Brasil X Holanda.

Enfim o Brasil jogou bem. Digo bem, mas poderia dizer regular. Em todo caso, prefiro dizer que jogou bem, para que não digam que eu sou pessimista, olho gordo ou pé-frio. Com Ramires em campo, no lugar do lesionado Felipe Melo (Deus me perdoe, mas espero que não melhore tão cedo), o time ganhou em movimentação, em passe, em ofensividade e criatividade. Talvez até defensivamente tenha ganhado, pois ao atacar e pressionar no campo do adversário, deixou poucas chances para o Chile tocar a bola e criar dificuldades para a defesa brasileira.

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Segundo o bom volante Vampeta, Ramires parece um pouco com ele, principalmente na disciplina tática. Vampeta, ao lado de Emerson em um programa na Bandeirantes, afirmou que ele nunca respeitou, nem entendeu nada sobre posicionamento tático. Seu jogo era defender quando podia e sair para o jogo sempre que percebia a possibilidade. Em muitos momentos vimos Ramires atuar por onde estava vazio, ora no ataque, ora na direita, ora na esquerda. E quando via um clarão, posicionava o corpo em direção ao gol e corria. Ramires joga como um menino peladeiro. Com isso, o Brasil deixou de ter um meio de campo estático. Ganhou em mobilidade e criatividade. Por mais que Ramires seja um jogador apenas regular, é a melhor opção que Dunga tem no banco, caso opte por jogar com três volantes.

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Daniel Alves, por fim, jogou bem. Também pouco comprometido táticamente, mostrou qualidade nos passes e muita mobilidade. Com Elano, o time ganha em categoria, mas com Daniel ganha em indisciplina. E volto a reafirmar, esta seleção precisa de indisciplinados. Precisa de jogadores que não escutem o que o treinador diz, pelo menos não inteiramente.

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Robinho e Luis Fabiano foram bem, mas muito aquém do esperado. Ambos oscilaram bons e maus momentos durante a partida. Kaká faz uma boa Copa e mesmo abaixo do que pode render é indispensável. Lúcio e Juan são os melhores, nenhuma seleção conta com uma excelente dupla de zagueiros. Com a ajuda de Gilberto Silva, o Brasil fica quase impenetrável. Maicon está bem e Michel Bastos conseguiu jogar melhor. Esperemos que continue assim.

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Contra a Holanda a coisa promete ser preta. Desde o início da Copa alerto sobre a forte equipe holandesa, para mim, a grande favorita ao título. Sneijder está comendo a bola. É o melhor jogador até o momento. Com a entrada de Robben, o time ganhou em imprevisibilidade. Robben deverá atuar pelo lado mais fraco do Brasil, a lateral esquerda, e promete dar trabalho. Uma pena para o espetáculo, mas uma sorte para o Brasil, é a fraca atuação de Van Persie. Eu, sendo treinador holandês, deixaria Van Persie no banco, jogando com Van der Vaart por um lado e Kuyt como centro-avante.

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O muito elogiado Ramires não jogará. Elano, que poderia ser a melhor opção, segue com dores e os torcedores brasileiros roem as unhas na expectativa de saber quem jogará no meio de campo. Eu, como já disse, daria entrada a Nilmar, passando a jogar com três atacantes. Dunda nunca fará isso. Caso queira manter o time com três volantes, a melhor opção seria a entrada de Gilberto como volante pela esquerda. Desta maneira o Brasil jogaria com Gilberto Silva no meio, Gilberto pela esquerda e Daniel pela direita. O time ficaria equilibrado, mas perderia a irresponsabilidade conseguida com Ramires. Gilberto também melhoraria o passe e a marcação. Infelizmente Dunga não convocou bem e eu não consigo pensar em nada melhor. A pior opção é a escolha de Josué ou o retorno de Felipe Melo. Agora só podemos esperar.

A Espanha segue como uma das favoritas.

A Espanha mereceu vencer Portugal. Jogou no ataque e conseguiu furar a retranca portuguesa. Mais um time ofensivo nas quartas de final.

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Del Bosque segue optando por Busquets no meio de campo. O que, para mim, é um erro que pode lhe valer a classificação para a final. Portugal não atacou, nem pressionou a saída de bola da Espanha, como fez o Chile. Caso a Espanha jogue contra um bom time que adote o esquema do Chile, deverá cair. Caso enfrente o Brasil das oitavas, a Holanda ou a Argentina, ficará mais evidente o erro que é jogar com Busquets.

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Ainda assim, mesmo com a falta de pressão portuguesa, dava para perceber que faltou um homem no meio de campo que se movimentasse pelas pontas. Como não havia este jogador, Fernando Torres abandonou o centro e jogou pela direita. Sem um jogador de referência na área portuguesa, ficou muito difícil sair o gol. É certo que Fernando Torres não está jogando nada, assim como Rooney e Cristiano Ronaldo.

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Com a entrada de Llorente, Del Bosque corrigiu a falha de posicionamento de Torres. Llorente jogou de costas para a defesa e fez muito bem o pivô. Muitos comentaristas desconhecem a valia de um homem forte, que saiba jogar de costas, para o bom funcionamento de um ataque, principalmente contra uma defesa bem postada e forte. Muitas vezes jogadores como Adriano ou Washington são mais importantes do que jogadores habilidosos. Quem se lembrar do grandalhão e desengonçado Koller saberá que, mesmo parecendo um grosso, existem jogadores que fazem o ataque funcionar, até quando não tocam na bola. Llorente fez bem o papel de pivô e quase fez um gol de cabeça. E não se surpreendam se Maradona optar por jogar com Palermo em uma eventual final contra o Brasil.

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A Espanha é ainda mais favorita contra o Paraguai depois da fraca exibição de nossos vizinhos no jogo contra o Japão. O Paraguai optou pelo chutão durante mais da metade da partida. Venceu nos penaltis, mas fez o pior jogo das oitavas, um dos piores da Copa.

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Casillas pode ser o vilão da Copa para a Espanha. Xavi e Iniesta controlam o meio de campo e Villa continua mostrando ao mundo que é muito melhor do que Torres. Agora, contratado pelo Barcelona, ganhará status de super-craque. Uma pena que só valorizamos a jogadores que atuam nos grandes times da Espanha, Inglaterra ou Itália. Jogadores como Juninho Pernambucano, Alex ou Riquelme nunca foram tratados como mereciam ser.

Motivos para deixar Busquets no banco.

Não só eu critico o uso de dois volantes defensivos na seleção Espanhola. Também Cruyf e Aragonés acham que a Espanha deveria voltar a utilizar apenas um. Claro está que este um tem que ser Xabi Alonso. No site da FIFA colhi algumas estatísticas para comprovar o que meus olhos já viam. Em uma comparação entre Busquets e Xabi Alonso, Alonso leva a melhor em tudo.

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1. Distância percorrida:

Xabi Alonso - 32,2Km

Busquets - 27,4Km

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2. Passes:

Xabi Alonso - 247 passes, 50 passes longos, sendo 39 certos.

Busquets ; 210 passes, 18 passes longos, sendo 15 certos.

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Roubadas de bola:

Xabi Alonso - 6 roubadas, sendo que em 4 delas saiu jogando.

Busquets - 3 roubadas, sendo que em 1 saiu jogando.

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Recuperações:

Xabi Alonso - 4 recuperações.

Busquets - 1 recuperação.

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Chutes:

Xabi Alonso - 4 chutes de fora da área, sendo um no travessão.

Busquets - 1 chute de dentro da área, nas mãos do goleiro.

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É certo que estatísticas não dizem muito, mas ajudam a demonstrar o óbvio. Busquets é um jogador limitado e deve ficar na reserva.

Josué por Felipe Melo.

Tive uma excelente notícia hoje, não jogará Felipe Melo. Logo pensei, Dunga será obrigado a colocar um jogador mais leve, quem sabe não entraria Nilmar e jogaríamos com três atacantes. Como sou tolo. Alguém me falou que entraria Gilberto. É, não estaria tão mal, imaginei. Como sou tolo. Agora há pouco senti uma pontada no coração: não jogando Melo, entrará Josué. Como está dolorosa esta Copa do Mundo...

Argentina X Alemanha.

A Argentina passou com certa facilidade pelo México. Apesar do gol irregular de Tévez, a Argentina foi superior e não encontraria problemas para vencer. Contudo, ficou à mostra que a Argentina depende de Messi. Já disse em resenhas anteriores que este time argentino não é bom, mas pode chegar longe por contar com o craque da Copa. Se Messi não jogar bem contra a Alemanha, não passará para as semi-finais.

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A Alemanha joga como o Santos, com volantes ofensivos, três atacantes e um meia-armador de grande categoria. Ozil se parece muito a Ganso no trato da bola e velocidade de raciocínio. A movimentação e liberdade dos volantes é a chave deste time. Tanto Schweinsteiger quanto Kedira chegam constantemente ao ataque, surpreendendo a defesa adversária. Ozil também chega em velocidade, fazendo a função de atacante. A Holanda precisa copiar esta movimentação.

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Assim como o Santos, a Alemanha tem uma defesa limitada. E assim como o Santos, encanta ver seu jogo. Pelo bem do futebol arte, torço para que chegue à final.

2010: Copa do "jogo bonito".

O espírito do "jogo bonito" puniu outro time burocrático, cegando o bandeirinha que não conseguiu ver o chute de Lampard entrando. Ainda bem, pois se terminasse empatado o jogo na primeira parte, a segunda prometia ser enfadonha. Como precisava, a Inglaterra teve que sair para o ataque. Pelo visto não estão acostumados a atacar, pois deixaram infantilmente a defesa exposta aos contra-ataques da Alemanha. Como gostaria de ver o Schweinsteiger jogando como frente de zaga do Brasil...

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A Inglaterra seguiu no marasmo da primeira fase e Rooney continuou apagado. Imagino que Rooney esteja jogando com infiltrações, pois está muito aquém do esperado, sem demonstrar o vigor físico que o caracteriza. Capelo não me escutou e deixou Joe Cole no banco, optando por jogar com quatro volantes no meio de campo. O time inglês é bom, talvez o melhor dos últimos tempos. Sentiu a ausência de Rio Ferdinand na defesa e de Rooney no ataque, mas foi mesmo punida pelo excesso de cautela. A equipe jogava engessada, como o Brasil. Mas, ao contrário do Brasil, não contava com o drible de Robinho e a solidez de Júlio César.

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Caso passem Holanda, Espanha e Chile para as quartas de final, o que não é impossível, todas as oito seleções classificadas jogarão para ataque. Gana seria a única seleção comedida. Mesmo que passe o Brasil, único bastião do "jogo prático" que restou, esta Copa já está marcada pelo espírito do "jogo bonito". E minha teoria da retranca cada vez mais se confirma.

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Nunca pensei dizer isso, mas como eu queria ver o Brasil jogando como a Alemanha. Imaginem um meio de campo como o alemão tendo a segurança de Júlio César, Maicon, Lúcio e Juan atrás... E o jovem Ozil, como parece com nosso jovem Ganso!

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Sempre torcerei para o Brasil ser campeão, mesmo com a razão dizendo que deveria torcer contra. Mas seria melhor que, ao invés de perder para a Holanda nas quartas, o Brasil caísse logo contra o Chile. Assim poderíamos abandonar de vez o modelo italiano de jogar futebol e retornar às nossas origens. Àquele estilo que tanto encantou o mundo. Ao novo e belo futebol que a Alemanha de Low optou jogar.

Uruguai X Gana.

Dois jogos equilibrados marcaram o primeiro dia das oitavas. O Uruguai venceu por contar com atacantes que sabem fazer gol. Gana, por pura fortuna.

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O primeiro confronto das quartas também será equilibrado, mas o Uruguai leva ligeira vantagem. Caso a fortuna não sorria outra vez para Gana, deverá passar às semi-finais a equipe com jogadores decisivos no ataque. Forlán está jogando tudo nesta Copa e Suárez demonstra que tem faro de gol.

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Na comparação, Uruguai precisa de menos oportunidades para balançar as redes, daí o leve favoritismo. A defesa uruguaia é boa e Fucile está em excelente forma. Na frente da zaga está o bom Diego Pérez. Falta ao Uruguai uma boa dupla de volantes, que saiba criar e fazer a bola chegar aos três jogadores do ataque. Por faltar criatividade no meio de campo, Forlán passou a jogar como meia-atacante, com a obrigação de municiar os outros dois atacantes.

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Com Gana passa o mesmo, faltam jogadores de armação no meio de campo e as jogadas acontecem ou num contra-ataque ou num chutão. O forte e bom Gyan fica isolado no ataque tentando arrancar petróleo de qualquer jogada. Contra os EUA deu certo e conseguiu marcar o gol da vitória. Se o Uruguai tem Forlán para ajudar o meio de campo, Gana não conta com ninguém.

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Os EUA deixaram o mundial pela porta da frente. Mostrou que tem talento no meio de campo. Faltou pontaria no ataque e precisão na defesa. A Coréia também pode ir para casa com a cabeça erguida. Assim como EUA, faltou um bom centro-avante para completar as boas jogadas do meio de campo.

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Em todo caso, Gana ou Uruguai terão a chance de disputar uma vaga na grande final e ser a maior zebra das últimas Copas. Desde 1962 não temos zebras numa final de Copa. Naquela ocasião, Chile, Iuguslávia, Tchecoslováquia e Brasil fizeram as semi-finais. Só o Brasil tinha sido primeira do grupo. E venceu a Tchecoslováquia por 3X1. Quem sabe não se repetem as zebras nesta Copa...

Uma Copa com 20 seleções.

Há muito tempo defendo a idéia de uma Copa do Mundo com menos equipes. É certo que a Copa deve captar seleções de todos os continentes, mas não é necessária a presença de tantas seleções. As últimas Copas provam que a diferença entre as equipes do segundo escalão europeu e as americanas, africanas e asiáticas é nehuma. Não podemos dizer que a Eslováquia é melhor do que a Austrália, por exemplo. Então, daria para diminuir o número de participantes europeus sem se perder o brilho da competição.

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Defendo um formato com quatro grupos de cinco seleções, onde as duas primeiras avançam para as quartas de final. Poderíamos dividir as vagas da seguinte forma: 7 vagas para a Europa, 6 vagas para as Américas (que poderiam disputar conjuntamente as eliminatórias), 4 vagas para a África e 3 para Ásia/Oceania.

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Com menos seleções, a primeira fase teria mais confrontos entre as favoritas, aumentando o nível da competição. Imaginem o grupo A com Brasil, Portugal, Costa do Marfim, Coréia do Sul e Uruguai, o grupo B com Argentina, Alemanha, EUA, Nigéria e Japão, o grupo C com Holanda, Espanha, Chile, Camarões e México, e o grupo D com Inglaterra, Itália, Gana, Austrália e México. Seguramente seria muito melhor.

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Defendo ainda uma União Esportiva entre países com um certo grau de irmandade e, ou, pouca tradição no futebol, por exemplo, uma seleção do Caribe, ou uma seleção dos Países Baixos, ou da Gran Bretanha, ou dos Balcãs, ou, ainda, da Costa do Ouro Africano (Gana, Togo, Costa do Marfim, Libéria, Serra Leoa, Guiné e Senegal).

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Desta forma a Copa do Mundo, além de contar com seleções mais fortes, promoveria o sentimento de amizade entre povos vizinhos, que estariam todos torcendo por uma seleção que representasse a confraternização entre eles. Já não é tempo de nacionalismos. E nada melhor do que o futebol para promover a irmandade entre os povos.

Seleção da primeira fase da Copa.

Deixo aqui a seleção dos melhores jogadores desta primeira fase.
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Stekelenburg (Holanda)
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Maicon (Brasil)
Lúcio (Brasil)
Terry (Inglaterra)
Fucile (Uruguai)
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Schweinsteiger (Alemanha)
Mesut Ozil (Alemanha)
Sneijder (Holanda)
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Messi (Argentina)
Fórlan (Uruguai)
Villa (Espanha)

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Grandes jogadores ainda não brilharam, como Rooney, Gerrard, Xavi, Kaká ou Ronaldo. Do Brasil, Júlio César não teve muitas chances de aparecer e Juan poderia até estar na lista. Já fiz a seleção antes da Copa, que foi muito diferente desta. Vamos ver a seleção ao término do mundial para podermos comparar.

Teoria da retranca.

A Copa é dos times ofensivos. Em todos os grupos, passaram os times mais ofensivos. E isto prova a minha teoria, não é o esquema defensivo ou ofensivo que faz com que um time vença uma partida, pois se pode vencer ou perder seja qual for a forma escolhida pelo treinador. E sendo assim, porque não optar pelo espetáculo, pela estética?

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No grupo A, com um bom time e um jogo retranqueiro, a França ficou de fora. Passaram dois times ofensivos, Uruguai e México.

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No grupo B, a sorte premiou ao ofensivo time da Coréia, deixando de fora os ultra-retranqueiros Nigéria e Grécia.

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Do Grupo C não se pode tirar nada. Passaram os melhores. Nenhum time pode ser considerado ofensivo e só a Eslovênia optou pela retranca. Em todo caso, não passou Eslovênia.

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No grupo D a Alemanha passou. É a única equipe ofensiva. A Sérvia era a mais retranqueira e ficou de fora. Austrália e Gana jogam como os EUA, nem tão atrás nem tão na frente.

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No grupo E, a burocrática seleção Camaronesa ficou de fora. A Dinamarca é mais ofensiva do que o Japão e ficou de fora, mas a Holanda conseguiu vencer os três jogos e passar com facilidade.

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No grupo F só Paraguai jogou pra frente, e passou. O espírito do jogo bonito puniu a Itália, pois é a seleção que sustenta o ideal do jogo retrancado.

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No grupo G todos jogam no contra-ataque. Passaram os melhores.

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No grupo H, a Suiça, apesar de vencer a Espanha aplicando a retranca, ficou de fora. Passaram os dois times que jogam mais bonito, Espanha e Chile.

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Apesar dos poucos gols, esta é a Copa das seleções ofensivas. Não vencendo o Brasil, um time com um futebol aberto será a vencedora. Eu aposto na Holanda.

Analise das oitavas.

Ao contrário de Tostão, eu apostei por todos os sulamericanos e por nenhum africano. Tostão acreditava que, por jogar com a torcida, os africanos passariam para as oitavas. Só Gana conseguiu passar. Eu apostei na Sérvia e me dei mal. Tostão também colocou a Nigéria como segunda do grupo, eu apostei na Dinamarca. Errei também com França e Itália, que coloquei como segunda do grupo. No mais, acertei todos os resultados. Fora o Brasil, que apostei que terminaria em segundo, e Inglaterra, que coloquei em primeiro, não errei mais nada. Nem todos concordarão, mas acho que estou no lucro. Todas as minhas favoritas passaram: Brasil, Espanha, Inglaterra e Holanda. E só a Inglaterra não passou em primeiro.

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A Espanha contou com duas falhas individuais para vencer o bom time do Chile. De quebra, ajudou o Brasil, desfalcando a zaga chilena. A Espanha, assim como o Brasil, não deveria jogar com Alonso e Busquets, basta um. Mas ao contrário do Brasil, a Espanha tem mais qualidade de passe e pressiona o adversário em seu campo. As vezes Busquets e Alonso se aproximam da área contrária. Villa mostra que está em forma e aproveita a bobeira do goleiro chileno para marcar um bonito gol. Inieta e Xavi dão classe ao meio de Campo. Torres, por outro lado, não está jogando nada. Contra Portugal, o jogo promete ser duro. Espero que Del Bosque deixe no banco um dos volantes e passe para a próxima fase.

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O Uruguai tem tudo para ser a surpresa da Copa, fazendo uma das semifinais.

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A Argentina deve passar com certa tranquilidade pelo México, que precisa formar um bom centro-avante para poder ter uma boa equipe na Copa de 2014.

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Entre a burocrática Inglaterra e a surpreendente Alemanha, acho que vai dar Inglaterra, mas torço para estar errado.

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Gana e EUA farão o pior jogo das oitavas. Qualquer pode passar. Donovan está muito bem e a balança pende para a sua equipe.

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A Holanda passa da fraca equipe da Eslováquia. Conseguindo passar pelo Brasil nas quartas, tem tudo para ser a Campeã.

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Acredito que o Paraguai chegará nas quartas, passando pelo Japão em um jogo de poucos gols. E quem sabe não surpreende Portugal/Espanha e chega nas semi-finais.

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Espero acertar pelo menos seis dos oito confrontos. E vou logo dizendo, não sou vidente e nunca conseguirei acertar todos os resultados de uma Copa. Se assim fosse, eu não estaria aqui escrevendo este blog, pois não iria querer dividir o prêmio da casa de apostas com ninguém. Como não existe um dream team do futebol, a sorte joga, e muito, em cada partida.

O Brasil de Dunga joga como o Brasil de Dunga.

Decepção. Esta é uma palavra que não deveria aparecer após os jogos do Brasil. Hoje contra Portugal ou quando enfrentou a Costa do Marfim, o jogo foi o mesmo. O resultado não. O Brasil joga para não perder e não perdeu. Por que falar em decepção?

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Não entendi o comentário de Dunga após a partida, afirmando que o Brasil buscou o gol o tempo todo, mas Portugal não queria jogar. Será que ele é maluco? Tanto Brasil quanto Portugal jogaram com quatro zagueiros, o lógico seria o 0x0. Felipe Melo e Gilberto Silva jogam tão distante da área adversária que sequer conseguem ver a cara do goleiro. Em nenhum momento existe uma marcação no campo do adversário e Lúcio é, dos quatro zagueiros, o mais ofensivo. Como dizer que o Brasil buscou o ataque?

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Julio Baptista não sabe jogar na posição de armador. Não jogando Kaká, o melhor é optar por Robinho mais recuado. Não podendo jogar Robinho, melhor seria escalar Gilberto. Insisto, o melhor seria jogar com Robinho, Nilmar e Luis Fabiano no ataque. Ou jogar com três zagueiros e liberando os laterais.

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O Brasil deverá passar pelo Chile e enfrentar a Holanda nas quartas. Eu aposto pela Holanda como uma das finalistas. É certo que ultimamente o Brasil vêm levando vantagem sobre a Holanda, mas jogando como está, com Gilberto Silva e Felipe Melo no meio, só com muita fortuna para conseguir a vitória.

Resumo da primeira metade.

Já conhecemos quatro dos oito confrontos da próxima fase. Eu, até agora, errei pouco. Apostei em Argentina e Coréia do Sul no grupo A, em França e Uruguai no B, em Alemanha e Sérvia no C e em Inglaterra e EUA no D. Errei feio com a França. Já com a Sérvia, me eximo de culpa. Contra Gana, um penalti infantil causou a derrota. E contra a Austrália, a culpa foi da Jabulani. Não é possível que se percam tantos gols se não for por culpa da bola. Este está sendo o mundial dos gols absurdamente perdidos.

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Em todo caso, ao analisar o grupo D afirmei que era o mais equilibrado, onde qualquer um, inclusive a Austrália, poderia passar. Após a goleada Alemã, muitos afirmaram que a Alemanha era a favorita ao título, eu continuei dizendo que esta Alemanha tem como maior virtude a ousadia ofensiva, mas carece de bons jogadores em posições cruciais, como no ataque e na defesa. Dois jogadores merecem destaque na seleção Alemã, o volante Schweinsteiger e o meia Ozil. O primeiro, ao passar a jogar na frente da zaga, descobriu sua posição e, hoje, pode ser considerado o melhor volante defensivo da Copa. Como seria bom vê-lo jogar ao lado de Ballack. Já o jovem Ozil merece o título de revelação da Copa. Ele tem tudo para se transformar em um craque, falta maturidade e gol. Fiquemos de olho nesta pérola do futebol europeu.

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A Inglaterra e Rooney ainda não se encontraram na Copa. Insisto em que Joe Cole deve ser o titular, pois falta drible nesta boa, mas engessada Inglaterra. Defensivamente a Inglaterra não tem problemas e, enfim, Gerrard jogou bem. Sem brilho, como todos os times de Capelo, a Inglaterra ainda é, para mim, uma das favoritas ao título. Acredito que passará da Alemanha nas oitavas e eliminará a Argentina nas quartas. Esperemos que Rooney melhore nas próximas partidas.

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A Argentina joga bem e consegue esconder seus graves defeitos. O time é bastante limitado e, como disse antes da Copa, só será campeão se Messi for genial em todos os jogos. Basta um jogo ruim de Messi para a Argentina afundar. Começando de trás, o goleiro é um dos piores do torneio, mas ainda não foi testado. Os quatro zagueiros são ruins. Samuel, com cartaz de bom zagueiro, é limitadíssimo e lento. Ao lado de Lúcio, Maicon e Zanetti, suas deficientes passam despercebidas, mas ao lado de Heinze, Demicheles e Gutierrez não passará. Mascherano é o cão de guarda da fraca defesa, mas não pode estar em todos os lugares ao mesmo tempo. No meio de campo, Verón é o "cara". Sem ele a Argentina é só correria. E o tão exaltado ataque Argentino é, não se enganem, muito modesto. O jogador mais promissor, porém ainda imaturo, é Aguero. Hinguain vive uma boa fase, é o seu ano de artilheiro, mas não é um fora de série. Milito é tão bom quanto foi Kléber Pereira, mas inferior a Luis Fabiano, Forlán ou Rooney. Em suma, a Argentina tem um time regular e um craque. É possível passar pela Inglaterra, mas se neste dia Messi não jogar bem...

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O Uruguai tem tudo para ser a surpresa desta Copa, fazendo um semi-final. Ao terminar em primeiro em seu grupo e Inglaterra em segundo do D, o Uruguai só enfrentará equipes modestas. Nas oitavas terá pela frente a bem organizada seleção coreana. Acredito que o jogo será aberto, com muitas chances para ambos lados. Como a Jabulani está queimando nos pés dos atacantes, o fato de o Uruguai contar com dois artilheiros fará com que a balança pese a seu favor. Nas quartas enfrentará EUA ou Gana, que não são bons times. Eu aposto nos EUA contra o Uruguai.

Espanha insiste no erro.

A Espanha ganhou da fraca equipe de Honduras e só depende de si para avançar à próxima fase, mas, ao contrário da maioria, continuo me sentindo traído. Me prometeram alegria e só o que vejo é um plágio da seleção brasileira, que venho criticando e criticando. Del Bosque insiste em jogar com Busquets e Xabi Alonso na frente da zaga, abdicando da qualidade incomparável do meio de campo da Eurocopa. O próprio Xabi Alonso é menos técnico e hábil que Marcos Senna. E Busquets é a versão piorada de Felipe Melo. Xavi joga mais perto dos atacantes, posição ideal para o meia do Barça. E, contra Honduras, Villa atuou bem aberto na esquerda.

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Del Bosque parece querer copiar o esquema da moda em meia Europa, com um ponta de cada lado, como faz a Holanda. Ocorre que como seus melhores jogadores são meias e não extremos, esta não seria a melhor armação. A Espanha deve voltar a atuar como na Eurocopa, com Xabi Alonso na vaga de Senna. Iniesta é o mais indicado a jogar mais recuado. Xavi como meia-armador e Silva como meia-atacante, caindo ora por uma banda, ora por outra.

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Ao abdicar do estilo que custou tanto para conquistar, a Espanha abdica de deixar a sua marca, de surpreender e encantar. Assim como fez o Barcelona, a Espanha começa a temer demais a derrota e busca se precaver exageradamente.

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O jogo contra o Chile promete ser um bom jogo. Primeiro porque a Espanha precisa vencer, segundo porque o Chile não sabe defender. A derrota espanhola para a Suiça pode custar a classificação do Chile para a próxima fase. Esperemos que Honduras consiga marcar seu primeiro ponto e tanto Chile quanto Espanha passem à próxima fase.

Efetividade enganosa.

O Brasil venceu por uma boa diferença de gols. Todos saíram satisfeitos, menos eu. O jogo foi como esperava, truncado e com poucas chances de gols. Os placar não condiz com o jogo. O Brasil teve quatro chances e marcou três gols, uma efetividade que nem Dunga esperava. Por ironia, a única boa jogada criada pelo Brasil foi o gol perdido por Kaká. Os gols foram decorrências de jogadas individuais de Kaká e Luis Fabiano. Dunga sorriu, o Brasil inteiro sorriu, menos eu, que continuo preferindo que o Brasil crie mais, arrisque mais e jogue mais solto, mesmo que com isso sofra mais gols. A vitória brasileira por 3X1 fará com que Dunga continue optando por jogar com Gilberto Silva e Felipe Melo no meio de campo. Uma pena.

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Aparte o sistema defensivo definido por Dunga, o Brasil foi excelente. Quem estava incumbido de marcar, marcou. Quem tinha a função de fazer gols, fez. Melhor que isso, impossível. Felipe Melo não criou nada, mas defendeu bem, como um touro. Gilberto Silva, Lúcio e Juan, idem. Luis Fabiano foi impecável. Kaká correu como nos bons tempos e Robinho se movimentou como sempre. Negativamente só a atuação de Michel Bastos, que não acrescentou nem na defesa nem no ataque. É certo que Costa do Marfim tem um ataque muito pesado, sem jogadores habilidosos, como nosso Robinho.

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Volto a repetir, o jogo saiu como Dunga esperava, mas isso não significa que continuar a jogar assim é o mellhor para o Brasil. Eu optaria por jogar com Nilmar, Robinho e Luis Fabiano, entrando Nilmar no lugar de Felipe Melo.

Jogos de domingo.

Nada melhor do que ter uma Nova Zelândia ou uma Coréia do Norte no grupo para levantar a moral. A Itália deve vencer com facilidade e fazer com que a imprensa a coloque entre as favoritas ao título. Facilidade não significa elasticidade. Eu, cá comigo, ainda acharei a Itália uma equipe do segundo escalão, sem nenhum bom jogador no ataque. Que falta faz o Totti, mesmo aleijado e mal humorado. Pirlo deve retornar ao time, dando mais qualidade ao meio de campo. Pirlo, De Rossi e Montolivo formariam um bom meio de campo se, junto a eles, atuasse um bom meia, um Sneijder por exemplo. Ainda assim, faltaria um bom atacante para ser considerada favorita.

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Paraguai precisa buscar a vitória e garantir a classificação. A Eslováquia é um dos piores times da competição, apenas Hamsik pode ser considerado um bom jogador. Uma vitória com três gols seria ainda melhor, pois ficar em primeiro do grupo pode significar não enfrentar a Holanda nas oitavas. Oscar Cardozo e Jonathan Santana, para mim, deveriam começar jogando, trazendo o bom Lucas Barrios para a posição de meia-atacante. Contra a Itália era compreensível a cautela, mas nos próximos dois confrontos a ousadia será premiada.

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Brasil e Costa do Marfim prometem um jogo duro. Caso o Brasil repita a escalação e postura dos últimos anos, o que é bastante provável, eu aposto em um empate, possivelmente sem gols. O que deixaria ambos treinadores satisfeitos. Volto a lembrar, a vitória magra contra a Coréia pode custar a primeira posição para o Brasil e um empate amanhã pode custar a vaga para a próxima fase. É preciso ousar mais, pois não vale de nada terminar a Copa invicto, jogando feio e eliminado. Eu já dei a minha opção tática ao treinador, mas sei que ela nunca será acatada, mas a entrada de Daniel Alves no lugar de Felipe Melo, pelo menos isso, já fará uma grande diferença.

A maior decepção da Copa.

A Inglaterra é, para mim, a maior decepção da Copa. Um bom psicólogo precisa desembarcar na concentração inglesa. O time é bom e, ao contrário da França, está bem treinado. Tem jogadores talentosos e uma forte marcação. Rooney é um dos melhores centro-avantes em atividade. Tudo isso parece corroborar com a idéia de que terminar em primeiro do grupo não é mais do que a obrigação. Mas parece que o clima sulafricano, a comida ou o sentimento de culpa por ter explorado durante séculos o probre continente está fazendo com que bons jogadores errem fundamentos simples.

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Gerrard, o melhor volante da atualidade, erra passes infantis, deixa que lhe tirem a bola como de uma criança e chuta tão mal quanto Robinho. Todos nós sabemos que os chutes de fora da área de Gerrard são mais letais do que um pênalti batido por Felipe Melo. Lampard, mais recuado que o companheiro, também não joga bem. Até o momento nenhum chute dentro do gol. E Rooney, mais vigoroso e impetuoso que o próprio Lúcio, não entra em nenhuma dividida, dando sinais de que, ou está lesionado ou a minha teoria do sentimento de culpa está correta.

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Algo de inexplicável passa com a Inglaterra. Ninguém esperava que a Inglaterra jogasse bonito, pois nenhuma equipe de Capelo joga assim, mas todos estávamos esperando que fosse convincente em cada jogo.

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As únicas críticas que posso fazer ao treinador agora são, primeiro, a ausência de Joe Cole em detrimento do jovem Lennon, e segundo, a eleição de Emile Heskey como companheiro de Rooney. É certo que a Inglaterra carece de bons atacantes, mas eu optaria pelo esquisito Peter Crouch, que pode fazer bem o pivô e dar opções para os cruzamentos. Outra possibilidade seria a entrada de Joe Cole por uma banda, passando a Inglaterra a atuar com dois pontas abertos em cada lado.

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No último jogo a Argélia não fez uma brilhante partida, apesar de trocar bem os passes. Ao longo do segundo tempo, Capelo fez as alterações que devia. Em suma, a culpa pelo empate foi, exclusivamente, dos jogadores ingleses. É preciso acordar, pois nunca a Inglaterra chegou com tantas possibilidades de vencer uma Copa como agora, nem mesmo em 66 quando levantou o trofeu.

Holanda X Japão.

A Holanda teve dificuldades para vencer o Japão, que jogou com, pelo menos, treze jogadores em campo. Como são todos iguais, a maracutaia passou despercebida. O certo é que sempre que um holandês pegava na bola, dois japoneses chegavam junto.

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Ainda que jogasse com inferioridade numérica, a Holanda tinha obrigação de vencer com mais tranquilidade. Assim como no primeiro jogo, faltou movimentação dos jogadores de ataque. Sneijder, Van der Vaart, Kuyt e Van Persie precisam inverter posições, e Van Bommel chegar de surpresa ao ataque. Aparentemente, a Holanda está jogando o feijão com arroz. Individualmente, Van Persie está muito aquém do esperado e, em tendo que sair alguém para a entrada de Robben, eu o tiraria do time, deslocando Kuyt para a posição de centro-avante.

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A Holanda ainda não jogou contra nenhuma equipe que ponha em risco a sua defesa, mas, ao contrário do que pensa a maioria dos comentaristas, a Holanda não defende mal. De Jong é um dos melhores volantes defensivos da competição e os quatro defensores, se não são brilhantes, são equilibrados. Repito, a Holanda deve chegar muito longe nesta Copa.

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Quanto ao Japão, só a sorte pode fazer com que se classifique. O time defende bem, mas precisará atacar para se classificar. O habilidoso Honda precisaria de mais ajuda no ataque. Tudo indica que não terá muitas oportunidades para vencer a Dinamarca, que, mesmo com uma defesa fraquíssima, conta com um bom toque de bola e uma boa dupla de atacantes. Espero um jogo de muitos gols. Como disse na prévia da Copa, Japão, Dinamarca e Nigéria são parelhas e a fortuna pode decidir quem passará em segundo.

Alemanha X Sérvia.

Como disse (dias 12 e 13 de junho), o grupo D é o mais equilibrado desta Copa. Não se surpreendam se a Austrália vencer Gana amanhã e embolar de vez o grupo. Antes da Copa começar, apostei em Alemanha, primeira colocada, e Sérvia em segundo, mas uma mão infantil do meia Kuzmanovic acabou dando a vitória a Gana. Hoje, o veterano e bom Vidic também quis estragar a minha previsão, mas Podolsky me deu uma mãozinha.

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Disse anteriormente que a Alemanha tem um time mediano, mas a forma de jogar traria bons frutos. Joachim Low vem demonstrando ser um dos melhores treinadores da atualidade. Se tem em mãos um time fraco defensivamente, optou por atacar. E a Alemanha joga bonito até quando perde. Falta um craque no ataque, pois Klose não parece ser o mesmo e Podolsky sofre do mesmo problema de Robinho, falta de pontaria. A grande revelação deste mundial o meia Mesut Ozil, com grande visão de jogo e excelentes passes. Tudo indica que, assim como a Argentina, na próxima Copa a Alemanha terá um time para disputar o título. Espero que Low siga comandando os alemães por mais quatro anos.

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A Sérvia tem um bom time e se não fosse pela infantil derrota no jogo contra Gana poderia estar com a mão na primeira colocação do grupo. Hoje, precisando vencer, foi mais ousada e conseguiu surpreender. É certo que no segundo tempo voltou a atuar na retranca e contou com a sorte para sair vitoriosa. Queria muito ver Brasil, Argentina e Uruguai numa semi-final com a Holanda, mas sei que é muito complicado isso acontecer.

Escola de Treinadores do Professor Parreira.

Raymond Domenech fez o curso de treinadores do professor Carlos Alberto Parreira e foi aprovado com louvor. Aprendeu tudo direitinho. Viu a eliminação do Brasil em 2006 e quis repetir seu mestre.

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A França foi mal escalada, jogava engessada com quatro volantes no meio de campo e apenas um atacante. Terminou o primeiro tempo (assim como o jogo do Brasil em 2006) com o México criando e pressionando a equipe de Domenech (ou era o próprio Parreira que estava lá...). Entra o segundo tempo e... nada. Nenhuma modificação. Gourcuff, Henry, Cissé estavam no aquecimento, mas Raymond passava tranquilidade e nada fazia. Será que esta tranquilidade não era, na verdade, crise de pânico...

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No intervalo Domenech faz uma substituição ousada, sai Anelka e entra Gignac, ou seja, troca seis por meia dúzia, entra um atacante no lugar de outro. A França sofre o esperado gol mexicano e... nada. Domenech continua sem nada fazer. (Lembrem-se da conduta de Parreira na Copa passada e notem a similitude). Aos 25 minutos do segundo tempo, exatos 15 minutos d primeiro gol mexicano e 7 minutos do segundo, Domenech faz outra alteração sem sentido, tira Govou, o mais ofensivo dos volantes franceses, para a entrada do meia Valbuena. Enquanto isso, Aguirre já havia gastado as suas três substituições, todas buscando o ataque.

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Termina o jogo e a França ainda tinha uma substituição por fazer. Será que Domenech achou que o time estava jogando bem ou a minha teoria da síndrome do pânico estava correta...

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O resultado do jogo serviu para apoiar a minha teoria de que se pode vencer ou perder jogando no ataque, mas é muito menos doloroso quando se perde atacando. Repito, a França tem um forte elenco, mas falta treinador. Falta ousadia, falta um toque de imaturidade, falta escolher um treinador filho de imigrantes que não carregue em sí toda a amargura que o Francês cansado carrega em seus ombros.

Depois da goleada, a Argentina assume o ranking de favoritas ao título. Eu, cá comigo, ainda acho que a Argentina sairá nas quartas. A Argentina tem bons jogadores, mas falta um organizador, falta Riquelme. Higuaín, apesar dos três gols, é um jogador mediano. Messi é um craque, mas é obrigado a recuar demais por faltar quem conduza o meio de campo argentino. Ele é o melhor do mundo jogando como atacante. Nesta posição Messi joga bem, mas não é tão letal. A defesa preocupa. Em suma, a Argentina tem um bom time, mas para ser campeã precisará que Messi jogue mais do que Maradona em 86.

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Eu apostaria em Aguero como titular no ataque. E rezaria para Verón retornar ao time. A Argentina encontrará muita dificuldade quando enfrente uma seleção melhor, que conte com bons atacantes e uma defesa sólida. Mas mesmo saindo nas quartas, a Argentina pode sair de cabeça erguida, pois está proporcionando raros momentos de espetáculo em um mundial tão enfadonho.

Jogos de amanhã.

Amanhã devemos ver uma partida melhor da França. Continuo afirmando, a França tem melhor ou igual elenco do que muitas das favoritas, falta treinador. Contra o México, talvez consiga descobrir como é a melhor formação, descobrir um estilo. Vale lembrar que a França estreou contra o bom Uruguai do excelente Forlán.

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Argentina e Coréia do Sul deverão fazer um jogo aberto. Não jogará Verón e Maradona não tem ninguém para substituí-lo. Se pelo menos Cambiasso tivesse sido chamado... Di Maria não jogou nada no primeiro jogo. Vamos esperar que melhore ou que fique no banco. A Coréia demonstrou que está bem treinada e é muito veloz. Contra os lentos Samuel, Demichelis e Heinze pode acontecer de sair alguns gols para a Coréia. Vale a pena ver esse jogo.

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O que não vale a pena é deixar de lado as palavras cruzadas para assistir a Nigéria e Grécia. O jogo promete ser um dos piores da competição, mesmo as duas seleções tendo obrigação de vencer para continuar sonhando.

O erro "Busquets".

Depois da derrota espanhola, os aproveitadores de plantão dirão que a Espanha sempre amarelou em mundiais, que isso ou aquilo. É verdade que em outras Copas, a Espanha apareceu injustamente como favorita. Alguns jogadores espanhóis conseguem uma notoriedade muito acima do futebol apresentado, ainda mais se são madridistas. Helguera já foi considerado um dos melhores zagueiros do mundo. Guardiola foi tido por gênial. Kiko teve os mesmos elogios de Van Basten. E Michel Salgado...

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Nesta seleção também existe isso. Sergio Ramos já foi comparado a Maldini quando, na verdade, não passa de um bom cabeceador com excelente preparo físico, que toma dribles até do desengonçado Koller. Piqué é considerado, por muitos, melhor zagueiro do que Lúcio, quando na verdade defende pouco, apesar da classe. Casillas rebota todas as bolas que vão para o gol, mas figura na lista dos cinco melhores do mundo. E Busquets é considerado um bom centrocampista, quando não passa de um zagueiro medíocre.

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Por outro lado, Xavi é o melhor jogador espanhol dos últimos 40 anos, senão de todos os tempos. Iniesta e Silva são excelentes meias. Torres e Villa formam uma das melhores duplas atacantes da Copa. Cesc Fábregas um bom reserva. Xabi Alonso um bom volante. E Puyol é, indiscutívelmente, o melhor zagueiro que a Espanha já teve. Hierro era o que hoje é Piqué, um zagueiro técnico, que marca gols, que não erra passes, mas que não defende (ofício primeiro de um zagueiro) metade do que defende o cabeludo Puyol. Em suma, esta é a melhor Espanha que já pisou um gramado. Com algumas carências, é verdade, mas uma ótima seleção.

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Então algo saiu errado contra a defensiva Suiça. E o principal erro que percebi foi a eleição de Busquets para o lugar de Fernando Torres. Ao jogar a Espanha com um frente de zaga no lugar de um atacante, optou por isolar Villa no meio dos gigantes alpinos. Isolado e sem jogar bem, Villa não conseguiu oferecer perigo. A Suíça não atacava, mal contra-atacava, então era desnecessária a presença do fraco Busquets na contenção. Em seu lugar, Del Bosque deveria ter escalado mais um atacante de área. Se Torres não tinha condições, que entrasse Llorente. Mas Del Bosque esperou sofrer o gol para pensar em mudança. Então faltou tempo...

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Individualmente, Iniesta jogou uma barbaridade. Villa e Torres estavam mal. O jogo foi bom, com não poucas chances. A derrota pode até ter sido boa para a Espanha, que não trará mais o peso de ser a favorita do mundial. Continuo achando que a Holanda tem melhor time e mais chances de se sagrar campeã, mas esta derrota não tira o brilho da excelente seleção espanhola. A Espanha pecou por optar jogar com um frente de zaga e apenas um atacante contra uma seleção que não queria jogar. Para os próximos jogos seria bom que Busquets ficasse de fora, pois ele acaba destoando do bom meio campo espanhol. Que apenas Guardiola siga acreditando que ele é um craque...

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Ainda aposto pela classificação da Espanha. Com a derrota da Espanha, o bom e ofensivo Chile está obrigado a vencer a Suiça. A Suiça seguirá jogando pelo empate e, agora mais do que nunca, será muito difícil a tarefa dos nossos vizinhos. Difícil, mas não impossível.

Uma alternativa para o Brasil.

Com os jogadores atuais, uma alternativa para o jogo do Brasil seria jogar com três atacantes. No decorrer da partida, a entrada de Gilberto no meio de campo seria a principal alteração, ou no lugar de Daniel Alves, ou no de Gilberto Silva. Ficaria assim:

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Chile X Honduras.

Chile e Honduras tem tudo para fazer um bom jogo, com muitos gols. O Chile, principalmente, deve controlar o ritmo do jogo, e como joga não sabe jogar de outra forma que não atacando, deveremos ver grandes jogadas. Fiquemos de olho no jovem Matías Fernandes, que pode, enfim, aflorar para o mundo. Qualidade o garoto tem, mas falta a confiança natural dos vencedores. No ataque conta ainda com os bons Alexis Sánchez, Humberto Suazo e Jean Beausejour. Todos os brasileiros defendem a titularidade de Valdívia, mas o mago deverá mesmo ficar no banco.

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Do lado de Honduras, seu melhor jogador, o também Suazo, pode não estar em campo. Outro desfalque de peso, caso seja confirmado, é o do bom De León. Esperemos que estejam ambos em campo.

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No grupo H acredito que Espanha e Chile estarão classificados.

Pedindo socorro.

Uma das favoritas estréia amanhã, a Espanha. Jogará contra uma seleção boa e defensiva, a Suiça. Será que o jogo será tão chato quanto o do Brasil... Duvido. Torcer para a Espanha jogar bem é torcer pelo resgate do futebol brasileiro, pois ela é a que mais se assemelha ao estilo natural do futebol brasileiro, que vem sendo esquecido desde a Copa de 90. Nós brasileiros estamos nos traindo quando aceitamos que o resultado é mais importante do que o próprio jogo. E se continuarmos insistindo nesta traição, poderemos cair reféns de nossa própria falsidade. E o que hoje é falsificado passará a nos parecer sincero. Torcer pela Espanha é, em suma, um pedido de socorro.

Vuvuzelas.

Depois do jogo do Brasil estava eu extremamente irritado. Não sei quanto da minha irritação foi devida à péssima qualidade do jogo, mas sei que a maior parte foi por conta do chiado constante das tais vuvuzelas.
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Estou terminantemente convencido de que se essas vuvuzelas fossem parte da cultura Canadense, seria proibido, mas como o medo sermos taxados de politicamente incorreto ou de racistas é enorme nos dias atuais, essa barbaridade sanitária passa impune.

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Seja em lugar de preto, branco, vermelho ou amarelo. Seja em um país rico, pobre ou remediado. Seja de maioria alta, baixa, calva ou barriguda. Devemos ter um mínimo de bom senso. Será que só eu acho que essas vuvuzelas devem ser proibidas...

Deu a lógica.

Brasil ganha apertado da fraca Coréia do Norte. Sem um meio de campo de toque e criatividade o Brasil não conseguirá jogar bem contra times que se defendem. O gol da Coréia do Norte foi um castigo, ou um aviso...

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Kaká está mal. Robinho jogou bem, mas o pé não está na forma. Maicon bem. Lúcio e Juan, bem. Gilberto Silva (no seu ofício) bem. Luis Fabiano apagado. Felipe Melo, repito, tem que ir para a reserva. Elano pouco acrescentou.

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O resultado faz com que a Costa do Marfim só precise de um empate contra o Brasil para se classificar. Jogará fechada. Se Dunga repete a formação será um crime. Um empate contra a Costa do Marfim obriga o Brasil a vencer Portugal, que jogará pelo empate no último jogo. Será difícil. Disse e repito, um resultado inferior a 4x0 contra a Coréia é um péssimo resultado. O que dizer de um 2x1...

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Dunga está obrigado a mudar, mas não fará. Será coerência ou burrice...

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Com o elenco que temos, melhor seria jogar com Nilmar, Robinho e Luis Fabiano juntos. Com Kaká na meia-ponta e Daniel (ou Gilberto) ao lado de Gilberto Silva. Talvez o empate contra a Costa do Marfim acabe obrigando Dunga a armar melhor o time.

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Disse e repito, se pode ganhar ou perder uma Copa jogando no contra-ataque, mas é infinitamente melhor tentar vencer jogando com alegria.

Estréia o Brasil.

Amanhã teremos o outro jogo grupo F e os dois jogos do grupo G. A Eslováquia não deve ter dificuldades para vencer o time amador da Nova Zelândia. A Eslováquia tem um time modesto, mas profissional. Marek Hamsík é um centrocampista com qualidade. Também devemos observar ao jovem Vladimír Weiss, filho de Vladimir Weiss, atual treinador e ex-jogador da Tchecoslovávia (Copa de 90) e neto de Vladimír Weiss, vice campeão das Olimpíadas de 1964.

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Costa do Marfim é a melhor seleção africana da competição e pode sim passar para a próxima fase, inclusive em primeiro. Tem um dos melhores zagueiros da Copa, Kolo Touré, e uma excelente dupla atacante, Drogba e Kalou. No meio de campo estão três bons volantes defensivos. As duas laterais são eficientes. O que mais preocupa é o goleiro Barry e a falta de um meia habilidoso. Caso consiga vencer Portugal amanhã, deverá passar em primeiro no grupo, pois não será difícil empatar com o Brasil e golear a Coréia do Norte no último jogo.

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Mas Portugal conta com um dos melhores centrocampistas da Copa, Deco, que ao lado de Simão formará uma das melhores duplas de meias da competição. A zaga é segura e Pepe, jogando como frente de zaga, dá mais segurança ao setor. Os laterais Bosingwa e Miguel não atravessam uma boa fase e falta um bom atacante para formar dupla com Cristiano Ronaldo. Deveremos ver amanhã um jogo travado e com poucos ou nenhum gol. Minha intuição diz que Portugal passará em primeiro do grupo.

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Hoje não tenho muito para falar sobre o Brasil. Não escalaria Felipe Melo e acredito mesmo que ele perderá a posição de titular já no segundo confronto. O Brasil precisa golear, pois a falta de gols pode empurrar o Brasil para a segunda posição. Se alguém brilhar no Brasil, será Robinho.

Resenha do dia.

Holanda.

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A Holanda ganhou com tranquilidade, mas não jogou o que sabe. Individualmente podemos destacar as atuações de Van Persie e De Jong. O primeiro não jogou nada. Absolutamente nada. O segundo jogou muito e dominou o centro do campo. De Jong é um dos melhores médios defensivos desta Copa. Van Persie é um dos melhores do mundo, mas sentiu a estréia e perdeu chances imperdíveis para alguém de sua categoria. Deveria ter sido substituído no início da segunda etapa.

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No que se refere ao posicionamento e movimentação da equipe, acho que se pode melhorar bastante. Primeiro, Van Bommel poderia ter arrancado mais vezes durante a partida. Segundo, Sneijder e Van der Vaart deveriam ter alternado posições entre sí, ora como meia-armador, ora como meia-atacante. E, principalmente, Kuyt e Van Persie deveriam trocar constantemente de posição. Kuyt passou, enquanto Van Persie estava em campo, todo o tempo como um ponta direita. E Van Persie esteve sempre dentro da área. É sabido que Kuyt é um bom finalizador e cabeceador, podendo exercer a função de centro-avante com tranquilidade. E Van Persie um jogador extremamente habilidoso, capaz de jogar como ponta.

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Fora isso, vimos uma Holanda com passes rápidos e alternativas no banco. As jovens promessas que entraram na partida devem ser usadas frequentemente. Além dos dois, a Holanda ainda conta com Robben. Veremos quem sairá para a entrada do bom atacante do Bayern.

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Japão e Camarões.

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Jogo feio. Nenhum dos dois merece passar de fase. E o jogo não merece mais de uma linha de comentário.

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Itália e Paraguai.

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Falta um jogador criativo no meio de campo italiano e um Roberto Baggio no ataque. Previsível é a melhor definição para esta seleção. Gostei de não ver Gatuso em campo, mas continuo afirmando que esta é, talvez, a pior seleção que a Itália já enviou para um mundial. A Itália sempre jogou feio, é verdade, mas sempre contou com pelo menos um craque no setor ofensivo. A defesa vai bem. Cannavaro ainda joga bem e Chiellini é um dos melhores do mundo. Mas isso é pouco para a Itália. A Itália deve se classificar, mas dificilmente passará das quartas.

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O Paraguai jogou pelo resultado. Sabe da inferioridade e preferiu não arriscar. Acredito que o melhor para o Paraguai seria jogar com Lucas Barrios como meia-atacante e Cardozo e Valdez no ataque. Um esquema como o da seleção de Dunga cairia bem para o Paraguai. Individualmente podemos destacar a atuação de Morel Rodríguez, lateral esquerdo do Boca. Acredito que o Paraguai tem boas chances de fazer bonito neste mundial.

Paraguai X Itália.

Amanhã estréia a sempre candidata ao título, Itália. Pirlo, seu melhor jogador, não joga. O limitado, mas criativo, Montolivo deve ser seu substituto. Parece que jogará Gatuso, uma pena para a Itália, pois ela deveria se espelhar na Alemanha e jogar sem um frente de zaga. Como sempre, a Itália tem um bom goleiro e uma forte dupla de zaga. Buffon continua sendo um dos melhores do mundo e Chiellini e Canavaro formam uma das melhores duplas da competição. De Rossi precisa tomar o mando da equipe e no ataque, a Azurra precisa que Di Natale e Gilardino mantenham a boa fase do Calcio.

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Jogando Gatuso eu aposto em um empate. Apostaria na vitória do Paraguai, mas as notícias que correm são de que Cardozo, o melhor atacante paraguaio, não jogará. Caso a Itália opte por escalar apenas volantes com qualidade de passe, coisa pouco provável, aposto na Itália.

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Não posso dizer que o time da Itália é ruim, mas não está entre os favoritos. E posso sim afirmar que este é um dos piores times que a Itália já enviou para um mundial. Não entendi o motivo da ausência de Totti que, mesmo velho, continua sendo o melhor atacante italiano em atividade.

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Acredito que tanto o Paraguai quanto a Itália irão se classificar e este jogo poderá definir quem ficará em primeiro.

Grupo E.

Hoje todos ficaram empolgados com a boa atuação da Alemanha. Disse na prévia que esta seria a Alemanha mais ofensiva de todos os tempos, e assim foi. Imaginei que a Austrália marcaria gols, e assim não foi. Errei mesmo foi no resultado da Sérvia. O placar eu acertei, mas o lado vencedor não. Também, eu não tenho a culpa de que uma jovem promessa como o Kuzmanovic tenha entrado em campo fumado... Ainda assim, o grupo permanece indefinido, nem mesmo a Alemanha pode se dar por classificada. O time não é tão bom, principalmente depois de perder Ballack.

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O jovem Ozil, já comentado por mim, dá as caras ao mundo e pode ser a grande revelação deste mundial. Di Maria, outro apontado por mim, não jogou nada. Gourcuff ainda tem minha confiança. E o jovem Luis Suárez, do Uruguai, ainda pode encantar.

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Amanhã joga a Holanda, que muito tenho elogiado. A expectativa é grande e o resultado esperado é uma vitória tranquila. Robben não jogará, mas a Holanda conta com Van der Vaart, Snejider e Van Persie, além do bom e disciplinado Kuyt. A Dinamarca não é boba e pode surpreender com Bendtner. A segunda vaga do grupo será bem disputada, são três times parelhos. Minha intuição diz que passará a Dinamarca.

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Japão e Camarões espero um empate em 1. O time de Camarões é muito inferior ao de outras Copas e o Japão pode fazer uma boa figura.

Uma análise dos grupos.

Até aqui estou acertando quase todos os meus prognósticos, apenas o empate da Inglaterra saiu pela culatra. A Argentina não fez 3X0 como esperava, mas teve ocasião para tal. Nos outros resultados acertei em cheio.

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No grupo A aposto pela classificação de França e Uruguai. A França está mal treinada, sem entrosamento, mas tem um bom time. Lloris tem um futuro brilhante no gol, Gallas é um dos melhores zagueiros da competição; Ribéry e Gourcuff são excelentes meias, assim como Anelka e Henry no ataque. Para a França começar a melhorar falta coragem e entrosamento. O melhor seria mudar o treinador já. É possível que, caso siga jogando na retranca, a França saia prematuramente. Já o Uruguai conta com uma das melhores duplas atacantes da competição e bons jogadores em diversas posições. Está entrosado e promete dar trabalho nesta Copa. O México terá um bom time em 2014. E a África do Sul precisa de muita sorte e uma ajudinha da arbritagem para passar de fase.

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No grupo B, meu palpite vai para a Argentina e a Coréia do Sul. A Argentina deve ganhar bem todos os jogos da primeira fase e as oitavas de final, mas intuo que não passará das quartas. Messi é um dos craques e desequilibrantes da atualidade, mas sem um bom goleiro e zagueiros pouco confiáveis será difícil ser campeã. A Coréia joga rápido e em busca do gol, tem alguns bons jogadores e deve fazer uma boa participação. Grécia e Nigéria são péssimos. A primeira, além de ruim, joga feio. A segunda, por ser ruim, joga mal. Só com a ajuda da fortuna conseguirão tirar a vaga da Coréia.

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No grupo C passarão Inglaterra e EUA. Primeiro porque jogam certo, segundo porque os outros dois são muito ruins e chegaram na Copa por milagre. A sorte de Argélia e Eslovênia deve ter acabado nas eliminatórias, mas se restar algo não deve ser suficiente para passar de fase. A Inglaterra tem um excelente time, mas um péssimo goleiro. Falta também um companheiro de ataque para Rooney. Se Júlio César e Messi jogassem pela Rainha, a Inglaterra seria a favorita. Já EUA contam com alguns bons jogadores, como Donovan e Altindore, mas dificilmente passarão das oitavas, que acredito será contra a Alemanha.

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Amanhã teremos o grupo mais equilibrado do torneio. Alemanha, Austrália, Sérvia e Gana tem, hoje, a mesma qualidade e condição de passar de fase. Eu aposto na Alemanha e na Sérvia, mas sei que a Austrália e Gana tem condicões de chegar. A Sérvia tem uma das melhores defesas da competição e deverá fazer uso dela. Seu jogo é feio como a cara do seu treinador, mas deverá ser a surpresa da Copa. Acredito que a Sérvia ganhará duas partidas por 1x0 e empatará uma por 1x1. Já a Alemanha fará grandes jogos, mas deve oscilar muito na competição e voltar para a casa nas quartas.

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Para Amanhã meu palpite é Alemanha 3x2 Austrália e Sérvia 1x0 Gana. Repito, este é o grupo mais difícil de se acertar um prognóstico, mas meu pai de santo é forte.

O Futebol como reflexo social.

Defendo a teoria de que o estilo do futebol de um país é um reflexo direto da sua sociedade. Em culturas mais jovens ou em constante renovação, o futebol tende a ser mais atrevido, destemido e alegre. Em culturas mais velhas ou enrijecidas, o futebol tende a ser mais burocrático, cauteloso e fechado.

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As seleções africanas, em geral, são conhecidas por sua 'irresponsabilidade tática'. O Brasil ficou conhecido por sua alegria, já Itália e Alemanha, por sua disciplina. O mundo mudou e o estilo do futebol de alguns países também.

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A Espanha passou por uma transformação quase completa, saindo de uma ditadura agrária e católica para um país democrático e moderno. Sua maneira de jogar futebol também mudou. Hoje a Espanha é mais confiante e ousada e a estética voltou a figurar como um dos valores fundamentais da sociedade e do futebol. Não basta ganhar, mas existe a exigência de se jogar bonito. Daí a proliferação de jogadores elegantes no futebol espanhol.

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O Brasil, por outro lado, começa a se inserir em um grupo de culturas mais complexas, e o futebol brasileiro vem se tornando, ano após ano, um futebol mais prático, voltado para os resultados. O Brasil está ficando velho, e como tal, começa a reflexionar demais, a calcular, a temer o risco. O planejamento, a seriedade e o comprometimento saltaram ao primeiro plano quando o assunto é futebol. Já não somos crianças e a brincadeira e a irresponsabilidade foram banidas.

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A Argentina passa por uma fase de confusão social, ninguém tem certeza do que será amanhã. A seleção argentina é reflexo dessa desorientação. Não tem esquema definido, nem jogadores intocáveis. O que hoje é bom, amanhã pode deixar de ser. Nesta Copa, a Argentina encarna a 'surpresa'.

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A Alemanha passa por um processo de rejuvenescimento da sociedade em virtude da imigração. As diversas culturas que se mesclam àquela velha cultura germânica trazem novos ares ao conjunto resultante. No futebol, começaremos a presenciar uma vigorosa mudança no estilo de jogo alemão. É bem possível que esta seja a seleção mais irresponsavelmente ofensiva que a Alemanha já teve.

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A Itália continua envelhecida em qualquer área da cultura. O medo está sempre presente na sociedade, seja de Deus ou do futuro. O racismo está extremamente enraizado, inclusive no futebol. Como reflexo, vemos o futebol mais previsível, cauteloso e feio de todas as boas seleções. O medo da derrota faz com que se aceite bem o empate.

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A Inglaterra e a França estão no meio termo entre a Alemanha e a Itália. Se nutrem das culturas que se avizinham, mas não se deixam tocar por completo. No futebol isto se reflete em uma ligeira contaminação.

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A Holanda é um país de comerciantes, sempre foi influenciado e esteve aberto a novas culturas. Tanto que seus habitantes costumam falar fluentemente diversas línguas. Estão na vanguarda em diversos âmbitos sociais. Sua cultura está, apesar de antiga, em constante renovação. No futebol isto significa que será uma das primeiras a testar novos esquemas, apaixonados pelo risco que estarão correndo.

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Em suma, podemos conhecer um pouco do estilo de um povo pela maneira em que jogam futebol. Temo pelo Brasil, pois se estamos deixando a juventude de lado e não conseguimos nos revigorar, fatalmente nos tornaremos petrificados e morreremos como sociedade criativa.

O melhor meio campo do mundo.

A Seleção Brasileira de 1982 foi genial. Sem dúvida tínhamos o melhor meio campo do mundo: Falcão, Cerezo, Zico e Sócrates. Todos excelentes jogadores. Não ganhamos, é verdade. Nem fizemos a final, uma pena. Assim mesmo, não resta dúvida de que aquela seleção foi uma das melhores seleções da história das Copas.
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Nesta Copa pode ocorrer algo similar. O melhor meio de campo do mundo pode sair prematuramente da Copa. Estou falando da Espanha, a seleção mais parecida com aquele Brasil de 82. Falta Zico, é verdade, pois Zico foi um dos 10 melhores jogadores do mundo, e Xavi, por melhor que seja, não pode ser comparado a Zico. Talvez a Sócrates, mas nunca a Zico.
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A Espanha joga o "jogo bonito", assim como a Holanda e, talvez, a Argentina. O Brasil joga à italiana. Reto, objetivo, prático, em suma, sem graça. Minha intuição diz que Brasil e Espanha se enfretarão nas oitavas, e passará o Brasil. Uma pena para o "jogo bonito".
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Uma pena que a Espanha não conte com bons laterais e que não atue como titular seu melhor goleiro. Casillas é uma farsa. Pepe Reina é incomparavelmente melhor do que o garoto propaganda do Madrid. Puyol precisa estar bem e nunca se lesionar, pois é um jogador que não tem substituto no plantel da Fúria. A Espanha não conta com outro bom zagueiro no elenco e sua ausência será determinante para uma eventual derrota.
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A Holanda é uma equipe mais equilibrada do que a Espanha e menos dependente de um jogador. Outra vantagem da Holanda é a de possuir grandes jogadores com variadas características no meio de Campo. A Espanha conta com grandes jogadores com a mesma características. Xavi, Cesc, Silva e Iniesta jogam, em linhas gerais, na mesma posição. Já Van der Vaart, Sneijder e Robben têm características diferentes e complementares. Eis o motivo de eu apontar a Holanda como a melhor seleção da Copa.

Volta o Campeonato do Nordeste.

Durante a Copa, se der tempo, veremos algumas partidas do Campeonato do Nordeste. O único bom time de fora será o Sport. Há muito defendo o retorno do Campeonato do Nordeste. Para mim, que vejo os campeonatos estaduais sem muito ânimo, é a melhor maneira para fortalecer os times nordestinos.
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As distâncias são relativamente curtas e a maior parte dos times conta com uma grande torcida. O formato também parece acertado. Todos contra todos, com os quatro melhores fazendo uma semi-final. O único problema, talvez, seja a concorrência com o Brasileirão. Acredito que o campeonato deveria ser jogado no primeiro semestre, ao mesmo tempo em que se joga o Paulista e o Carioca. O Campeonato do Nordeste deve se preparar para competir com o Paulista e seus times devem se fortalecer. O resultado do bom Campeonato do Nordeste será o maior número de times nordestinos na primeira divisão do Brasileirão.
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Vamos esperar e ver se os interesses das federações estaduais permitirão o florescimento do bom e disputado Campeonato do Nordeste.

Brasil X Tanzânia.

Novo amistoso da seleção de Dunga e, apesar do placar, pudemos verificar algumas deficiências. Sem papas na língua, Felipe Mello jogou como um jogadorzinho qualquer. Errou quase todos os passes, não conseguiu defender seu setor, nem fazer a cobertura na lateral esquerda, em suma, fez por onde ser cortado do time. Espero que Dunga tenha um pouco de bom senso e coloque algum jogador com mais movimentação e melhor passe em seu lugar. Ramires entrou bem e, na falta de coisa melhor, poderá ser o Kléberson de 2002. Outra opção é a de fazer jogar Daniel Alves no meio de campo.
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Com apenas esta mudança, Ramires por Felipe Mello, o Brasil conseguirá mudar para melhor o seu jogo. É pouco, é verdade, mas não cabe esperar mais ousadia de Dunga. Jogar com três atacantes (Nilmar, Luis Fabiano e Robinho) só se estivermos perdendo de três.
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Outra preocupação foi o espaço nas costas de Michel Bastos. Michel Bastos é um ala, não um lateral e para jogar com ele, ou jogamos com três zagueiros ou melhoramos a cobertura. Jogar com três zagueiros pode ser a melhor saída para Dunga. Com três zagueiros, Dunga pode transformar os laterais em pontas. Poderíamos jogar um 3-5-2, com Michel e Maicon apoiando o tempo todo e simultaneamente.
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Kaká ainda está fora de forma. Não jogou absolutamente nada. Só resta torcer para que melhore, pois não existe substituto para ele.
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Robinho tem a possibilidade de virar craque nesta Copa. Se der sorte e aproveitar metade das chances que terá de marcar, será, pelo menos, o craque do Brasil. Robinho tem uma média de um gol a cada três jogos. Muito pouco para um atacante. Mas como é o jogador que mais possibilidades consegue criar durante uma partida...
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Deixo aqui o meu palpite. O Brasil se classificará em segundo do seu grupo e enfrentará a Espanha nas oitavas. Vamos ver se acerto.

Época de contratações - Brasil.

Faltam craques jogando no Brasil? O São Paulo precisa de um meia? O Cruzeiro de um atacante? Postarei aqui os nomes de alguns bons jogadores que poderiam retornar ao Brasil por um precinho camarada.
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Do Spartak poderiam desembarcar os meias Íbson e Alex, ex-Inter. Do Olympiacos, o volante Dudu Cearense e o atacante Diogo, ex Portuguesa. Dos Emirados Árabes poderiam vir Valdívia, Rafael Sóbis e Ricardo Oliveira. E da França, excelentes jogadores como o meia Wendel, ex cruzeiro, e o atacante Nenê.
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Se o que faz falta é um craque, os melhores nomes são os de Alex (Fenerbahce) e Riquelme.
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Por empréstimo, não seria difícil trazer Renan (GOL), Jô (ATA), Maicon (ATA) e Guilherme (ATA).
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Acredito que Diogo, atacante do Olympiacos, poderia ser uma contratação excelente para o Cruzeiro. Ele não vem jogando tão bem (o que facilitaria as negociações), mas tem qualidade para se transformar em um dos melhores atacantes do Brasil.
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O São Paulo precisa contratar um meia. Como não costuma pagar altos salários, Riquelme e Alex nunca desembarcariam no Morumbi, mas, talvez, Wendel possa ser um nome viável.
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Esperamos, ainda, a chegada de Deco para o Fluminense. Espero que exista algo de verdade no boato.
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Neste mês de junho, além da Copa, ficaremos atentos às transações que movimentarão o mercado da bola no Brasil.

Época de contratações - Espanha e Itália.

Com o fim dos campeonatos na Europa e o grande intervalo no Brasileirão por causa da Copa, os clubes se movem em busca de reforços. Aqui postarei alguns nomes que seriam bem vindos, tentando associar jogadores às necessidades dos clubes. Começaremos com os grandes times espanhóis e italianos.
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O Real Madrid é, junto ao Chelsea, o time que mais gasta em contratações. O dinheiro gasto pelos dois trás um efeito cascata e movimenta o mercado da bola em todo o mundo. E o Madrid promete gastar muito nesta temporada. Há necessidade de um lateral direito, um zagueiro e um segundo volante. Um goleiro e um grande centro-avante o tornaria o melhor do mundo. Os melhores nomes são: Maicon (Internazionale), Vidic (Manchester United) e Gerrard (Liverpool). Outros bons nomes para o Madrid são: Fernando Torres, bom atacante e espanhol , Ibrahimovic, que pode sair do Barça e De Rossi, volante italiano. Para o gol ninguém melhor do que Júlio César. O Madrid não deveria vender Rafael Van der Vaart. O time base seria formado por: Júlio César, Maicon, Pepe, Vidic e Marcelo; Alonso, Gerrard, Van der Vaart e Kaká, Ronaldo e Fernando Torres.
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O Barcelona promove uma política de catalanização em sua equipe. E Fábregas é o grande nome do futebol catalão fora do Barça. Sua contratação é fundamental. Kolarov, lateral esquerdo da Lázio, também é uma boa contratação para o Barcelona. Outro nome para o Barcelona seria do dinamarquês Poulsen, frente de zaga, que não fez um bom ano na Juventus, mas é um dos melhores em seu posto. O time base poderia ser formado por: Valdés; Alves, Puyol, Piqué e Kolarov; Poulsen, Iniesta, Fábregas e Xavi, Messi e Villa.
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O Milan é, dos grandes, o que mais precisa se reforçar. Aparentemente com pouco dinheiro, deve buscar jogadores mais baratos. Precisa contratar do goleiro ao centro-avante. Thiago Silva, Pirlo e Ronaldinho são os únicos nomes de peso no elenco. Nesta e Pato podem quebrar um galho. Assim, pelo menos cinco bons nomes deveriam desembarcar no Milan. Como contratar cinco bons jogadores sem dinheiro? Difícil, mas não impossível. Uma boa saída para o Milan seria a venda de Pato. Alguns nomes para o Milan: Poulsen (VOL), Diego Cavalieri (GOL), Agger (ZAG), Kolarov (LAT), Marco Motta (LAT), Miralem Pijanic (MEI), Marek Hamsík (MEI) e Berbatov (ATA). O time base poderia ser formado por: Cavalieri; Motta, Thiago Silva, Agger e Kolarov; Poulsen, Pirlo, Hamsík e Pijanic; Ronaldinho e Berbatov.
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A Internazionale precisa mudar pouco. Um lateral esquerdo, um zagueiro e um meia seriam suficientes. A Inter pode, ainda, fazer uma boa poupança com as saídas de Maicon e Milito para o Madrid. E Van der Vaart, Benzema, e Marcelo poderiam chegar como moeda de troca. Com o troco poderia contratar um dos melhores zagueiros do mundo, como o Vidic. Imaginem um time formado por: Júlio César, Zanetti, Vidic, Lúcio e Marcelo; Motta, Cambiasso, Van der Vaart e Sneijder, Eto'o e Benzema.
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A Juventus tem um bom time, mas falta estrelas. A base pode ser mantida e duas grandes contratações transformariam este time em uma grande equipe. Glen Johnson e Agger, lateral e zagueiro do Liverpool e Van der Vaart ou Gourcuff, já dariam uma cara nova ao time. Ibrahimovic daria a qualidade que falta. O time base poderia ser: Buffon, Johnson, Chielinni, Agger e Grosso; Poulsen, Marchisio, Van der Vaart e Diego; Del Piero e Ibrahimovic.

Termina o "Brasileirinho"

O mini campeonato brasileiro terá sua última rodada este final de semana. Até aqui pouco podemos dizer. O Ceará foi a surpresa. O Corinthians lidera, mas dificilmente seguirá assim. O Santos diminuiu o gás. Com a pausa, um novo campeonato se iniciará. Novos jogadores chegarão e outros partirão. Nos bastidores, Inter, Palmeiras e Fluminense parecem estar buscando grandes jogadores. O mini campeonato acaba sem grandes emoções.
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Algumas seleções perderão importantes jogadores para o início do mundial. Outras tiveram que cortar definitivamente algumas de suas estrelas. Quem parece perder mais? Seguramente, as tradicionais, mas fracas, seleções da Itália e da Alemanha. Pirlo pode não participar da Copa e Ballack já foi cortado. Inglaterra sofre pouco com as ausências de Beckham e Ferdinand, mas Rooney pode não estar em sua melhor forma. E isto sim é uma baixa. Assim como Kaká, Rooney não tem substituto, e caso não esteja 100% prejudicará muito a sua seleção.

O Brasil não pode perder.

Brasil goleia e encanta contra a boa equipe do Zimbábue. Há algo de verdade nesta frase? Alguém sabe dizer se algum jogador do Zimbábue ganha a vida como jogador? Por que o Brasil faz um amistoso contra um time tão fraco? Simples, o Brasil não pode perder.

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Imaginem se o Brasil de Dunga, que já vai meio desacreditado, joga contra a Coréia do Sul e perde. Seguramente desestabizilaria por completo a equipe. Uma equipe que venceu tudo não pode perder na véspera do mundial. Seria isto mais um sintoma de covardia? Em parte sim, mas há um pouco de razão na coisa. Neste momento delicado, não se pode dar brecha para a dúvida.

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O que podemos analisar do amistoso? Pouco, muito pouco. Kaká ainda não está recuperado. E só. Este amistoso serviu para alguma coisa? Um pouco, muito pouco. Serviu para dar um pouco de ritmo. E só.

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Parece que Kaká não jogará o primeiro jogo, contra a Coréia do Norte. Aparentemente é um jogo sem muita importância, mas só aparentemente. Possivelmente, este será o jogo desempate. Quem marcar mais gols na fraca Coréia do Norte deverá terminar em primeiro. E ser segundo significa encarar a boa seleção espanhola.