Raymond Domenech fez o curso de treinadores do professor Carlos Alberto Parreira e foi aprovado com louvor. Aprendeu tudo direitinho. Viu a eliminação do Brasil em 2006 e quis repetir seu mestre.
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A França foi mal escalada, jogava engessada com quatro volantes no meio de campo e apenas um atacante. Terminou o primeiro tempo (assim como o jogo do Brasil em 2006) com o México criando e pressionando a equipe de Domenech (ou era o próprio Parreira que estava lá...). Entra o segundo tempo e... nada. Nenhuma modificação. Gourcuff, Henry, Cissé estavam no aquecimento, mas Raymond passava tranquilidade e nada fazia. Será que esta tranquilidade não era, na verdade, crise de pânico...
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No intervalo Domenech faz uma substituição ousada, sai Anelka e entra Gignac, ou seja, troca seis por meia dúzia, entra um atacante no lugar de outro. A França sofre o esperado gol mexicano e... nada. Domenech continua sem nada fazer. (Lembrem-se da conduta de Parreira na Copa passada e notem a similitude). Aos 25 minutos do segundo tempo, exatos 15 minutos d primeiro gol mexicano e 7 minutos do segundo, Domenech faz outra alteração sem sentido, tira Govou, o mais ofensivo dos volantes franceses, para a entrada do meia Valbuena. Enquanto isso, Aguirre já havia gastado as suas três substituições, todas buscando o ataque.
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Termina o jogo e a França ainda tinha uma substituição por fazer. Será que Domenech achou que o time estava jogando bem ou a minha teoria da síndrome do pânico estava correta...
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O resultado do jogo serviu para apoiar a minha teoria de que se pode vencer ou perder jogando no ataque, mas é muito menos doloroso quando se perde atacando. Repito, a França tem um forte elenco, mas falta treinador. Falta ousadia, falta um toque de imaturidade, falta escolher um treinador filho de imigrantes que não carregue em sí toda a amargura que o Francês cansado carrega em seus ombros.
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