacante. Neymar precisa amadurecer, mas dá sinais de que será um craque. Wesley e Marquinhos se completam no meio; a velocidade do primeiro com a regência do segundo.

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O Internacional também vem forte. Assim como São Paulo e Cruzeiro, tem jogadores bons em todas as posições. Está mais fraco do que nos anos anteriores, pois não contará com aquele jogador referência, como foram Nilmar e Fernandão, mas alguns dos jovens talentos podem amadurecer neste Brasileirão. Giuliano é o que melhores condições tem de crescer. Sandro e Guiñazú formam uma das melhores e mais entrosadas duplas de volantes do Brasil.

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O Grêmio se fortaleceu bastante e deve disputar o título. O time-base não é o melhor da competição, mas o elenco é, junto com o São Paulo, o mais forte do torneio. Estarão na reserva jogadores como Souza ou Hugo.

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Correndo por fora estarão Corinthians, Flamengo, Atlético-MG e Palmeiras. O Corinthians necessita do ressurgimento de Ronaldo. O Flamengo de um grande meia para a vaga de Petkovic, que parece já haver dado tudo que podia, e a chegada de um bom zagueiro. O Galo tem bom time, nem tanto, mas Luxemburgo pode fazer a diferença. Já o Palmeiras, os problemas extra-campo e a péssima torcida parecem interferir no rendimento do time e para brigar por algo este ano parece ter que contar com um milagre.

Ensaio de futurologia: um frívolo palpite.

Com tanta antecedência, palpitar sobre quais seleções chegarão mais longe é depender da sorte. Ainda temos muito a ver. Muitas seleções sofrem com lesões ou com indisciplinas, outras encontram a melhor forma de jogar depois do início da competição. Vale lembrar que é um torneio curto e pequenas coisas podem pesar para que uma seleção chegue ou não à final. Um jogo mal e 'pimba', bilhete de volta para casa.

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Mas como não tenho nada melhor para fazer, farei um palpite. Seria o primeiro palpite antes da Copa, logo, com o transcorrer da competição, poderei palpitar com fundamento. Olhando a ordem dos jogos e o estilo e qualidade das seleções, chego ao seguinte palpite.

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A Sérvia será a surpresa, terminando em primeiro no seu gupo e despachando nos penaltis a Argentina, nas quartas de final. A Argenina encantará, mas cairá nas quartas, em um dos jogos mais sem graça da Copa.

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O Brasil terminará em segundo, invicto, mas com cinco pontos. Enfrentará a Espanha nas oitavas e fará seu melhor jogo. Nas quartas, passará apertado pelo Paraguai, ganhará da Sérvia nos penaltis e perderá para a Holanda na final.

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A Espanha passará bem pela fase de grupos, mas cairá frente ao Brasil nas oitavas.

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Itália e Alemanha ficarão em segundo na fase de grupos e não passarão das quartas.

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A Inglaterra será regular em todos os jogos, mas cairá na semi-final contra a Holanda, no melhor jogo da Copa. E terminará em terceiro.

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A Holanda, por fim, ganhará uma Copa.

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Já veremos se posso colocar uma barraquinha na Av. Sete e concorrer com Mãe Dolores.

O porquê da derrota em 2006.

O principal argumento para os que defendem a forma de jogar da seleção de Dunga é o de que na Copa passada tínhamos os melhores jogadores, mas jogamos sem raça. Este é um argumento extremamente falacioso.

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Antes de mais, cabe distinguir entre raça e retranca. A seleção de hoje tem como característico a forma retranqueira de jogar e a preponderância de jogadores com extremo vigor físico, não a raça. Não parece pertinente imaginar que alguma seleção vai para uma copa do mundo sem vontade de vencer. A Coréia irá com raça, o México entrará com raça, assim como a habilidosa e leve seleção espanhola jogará com raça. Todos os jogadores sonham desde garotos com uma final de copa do mundo, até aqueles que ganham milhões. Em suma, não será a raça que fará o Brasil ser campeão, visto que todas as contrincantes esbanjarão a mesma vontade de vencer. Não o mesmo vigor e comprometimento tático.

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Se perdemos em 2006 não foi por faltar raça e vontade de vencer. Vale recordar que naquele time jogavam: Maicon, Lúcio, Juan, Gilberto, Gilberto Silva, Zé Roberto, Kaká, Robinho... E é complicado afirmar que a só presença de Ronaldinho era capaz de transformar um batalhão de guerreiros em uma assembléia de maricas. As pessoas, em geral, e os comentaristas esportivos, em particular, têm a necessidade de simplificação: "Estamos em crise por culpa da imigração", estão afirmando os Espanhóis; "O mundo esquenta, por culpa do desmatamento", argumentam os ambientalistas; "O Brasil perdeu, por culpa de Ronaldinho", disseram os jornalistas. A complexidade dos motivos é tão rica quanto a nossa possibilidade de imaginá-los. Outros foram os motivos, mas o pato quem pagou foi o Gaúcho, infelizmente.

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Apontarei alguns dos que me pareceram mais relevantes.

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1) Adriano e Ronaldo jogando junto, ambos atacantes de área, necessitariam de um meio de campo com mais toque e mobilidade. Com aquele centro, talvez jogássemos melhor com Robinho e Ronaldo.

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2) Kaká fez o pior jogo de sua vida.

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3) Parreira demorou para substituir.

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4) Roberto Carlos suspendeu o meião.

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5) Ronaldinho não driblou todo mundo e fez um gol antológico.

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6) O "oba oba" antes do mundial pode ter atrapalhado os treinos da seleção durante os dias que antecedem o torneio.

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7) E mais importante, do outro lado enfrentamos a França, que havia despachado a favorita Espanha e contava com um craque (Zidane) e inúmeros bons jogadores, tão bons quanto os nossos.

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Digo e repito, vontade de vencer não é diferencial, é atributo inerente a qualquer atleta. Raça não é vigor físico. E se o que estamos levando é fundamentalmente vigor e raça, estamos nos igualando à Costa do Marfim, Camarões e Gana, que nunca serviram de exemplo para o bom futebol.

Da necessidade de 'elegancia' na seleção brasileira.

Nós brasileiros, nos acostumamos a contar com jogadores elegantes (vide conceito no perfil) defendendo a seleção. Nos acostumamos e valorizamos tais jogadores. Quando surge algum jovem com essas características, o tratamos como uma jóia. Basta ver o mimo que estamos dando ao jovem Ganso.

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A canarinha não só peca por não levar jogadores elegantes, também peca por adotar um espírito insincero, que não encaixa com a natureza inata do nosso futebol e nosso povo. Hoje, a seleção mais parecida com o 'espírito' Brasileiro é a Espanha, que tem em Xavi o exemplo de jogador elegante que falta no Brasil. O Brasil deveria jogar de azul, não de amarelo, assim, além do espírito, imitaria a cor da seleção italiana.

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Digo e repito, para que não seja mal interpretado. Somos uma das 4 melhores seleções na África do Sul, porém o futebol genuinamente brasileiro vai sendo deixado de lado. Estamos mais preocupados em decepar as cabeças dos nossos rivais em uma batalha sangrenta, que demonstrar a qualidade agregadora e pacificadora que só o futebol jogado com alegria e elegância é capaz de trazer.

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A Copa deveria servir para o Brasil demonstrar o melhor do seu povo; sua alegria e perseverança, sua habilidade de transformar o difícil em belo com um leve gingado. Sua vontade de viver e encantar. Infelizmente, estamos dando mostras do contrário, do racionalismo, do objetivismo, do metódico, chato e pouco criativo estilo de vida de um povo cansado, ressentido e envelhecido. Será isso sintoma de que o Brasil está perdendo a jovialidade que tanto encantou o resto do mundo...

Le Petit Zidane.

Yoann Gourcuff, francês, 1,85m, assim como Zidane. Assim como Zidane, se destacou no Bordeaux aos 23 anos. Zidane partiu para a Juventus e se tornou um craque. O que esperar de Gourcuff? Não só no início de carreira e fisicamente se assemelham, ambos tem a mesma maneira elegante de dar passes e conduzir a bola. Vejam o vídeo e tirem as suas próprias conclusões.

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http://www.youtube.com/watch?v=-wV1zH3QNms

Seleção Olímpica da Copa.

Acho que fiquei viciado, agora só penso em listas. Já foram as da "Seleção dos Ausentes" e a da "Seleção da Copa". Agora vocês vão ter que me engolir. A próxima lista é a da "Seleção Olímpica".

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Hugo Lloris (França); Andreas Beck (Alemanha), Slobodan Radjkovic (Sérvia), Sedar Tasçi (Alemanha) e Arturo Vidal (Chile); Mesut Özil (Alemanha), Césc Fábregas (Espanha), Gourcuff (França) e Di María (Argentina); Agüero (Argentina) e Luis Suárez (Uruguai).

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Notem que jogadores que já figuram na lista da "Seleção da Copa", ficaram de fora.

Seleção da Copa.

São tantas listas elaboradas esta semana que me deu vontade de confeccionar a minha. Pensei em formar a seleção de todos os tempos, mas esbarrei em tantas dúvidas que renunciei. Não sabia se Zico foi melhor do que Zidane, nem se Muller foi melhor do que Romário. Então decidi elaborar uma lista por década. Ledo engano, jamais pude decidir-me entre Redondo e Patrick Vieira, ou entre Gamarra e Aldair. Então me decidi por indicar uma lista dos melhores desta Copa. Claudiquei, mas fiz. É claro que algumas posições tive que jogar no cara ou coroa, mas, pelo menos, não duvidei de todas. E taí o resultado de horas de meditação. Depois da Copa terei que fazer outra, levando em consideração, exclusivamente, a atuação dos jogadores na competição.

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O onze principal seria formado por: Júlio César (Brasil); Maicon (Brasil), Lúcio (Brasil), Vidic (Sérvia) e Evra (França); Ballack (Alemanha), Gerrard (Inglaterra), Xavi (Espanha) e Kaká (Brasil), Messi (Argentina) e Rooney (Inglaterra). A seleção reserva: Buffon (Itália); Daniel (Brasil), Terry (Inglaterra), Kolo Touré (Costa do Marfim) e A. Cole (Inglaterra); Pirlo (Itália), Deco (Portugal), Lampard (Inglaterra) e Ribèry (França); C. Ronaldo (Portugal) e Villa (Espanha). Indiscutíveis em suas posições são: Júlio César, que vive melhor fase do que Buffon. Maicon, que é um lateral quase completo. Balack, que defende bem, cabeceia bem, organiza bem, cruza bem e chuta bem, sendo, assim, um jogador completo. Se arrancasse bem, seria como o Beckenbauer. Xavi, que é o melhor passador da atualidade, com um dom para deixar os companheiros em ponto de finalizar. E Messi, o melhor atacante do mundo.

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Assim como Dunga, escalei um time de guerreiros, com três volantes, um meia-atacante e dois atacantes. Ballack, faria a função de Gilberto Silva. Gerrard, a de Felipe Melo, Xavi, seria Elano. Estão convidados a elaborar lista melhor. Quem sabe não esqueci de alguém...

A Seleção dos ausentes.

Não é só o Brasil que abdica de grandes jogadores, Itália, Argentina, Inglaterra, Holanda e França, também deixaram de fora alguns dos melhores jogadores do mundo. Vejamos a seleção dos que poderiam ter ido, mas não foram.

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Van der Saar (Holanda); Zanetti (Argentina), Gabriel Milito (Argentina) e Wayne Bridge (Inglaterra) ; Thiago Motta (Brasil), Cambiasso (Argentina), Riquelme (Argentina) e Alex (Brasil); Totti (Itália), Ronaldinho (Brasil) e Van Nistelrooy (Holanda).

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Bem pesado, esta seria uma das favoritas ao título. Van der Saar é, ainda hoje, um dos três melhores goleiros do mundo. Motta e Cambiasso deixam Gilberto Silva e Felipe Melo no chão, quando comparados. Alex e Riquelme são dois dos cinco melhores meia-armadores da atualidade. E Ronaldinho, Totti e Van Nistelrooy não encontram similares em suas respectivas seleções.

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Assim, não só o Brasil sentirá a ausência de grandes jogadores que poderiam ir, mas por razões várias, não irão. Creio, inclusive, que a Argentina dependa mais de Riquelme, Zanetti e Cambiasso do que o Brasil de Alex e Ronaldinho. E a Itália sem Totti é uma seleção de medíocres.

O Brasil ganhou, mas como?

Tudo no futebol gira, infelizmente, em torno dos resultados. Assim pensam a maioria dos comentaristas e, consequentemente, dos torcedores. Se Dunga ganhar a Copa, estará certo. Se perder, será um burro. Até agora, os resuldos lhe são favoráveis. Dunga levou a Copa América, a Copa das Confederações e terminou em primeiro nas elimitários. Melhor impossível, não? Discordo.

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Todos parecem esquecer que na Copa América de 2007, o Brasil perdeu feio para o fraco México e ganhou apertado do péssimo Equador, na primeira fase. Em toda competição, só conseguiu vencer bem o Chile, na primeira fase e nas quartas de final, e a Argentina, na final. Na semi-final, empatou com o Uruguai, passando nos penaltis. O que parece claro é que contra Chile e Argentina, times mais ofensivos, o Brasil consegue se dar bem, marcando gols no contra-ataque. Vale ressaltar que a Argentina não conseguiu formar um bom time, desde a Copa de 2006, e o Chile é o Chile, sempre com os piores zagueiros do mundo. Contra outros times defensivos, a canarinha não se deu bem.

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Na Copa das Confederações de 2009, Felipe Melo jogou como um verdadeiro craque, dominando o meio de campo. Tenho a leve impressão de que o ano de 2009 foi o seu "ano de craque", pois nem antes, nem depois ele conseguiu repetir as atuações. Com a entrada do "craque" Felipe Melo, o meio de campo brasileiro foi outro, muito mais criativo e rápido. Ainda assim, o Brasil suou para marcar um gol aos 88' na horrorosa África do Sul nas semi-finais e fez o gol da virada na limitada seleção norteamericana aos 85'. Foi campeão, é verdade, mas ficou longe de mostrar um bom futebol.

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Já nas eliminatórias, Dunga se vangloria de terminar em primeiro. Será que ele esqueceu de todos os vexames que passamos nesta paupérrima fase eliminatória? Antes de mais, o primeiro lugar se deve à derrota do Paraguai, em casa, contra a Colômbia, o que nos deixou um ponto a frente. Também um ponto foi a nossa diferença para a seleção chilena. E para piorar, a Argentina, única rival histórica do Brasil nas eliminatórias, estava tão mal que quase fica de fora da Copa. Ou seja, terminamos apenas um ponto na frente do terceiro e tivemos a vida facilidada pela desorganização argentina.

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Resumindo, os resultados do Brasil são bons, mas o futebol apresentado vai de mal a pior. Quando jogamos contra times retranqueiros a dificuldade aumenta. Imaginem que enfrentaremos logo na primeira fase, Portugal e Costa do Marfim, a melhor seleção africana na Copa. Jogamos feio, o que já é, pelo menos para mim, motivo de crítica, independente do resultado. Se ganharmos a Copa, o que é bastante possível, ficarei contente, não serei hipócrita, mas tenho certeza de que a felicidade logo dará espaço àquele sentimento indigesto de mediocridade.

Deu a lógica.

Deu a lógica. Se alguém apostou por alguma surpresa, perdeu. Dunga manteve definido o espírito cauteloso da seleção brasileira. Vale ressaltar, a lista preparada por Dunga não irá para a África do Sul jogar futebol, mas sim para uma batalha. E mamãe já dizia, menino não deve brincar com arma. Azar do Ganso. Pior do que Ganso foram as ausências de Ronaldinho e Alex.

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Adriano bebeu demais. E um guerreiro alcoólatra pode acabar atirando num companheiro. Para o lugar de Adriano, também deu a lógica, Dunga chamou um centroavante grande e forte. E se agente olhar bem, até que parecem irmãos.

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Doni recebeu a medalha de ferido em combate. Como prêmio por sua honrosa fidelidade à pátria, assistirá aos jogos ao lado do general.

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Alguém tinha dúvida de que Júlio Baptista, "el tanque", iria para a guerra... É sempre bom ter um ou dois tanques numa batalha, nem que sejam de segunda mão.

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Josué é que não dá para entender. Não digo concordar, pois não concordo com a convocação de muitos, mas não dá para entender mesmo. Josué é baixinho, fransino mesmo. Não corre muito. Não parece com um guerreiro. Será que ele foi levado como corneteiro ou como porta bandeira...

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Como não adianta chorar sobre o leite derramado, vamos analisar o que se pode esperar desta seleção. A primeira coisa é torcer por umas três lesões. De preferência, Gilberto Silva, Júlio Baptista e Josué. A segunda, torcer por uma excelente atuação de Elano, que precisa jogar melhor do que em seus melhores tempos. A terceira, que Robinho leve o pé num ferreiro para ver se conseque dar uma endireitada. A seleção precisará que ele, enfim, acerte a pontaria.

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Com tudo dito acima, não sou da opinião de que o Brasil não está entre as favoritas. O time é retranqueiro, joga no contra-ataque, não encanta, mas tem grandes chances de levar o caneco. Temos o melhor goleiro, a melhor dupla de zaga, o melhor lateral e mais cinco defendendo no meio. Será difícil tomar um gol. Se dermos sorte, ganhamos como em 94, se dermos azar, perderemos como em 90.

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É verdade que, comparada com a seleção de 94, não temos uma boa dupla de ataque. Robinho e Luís Fabiano são incomparavelmente piores do que Bebeto e Romário, que além de tudo estavam no auge da carreira. Outra grande diferença entre as duas seleções é a comparação entre Dunga e Felipe Melo. Dunga, apesar de turrão, era muito melhor volante do que é, hoje, Felipe Melo. Parece até pecado falar bem do general depois dessa lista que ele enfiou em nossa cara, mas a verdade está acima de tudo. Quase tudo.

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A pergunta que mais apareceu foi sobre quem será o reserva de Kaká. Começando uma partida sem Kaká, o mais lógico é que Robinho faça o papel, entrando Nilmar na posição de Robinho. Se Kaká se lesionar durante o jogo, cabem várias possibilidades. Faltando muito para acabar o jogo, entra Júlio Baptista. Faltando 20 minutos, entra Josué. Faltando cinco, entra um zagueiro.

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Por ora é só. Nas próximas análises trataremos de dar algumas hipóteses para melhorar o onze inicial. Como disse antes, já não adianta chorar. E se não me engano, a mãezinha de Dunga disse algo parecido a ele, o que foi elevado a divisa do estandarte da "infantaria Dunga".

Balancete europeu.

Os torneios europeus estão, quase todos, finalizados. Em Portugal, o melhor time do Benfica dos últimos anos, levou o campeonato. Do Benfica, vale destacar alguns jogadores: David Luiz, Di Maria e Cardozo, artilheiro do campeonato com 26 gols em 29 jogos. O Benfica deve tentar manter a equipe para a próxima temporada, e assim buscar uma boa Liga dos Campeões. Tem time para isso. Na França, deu Marseille. Depois de ficar em terceiro e segundo nas duas últimas edições, o tradicional Olympique de Marseille finalmente (desde 93) volta a sentir o gosto de ser campeão. Teve ainda o artilheiro, o senegalês Niang. O campeonato foi fraco, assim como o time de Marselha. Ninguém merece destaque. Na alemanha, o Bayern sagrou-se campeão. Um campeonato duro, mas sem muito brilho. O Bayern se reforçou esta temporada, mas a saída de Lúcio foi bastante sentida. Por sorte, o novo craque do time, o atacante Roben, jogou muito bem na reta final. O time bávaro está obrigado a reforçar a sua defesa e o seu ataque. O artilheiro do time, Olic, é um jogador batalhador, mas longe de figurar entre os grandes. Na Inglaterra, o Chelsea, melhor time do mundo, foi campeão. Drogba, foi o artilheiro. Para a próxima temporada, o Chelsea já deve pensar em renovar o elenco. Fernando Torres, Cesc Fábregas e Aguero seriam bons nomes. Sem falar em Xavi, Messi e Kaká, visto que dinheiro nunca foi o problema do time londrino.

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Na Itália, tudo indica que a Inter fature mais um título. É o melhor time, mas, se bobear perde o scudetto para a Roma. A Internazionalle tem um excelente grupo, mas precisa contratar um lateral esquerdo e um atacante se quiser manter o fôlego na próxima temporada. O Milan tem um dos piores times da história e isso facilitou a conquista da Inter. Fora Thiago Silva, o Milan não tem nenhum bom defensor (Nesta passou praticamente toda a temporada lesionado). Precisa, também, contratar laterais, volantes, meias e atacantes. Resumindo, deste elenco, que o treinador Leonardo conseguiu fazer milagre, deveriam continuar: Dida, Thiago Silva, Nesta, Zambrota, Pirlo, Seedorf, Ronaldinho, Pato e Hunteelar, mas apenas Thiago Silva, Pirlo e Ronaldinho deveriam ser titulares. Já na Espanha, o Barcelona ganhou do Sevilla, com certo susto, e praticamente é o campeão. Xavi e Messi foram fenomenais, muito acima da média, e sustentaram a equipe do Barcelona. Ambos mudaram de posição esta temporada; Messi começou a jogar mais centralizado e Xavi mais próximo da área, podendo assim dar o último passe. A melhoria no rendimento de ambos se deve, em grande parte, a esta mudança. O Barcelona precisa se reforçar. Como a política de catalanização deve prosperar, o Barcelona se obriga a contratar Cesc Fábregas do Arsenal. Messi e Ibrahimovic são a melhor dupla atacante do mundo e, se Ibrahimovic não foi excepcional esta temporada, cabe esperar a próxima. O Real Madrid contratou dois dos melhores jogadores do mundo, o meia Kaká e o atacante Cristiano Ronaldo. Faltou contratar o Rooney para formar um time parecida com aquele que foi apelidado de Galácticos (Zidane, Figo e Ronaldo). Quem sabe Rooney não desembarca em Madrid depois da Copa... Mesmo com uma eventual contratação de Rooney, o Madrid precisa se reforçar bastante. Dois zagueiros, que poderia ser o sérvio Vidic e o brasileiro Thiago Silva. Além de uma dupla de zagueiros, o Madrid precisa contratar um volante, para jogar ao lado de Xabi Alonso.

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Veremos se algum dirigente presta atenção às minhas palavras, pois sempre é bom que os grandes clubes estejam com grandes times.

De campeonato em campeonato.

Seguem emocionantes os campeonatos Italiano, Espanhol e Inglês. Tudo se decidirá na última rodada. O Barcelona joga mal, mas goleia, graças a elegância de Xavi e a genialidade de Messi. O Real Madrid também vence, com três gols de Cristiano Ronaldo, o que bastou para a imprensa madrilenha consagrá-lo como gênio dos gênios. Em Madrid não existe meio termo. O jogo a ser visto será o da próxima rodada, entre o Sevilha, que busca uma vaga na Liga de Campeões e o Barcelona, que continua atuando com dois brucutus na frente da zaga. É provável um empate. Tanto na Inglaterra quanto na Itália, os times que lideram terão jogos relativamente fáceis. Assim, Inter e Chelsea só não serão campeões se bobearem.

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Na Libertadores, o Cruzeiro mostra que é favorito contra o São Paulo, com grandes atuações do jovem Thiago Ribeiro. Ronaldo marca com uma cabeçada potente, ajudado pelo peso, mas o Corinthians se despede desta edição da Libertadores. E o Internacional precisa começar a jogar o que pode ou seguirá o caminho do timão.

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Na Copa do Brasil, parece que vou acertar. Vai dar Vitória e Santos na final. Agora, se o Vitória será campeão mesmo, eu já não garanto. Isto porque andaram querendo prender o Diabo Loiro, artilheiro do Vitória. Dizem que ele falsificou um passaporte, mas eu estou seguro de que tem o dedo de algum santo bocó, que leu meu palpite no outro post, se borrou todo e pediu para 'o de cima' dar uma mãozinha.

Reflexão inesperada.

Alguns leitores de fora da Bahia andam perguntando o que significa "baba", na expressão "baba de quarta". Baba, na Bahia, tem o mesmo significado de pelada para o Rio de Janeiro. Agora o porquê do nome baba eu não sei informar. Não sei, mas inventarei uma resposta. Talvez seja a correta. E como chutar é sempre apropriado em se tratando de futebol... Dizem por aí que o termo pelada vem de 'péla', outrora o nome dado às bolas feitas de borracha. Aqui na Bahia, as crianças utilizavam uma bexiga de porco ou de boi para a confecção da bola. Como estas eram gosmentas, semelhantes a uma baba de lesma, receberam o nome de baba. Assim, o jogo de bola consistia em bater na baba com os pés, o que gerou o termo tipicamente baiano: bater o baba.

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Aclarado o assunto, recordo a polêmica que causou no baba de quinta a lista de convocados elaborada pelo 'fanfarrão' Neto, sendo ele o treinador. A lista dos 23 eleitos é, em partes, melhor do que a de Dunga, contudo alguns pontos são, no mínimo, destemperados. Seu titular no gol seria Rogério Ceni. Acredito que muitos de vocês já começaram a torcer o nariz. Júlio César e Felipe seriam os reservas. Na zaga, a dupla titular seria Lúcio e Juan, com Alex Silva, Miranda e Chicão no banco. Na lateral direita, Maicon. Na esquerda, Roberto Carlos. Na reserva dos dois, Daniel Alves. O meio de campo seria formado por Hernanes, Elias, Kaká e Alex. No banco estariam lembrados Thiago Motta, Ronaldinho, Ganso e Arouca. E o ataque seria formado por Robinho e Luis Fabiano, com Nilmar e Kléber, atacante do Cruzeiro, na reserva. Vejamos como iniciar o comentário. Antes de mais, me alegra que alguém mais se recorde de que Alex merece ser titular e que Motta merece uma vaga para a África do Sul. Outro detalhe favorável a Neto é a convicção de que Gilberto Silva deve estar fora e o Brasil deve jogar com um meio de campo mais criativo.

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De pior, além de deixar na reserva o melhor goleiro do mundo, é descartar a presença de quatro jogadores com possibilidades de atuar como lateral. Nenhum dos zagueiros ou volantes tem este cariz. Além da escolha de Roberto Carlos como titular. Quatro zagueiros me parecem suficientes. No mais, Elias não tem futebol para ser titular, apesar de ser melhor, hoje, do que Ramires. E Thiago Silva não deveria estar fora desta lista. Como disse, a lista de 23 é mais atraente do que a última lista de Dunga, contudo o time titular e algumas alterações seriam necessárias.

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Fora isso, chama atenção a quantidade de jogadores de clubes brasileiros, o que nos faz refletir sobre se não seria preferível, do ponto de vista global, que a seleção mantivesse uma quantidade razoável de atletas '100% brasileiros'. Por exemplo, quando dois jogadores fossem igualmente bons, não seria melhor eleger o que joga no Brasil... No caso, os goleiros reservas. Ou Miranda no lugar de Luisão. Ou Hernanes na vaga de Ramires... Isso, a longo prazo, fortaleceria o campeonato brasileiro e, consequentemente, fortaleceria as futuras seleções. O fanfarrão Neto, talvez inconcientemente, nos dá algo em que pensar.

Época de campanha.

Falta pouco mais de uma semana para a divulgação da lista de convocados do treinador Dunga e de todos os lados, jornalistas, blogueiros, ouvintes, fazem campanha para seus jogadores favoritos. A cada jogo, a cada atuação boa ou má de um jogador, surgem novos argumentos para embasar uma preferência. A bola da vez, indiscutivelmente, é a dupla santista, Neymar e Ganso. Hoje, o dia de campanha foi extremamente favorável a Ganso, que pôde dar mostras de que já não é um garoto. Com comportamento de veterano, chamou a responsabilidade para sí e conseguiu inúmeros votos dos eleitores indecisos. Até quem estava certo de votar nulo, decidiu rever sua posição. Se o argumento para não levá-lo era a imaturidade, hoje vimos que não merece ser levado a sério. No meu caso, já revi o meu voto, e Ganso seria o reserva imediato de Alex.

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Quanto a Neymar, ainda paira a dúvida. Acredito no talento do garoto a ponto de apostar uns R$23,50 que ele será, merecidamente, o atacante do Brasil na próxima Copa. Ainda não sei se jogando como segundo atacante ou como centro-avante. Contudo, seu comportamento dentro de campo, não apenas hoje, demonstrou que necessitará de muito acompanhamento psicológico. Levá-lo, significaria deixar fora da lista a Nilmar ou Robinho e, hoje, não sei se teria essa coragem. Talvez, isso sim, pudesse levar cinco atacantes. Se eu fosse Dunga estaria com a cabeça ardendo...

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Toda campanha ganha ou perde força na reta final. Ronaldinho, pelo visto, saiu de pauta. Então eu, daqui deste canto insignificante da imensa cadeia de formação de opiniões, grito aos berros em pró de Ronaldinho, que estimo como o grande atacante que sempre deve estar presente em uma seleção brasileira. Nós brasileiros merecemos, se não por justiça terrena, por caridade divina, contar sempre com um craque em nosso ataque e outro na armação do jogo. No mínimo. E se Dunga segue desouvindo os desígnios divinos, poderemos pagar caro tal ofensa.

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Roberto Carlos faz campanha por uma vaga na lateral direita. Como aqui no Brasil, mais que em qualquer outro lugar, valorizamos exageradamente ao jogador que faz gols, Roberto Carlos, com seus chutes de fora da área, vem subindo no ibope. Uma pena. Se o que se quer é um lateral que faça gols, melhor convocar um ponta esquerda para a posição.

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Se só marcando gols se consegue ser eleito, então deveriam estar em alta, tanto Thiago Motta, quanto Alex. Motta fez mais um hoje. E Alex segue com uma média de 1 gol ou assistência por partida. Outro quesito na preferência do eleitorado é a conquista de títulos. Lucas, assim, se deu mal. O Liverpool terminará esta temporada sem títulos e sem a vaga na próxima Liga dos Campeões. Quem poderia surpreender nessa reta final era o Fábio Simplício. Seu time, o modesto Palermo, tem tudo para conseguir a última vaga italiana na Liga dos Campeões. E Simplício é um dos principais jogadores da equipe.

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Estamos nos últimos dias de campanha. E, pelo visto, vale tudo. Juca Kfouori faz campanha para Neymar e, comentando o jogo de hoje, conseguiu afirmar que o santista não simula faltas. Como eu quero ver o Fenômeno na Copa, imitarei a conduta do Juca e afirmo o seguinte: Ronaldo está magrinho, correndo muito e dando passes preciosos. Se o gol não sai é por culpa do elenco, do treinador, do campo encharcado e do refletor que teimava em apagar na hora em que o craque tentava uma jogada.

O sábado na Europa.

Hoje pude ver inúmeros jogos interessantes. O Valencia garantiu uma vaga na próxima edição da liga de campeões, com três gols do gigante sérvio Zigic, um deles mal anulado. Mas quem merece ser lembrado é o volante argentino Ever Banega. Um jovem talentoso, muito mais do que Gago, que tem um futuro promissor e, quem sabe, uma vaga para esta copa do mundo. Sempre com a cabeça erguida, repartindo bons passes e iniciando sempre as jogadas do Valencia. O também argenino Tévez, contribuiu com a vitória do City e a possibilidade de disputar, assim como o Valência, a próxima liga dos campeões. Tévez continua o mesmo do Corinthians, muita velocidade e total entrega à partida. Poderia sim ser titular na Argentina, desde que Maradona consiga organizar um esquema em que se privilegie a velocidade do ataque.

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Na Itália, a Roma segue apertando a Inter. Totti demonstrou que ainda pode disputar uma copa. Particularmente espero que sim, pois a Itália com Totti jogando bem daria um salto de qualidade, passando a figurar entre as favoritas. A Roma venceu com um gol seu e uma bela assistência. Já o Milan, o péssimo time do Milan... o que dizer. Não consigo entender como um clube tão importante consegue estar tão mal planejado. Hoje pude ver que o responsável pelas contratações e renovações do Milan passou duas temporadas ou doente do coração ou da cabeça. Sempre lembrado por sua excelente linha defensiva formada por Tassoti, Baresi, Costacurta e Maldini, o Milan faz feio e apenas conta com o bom Thiago Silva. Zambrota, desde que foi traumatizado por ser, injustamente, reserva de Oleguer no Barcelona, não consegue repetir as boas atuações da Juventus, que o credenciaram como um dos melhores laterais do mundo na época. Favalli, que nunca foi bom lateral, atua como zagueiro. Nem preciso é dizer que é um péssimo zagueiro. Os jovens laterais Antonini e Abate são de dar náuseas. No meio, Ambrosini, que nunca foi bom, envelheceu e apodreceu. E no ataque, a troca de Gilardino por Borriello mostrou ser doença de cabeça mesmo. Salvam-se Seedorf, que consegue jogar bem um tempo, Pirlo, que continua distribuindo bem o jogo, os jovens Pato e Huntelaar, que seriam bons reservas, e Ronaldinho, indiscutivelmente o melhor, porém (creio que só eu vejo isso) mal posicionado.

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Ronaldinho tem todas as características de um atacante e deveria jogar como tal. O vejo jogando na mesma posição em que atua Totti, tanto pela Roma quanto pela Azzurra. Bem perto da área. Ronaldinho, apesar de tocar mais vezes na bola, se perde quando joga pela ponta esquerda. Se prejudica. Anotem o que digo: quando fisicamente Ronaldinho estiver mermado, jogará melhor, pois se posicionará na posição que agora vos falo. Ronaldinho é bom de cabeça, proteje bem a bola de costas, fazendo o pivô, dribla bem em espaços curtos e tem um excelente disparo. São características de um grande atacante de área ou segundo atacante. Por outro lado, quando atua mais recuado, apesar de seus passes brilhantes, se perde na imensidão das possibilidades. Por poder fazer qualquer coisa; driblar, lançar, virar o jogo, ele inúmeras vezes elege mal. Ou tarda um instante em decidir e o jogo deixa de fluir. Além disso, sua presença é tão forte em campo que todos o buscam, mesmo não sendo ele a melhor opção e o jogo deixa de fluir. E se joga aberto em uma ponta, fixo, todavía pior. Aí ele é mais facilmente marcado e, tanto seus dribles quanto seus lançamentos são menos produtivos do que quando atua pelo meio. Não que ele jogue mal quanto atua pela ponta, apenas deixa de ser o jogador brilhante que seria caso percorresse as proximidades da grande área. Talvez o maior erro foi compará-lo com Maradona. Melhor seria compará-lo com Puskas ou Bergkamp, que atuavam mais perto do gol.

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O Barcelona ganhou e passou o pepino para o Real Madrid. Nilmar teve duas chances no início da partida, uma sem goleiro e outra de cara com Valdés, para azedar a noite Barcelonista. Pecou Nilmar, mas não Xavi e Messi. Em mais uma noite inspirada dos dois melhores jogadores do setor, o Barcelona faz 4x1 no razoável time do Villareal. Xavi, como de costume, deixou Messi e Bojan de cara para o gol, além de fazer um bonito gol de falta. Completando a goleada, Messi, com muita tranquilidade, finaliza boa jogada de Alves pela lateral. Messi continua com a moral alta. Veremos se a imprensa sensacionalista espanhola seguirá assim, caso o Barça deixe escapar a Liga.

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O Bayern ganha fácil e praticamente confirma o título do Alemão, graças, também, a mais uma boa atuação do jovem volante Ozil, na vitória do Werder Bremen para cima do vice-líder Schalke.

De como a publicidade esvazia o sentido do futebol brasileiro.

A palavra da moda, como alertou Tostão, é 'garra'. A seleção de Dunga esbanja garra e vemos isso estampado em anúncios publicitários de diversas marcas. Ocorre que 'garra' é um atributo indispensável para todos os atletas. Não existe atleta, no verdadeiro sentido do termo, que não atue com garra. Principalmente atletas de elite. Esta vontade ininterrupta de vencer é característica de todos os esportistas, faz parte do ser atleta, do sentido de competir. O problema está em fazer disso, algo natural e indispensável, cartaz de um atleta ou grupo, esvaziando tudo mais que deve estar presente em um grande esportista. Tenham certeza de que todas as seleções entrarão na competição munidas de garra, contudo apenas as talentosas chegarão às finais. Assim, enfatizar a garra brasileira como diferencial, além de ser uma balela, esvazia o que o Brasil poderia ter de realmente diferente: o talento inigualável do futebolista brasileiro. Pelo visto, Dunga prefere abdicar desse talento, e seremos obrigados a ver uma seleção brasileira como outra qualquer.

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Não podemos negar que os publicitários brasileiros são os melhores do mundo. A partir do perfil do nosso treinador, traçaram uma fabulosa campanha de marketing, onde atletas são guerreiros a ponto de ir para o campo de batalha. E para o brasileiro, em geral, a copa do mundo é uma espécie de guerra, onde apenas a vitória interessa. Nenhum brasileiro sai contente quanto o brasil cai na final. Por um lado isso é bom, pois demonstra uma vontade em ser o melhor, contrariando o que, em outras esferas, é comum no povo brasileiro: o complexo de inferioridade. Por outro lado cai naquela velha conversa do 'vencer sem importar como'. Já é tempo de darmos um passo adiante, um passo em direção à nobreza, pelo menos no futebol. Deveríamos exigir de nós mesmos muito mais do que o simples, do que a simples vitória. Deveríamos exigir que se vença jogando com elegância. E que os anúncios publicitários exaltem o nosso futebol pelo que ele tem de melhor, pelo estilo e classe com que vencemos e não pela raça, qualidade prévia e comum a qualquer atleta.