O espírito do "jogo bonito" puniu outro time burocrático, cegando o bandeirinha que não conseguiu ver o chute de Lampard entrando. Ainda bem, pois se terminasse empatado o jogo na primeira parte, a segunda prometia ser enfadonha. Como precisava, a Inglaterra teve que sair para o ataque. Pelo visto não estão acostumados a atacar, pois deixaram infantilmente a defesa exposta aos contra-ataques da Alemanha. Como gostaria de ver o Schweinsteiger jogando como frente de zaga do Brasil...
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A Inglaterra seguiu no marasmo da primeira fase e Rooney continuou apagado. Imagino que Rooney esteja jogando com infiltrações, pois está muito aquém do esperado, sem demonstrar o vigor físico que o caracteriza. Capelo não me escutou e deixou Joe Cole no banco, optando por jogar com quatro volantes no meio de campo. O time inglês é bom, talvez o melhor dos últimos tempos. Sentiu a ausência de Rio Ferdinand na defesa e de Rooney no ataque, mas foi mesmo punida pelo excesso de cautela. A equipe jogava engessada, como o Brasil. Mas, ao contrário do Brasil, não contava com o drible de Robinho e a solidez de Júlio César.
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Caso passem Holanda, Espanha e Chile para as quartas de final, o que não é impossível, todas as oito seleções classificadas jogarão para ataque. Gana seria a única seleção comedida. Mesmo que passe o Brasil, único bastião do "jogo prático" que restou, esta Copa já está marcada pelo espírito do "jogo bonito". E minha teoria da retranca cada vez mais se confirma.
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Nunca pensei dizer isso, mas como eu queria ver o Brasil jogando como a Alemanha. Imaginem um meio de campo como o alemão tendo a segurança de Júlio César, Maicon, Lúcio e Juan atrás... E o jovem Ozil, como parece com nosso jovem Ganso!
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Sempre torcerei para o Brasil ser campeão, mesmo com a razão dizendo que deveria torcer contra. Mas seria melhor que, ao invés de perder para a Holanda nas quartas, o Brasil caísse logo contra o Chile. Assim poderíamos abandonar de vez o modelo italiano de jogar futebol e retornar às nossas origens. Àquele estilo que tanto encantou o mundo. Ao novo e belo futebol que a Alemanha de Low optou jogar.
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